Segundo o levantamento, o candidato do PSDB a
presidente da República, José Serra, está apenas cinco pontos percentuais à
frente de sua adversária, Dilma Rousseff (PT), que tem a preferência de 30% dos
eleitores consultados. Serra agora tem 35% das intenções de voto. O deputado
Ciro Gomes (PSB-CE) registra 11%, e a senadora Marina Silva (PV-AC), 6%.
Brancos e nulos somam 10% e indecisos, 8%.
Mas em dezembro do ano passado, na última pesquisa
Ibope, a diferença entre Serra e Dilma era de 21 pontos percentuais. O tucano
tinha 38% e Dilma, 17%. Ciro Gomes exibia 13% e a senadora Marina Silva, 6%.
Meses antes, Montenegro havia declarado a dois blogs
hospedados no iG que não acreditava que Dilma crescesse tanto.
Em 29 de abril do ano passado, Montenegro opinou no blog do Ricardo Kotscho: “Dilma deve, num primeiro momento, manter os mesmos índices anteriores. A transferência de votos do presidente Lula para ela chegará mais adiante a um patamar de 15%. A partir daí, será difícil conquistar cada ponto a mais.”
Em 29 de abril do ano passado, Montenegro opinou no blog do Ricardo Kotscho: “Dilma deve, num primeiro momento, manter os mesmos índices anteriores. A transferência de votos do presidente Lula para ela chegará mais adiante a um patamar de 15%. A partir daí, será difícil conquistar cada ponto a mais.”
Um dia antes, havia declarado ao Blog dos Blogs e à coluna Coisas da Política do Jornal do
Brasil: “Tudo indica que Dilma Rousseff chegará ao final da campanha com
cerca de 15% a 17% dos votos. O favorito continua sendo o governador de São
Paulo, José Serra (PSDB). E, se ninguém mais se projetar, é grande o risco de a
eleição ser decidida no primeiro turno. O Ciro Gomes (PSB), por exemplo, sai
com 14%, mas pode acabar com 6%, 5%, 4%.”
Em julho, quando pesquisa do DataFolha detectou uma
queda de oito pontos percentuais na vantagem de Serra sobre Dilma, Montenegro
insistiu – “Continuo com a mesma opinião. Defendo tudo aquilo que disse
antes” – sob a seguinte argumentação:
“As pesquisas mostram que ela já é conhecida de
cerca de 80% do eleitorado. Serra é conhecido de 90% e tem manifestações de
votos próximas de 40%. Dilma, com 80% de conhecimento, só tem 16% das pessoas
dispostas a elegê-la. Acho que a ministra, sim, está chegando ao teto. Vamos
olhar a rejeição à Dilma: bateu em 32,4%. É muito alto. Maior do que a do Aécio
e a do Serra.”
Na sexta-feira a reportagem do iG ouviu Montenegro
sobre suas previsões do passado e a pesquisa atual.
“Eu não acredito que disse aquilo. Deve haver algum
engano. Numa eleição polarizada, com praticamente dois candidatos apenas, como
é que eu poderia achar que a Dilma pararia em 20%? Até o Alckmin teve 40%
contra o Lula...”
Diante da insistência da reportagem, Montenegro,
então, pôs um ponto final no assunto: “Estamos em março e é muito cedo para
futurologias. Fatos importantes ainda estão para acontecer. O Serra ainda vai
definir seu vice. Vêm as convenções partidárias de junho. Vamos ver depois como
fica.”
Comentário do blogueiro: Já ouvimos do FHC a celebre frase “Esqueçam
tudo o que eu disse”. Agora me vem o Montenegro com essa "Não
acredito que disse aquilo". Pode Isso? É muita cara de pau dessa gente não?
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