Paulo Roberto é Pedagogo, Sindicalista e Petista.

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Dever cumprido é fruto da ousadia de um velho militante das lutas democráticas e sociais do nosso Brasil, que entende que sem uma interação rápida, ágil, eficiente e livre com o que rola pelo mundo, a democracia é pífia.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Viação 1001, extrapola todos os limites toleráveis.

     No dia 23/12/2013, fui ao Rio de janeiro a trabalho, comprei passagem de regresso para as 16h:09min..       Quando cheguei na rodoviária Novo Rio, por volta das 16 horas, percebi um certo "alvoroço" nas proximidades das plataformas que saem os ônibus para Itaperuna e Região, plataformas 38, 39 e 40 fui me informar o que estava havendo soube que o ônibus que viria para Itaperuna as 14h:15min. ainda não havia se quer chegado ao terminal, fiquei em panico e o mais grave ônibus que saiam para Rio das Ostras, Macaé, Busiús, Araruama, Campos dos Goitacases, São Fidélis e etc. saiam rigorosamente no horário. O descaso da empresa era apenas com os passageiros que se destinavam ao Noroeste do Estado, Itaperuna e Bom Jesus.
     Por volta de 18 Horas finalmente o meu carro saiu, mais passageiros com passagens compradas para as 15 horas e 30 minutos, ainda aguardavam a chegada de seu carro.
     Estou fazendo a reclamação na ANTT e entrarei na justiça contra essa empresa.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Desemprego no Brasil cai a 4,6% em novembro e iguala mínima histórica--IBGE

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013 
Reuters -
 
 Desemprego no Brasil cai a 4,6% em novembro e iguala mínima histórica--IBGE

O desemprego brasileiro caiu para 4,6 por cento em novembro, ante 5,2 por cento em outubro, igualando a mínima histórica vista em dezembro de 2012, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
 
  
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19 de dezembro de 2013
IBGE
Comunicação Social

Em novembro, taxa de desocupação foi de 4,6%

 

A taxa de desocupação em novembro de 2013 foi estimada em 4,6% para o conjunto das seis regiões metropolitanas investigadas, diminuindo 0,6 ponto percentual em relação a outubro (5,2%), mas não apresentou variação estatística frente a novembro do ano passado (4,9%).
 A taxa de desocupação de novembro de 2013 (4,6%) atingiu o menor valor da série histórica da pesquisa que foi iniciada em março de 2002, percentual igual ao que foi verificado em dezembro de 2012. A população desocupada (1,1 milhão de pessoas) apresentou queda de 10,9% frente a outubro. Em relação a novembro do ano passado, essa população manteve comportamento estável. A população ocupada (23,3 milhões de pessoas) mostrou estabilidade em ambas as comparações. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,8 milhões) não se modificou frente a outubro e aumentou 3,1% em relação a novembro de 2012. O rendimento médio real habitual dos trabalhadores (R$ 1.965,20) foi 2,0% maior do que o apurado em outubro (R$ 1.927,48) e 3,0% em relação a novembro de 2012 (R$ 1.908,41). A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados foi estimada em R$ 46,2 bilhões em novembro de 2013, crescendo 2,0% em relação a outubro último e 2,3% em relação a novembro do ano passado. Já a massa de rendimento médio real efetivo dos ocupados (R$ 46,2 bilhões em outubro último) subiu 2,1% frente a setembro de 2013 (R$ 45,3 bilhões) e 2,4% comparada a outubro de 2012 (R$ 45,1 bilhões). A Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.
 Sua publicação completa pode ser acessada em: www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/trabalhoerendimento/pme_nova/.
 
 Regionalmente, na análise mensal, a taxa de desocupação caiu 0,9 ponto percentual na região metropolitana de São Paulo e manteve a estabilidade nas demais regiões pesquisadas.
 Em relação a novembro de 2012, a taxa aumentou 1,7 ponto percentual em Salvador (de 6,5% para 8,2%), em São Paulo caiu 0,8 ponto percentual (de 5,5% para 4,7%) e em Porto Alegre caiu 0,9 ponto percentual (de 3,5% para 2,6%). A taxa de desocupação em novembro de 2013 atingiu os menores valores da série em Porto Alegre (2,6%) e no Rio de Janeiro (3,8%). Em São Paulo (4,7%) também foi considerado o menor valor da série, repetindo a taxa estimada em dezembro de 2011.
 População ocupada ficou estável em todas as regiões investigadas
 Regionalmente, a análise mensal mostrou que de outubro para novembro de 2013, a população ocupada não assinalou variação estatisticamente significativa em nenhuma das regiões investigadas, mesmo comportamento foi observado na comparação com novembro do ano anterior.
 Na análise do contingente de ocupados por grupamentos de atividade, para o conjunto das seis regiões, de outubro para novembro de 2013, não foi observada nenhuma variação significativa. Na comparação com novembro de 2012, ocorreu declínio nos Serviços domésticos (12,2%), na Indústria (3,9%) e estabilidade nos demais grupamentos.
 O nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade ativa) foi estimado em novembro último em 54,2% para o total das seis regiões investigadas, mesmo percentual verificado em outubro. No confronto com novembro de 2012 (55,3%), esse indicador teve redução de 1,1 ponto percentual. Regionalmente, na comparação mensal o quadro foi de estabilidade e no confronto com novembro do ano passado, quatro regiões apresentaram queda: Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, de 1,3 ponto percentual, respectivamente, e Belo Horizonte de 1,2 ponto percentual.
Rendimento cresceu em quatro regiões em relação a outubro de 2013
 Regionalmente, em relação a outubro último, o rendimento dos trabalhadores subiu nas Regiões Metropolitanas de Recife (4,8%), Rio de Janeiro (4,1%), Porto Alegre (1,8%) e São Paulo (1,5%). Apresentou retração em Salvador (2,6%) e ficou estável em Belo Horizonte. Na comparação com novembro de 2012, houve alta em Porto Alegre (8,9%), Rio de Janeiro (6,1%) e em São Paulo (3,1%). Declinou em Salvador (8,3%) e em Belo Horizonte (0,8%) e não variou em Recife.
 Quanto ao rendimento por grupamentos de atividade, a maior alta na comparação mensal foi na Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água (5,7%) e a maior queda, na Construção (-1,4%). Na comparação anual, Indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água teve a maior alta (9,7%).
 
 Já na classificação por categorias de posição na ocupação, em relação ao mês anterior o maior aumento no rendimento médio real habitualmente recebido foi entre os trabalhadores por conta própria (3,8%). Na comparação anual, o maior aumento se deu entre os empregados sem carteira no setor privado (7,2%).
 
 Na tabela abaixo, as variações do rendimento domiciliar per capita nas seis regiões metropolitanas investigadas pela Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE:
 

sábado, 21 de dezembro de 2013

Folha mente para seus leitores, garante professor da Unicamp

O professor Eduardo Fagnani, da Instituto de Economia da Unicamp, ao ver a manchete da primeira página da Folha (9/12/13), ficou intrigado, resolveu pesquisar o assunto e constatou a manipulação da informação publicada pelo jornal. Suas observações viraram um texto do site GGN.
  
http://revistaforum.com.br/wp-content/uploads/2013/12/eduardo-fagnani_350x230_.jpg
Eduardo Fagnani
 
 Para o professor, a manchete não deixou margem à dúvida: “Ineficiência marca gestão do SUS, diz Banco Mundial”. A matéria destaca que essa é “uma das conclusões de relatório inédito obtido com exclusividade pela Folha”, aos desavisados a mensagem subliminar é clara: o SUS é um fracasso e o Ministro da Saúde, incompetente.
  
Veja o texto completo do professor:
 
A curta matéria da suposta avaliação do Banco Mundial sobre vinte anos do SUS é atravessada de “informações” sobre desorganização crônica, financiamento insuficiente, deficiências estruturais, falta de racionalidade do gasto, baixa eficiência da rede hospitalar, subutilização de leitos e salas cirúrgicas, taxa média de ocupação reduzida, superlotação de hospitais de referência, internações que poderiam ser feitas em ambulatórios, falta de investimentos em capacitação, criação de protocolos e regulação de demanda, entre outras.
  
Desconfiado, entrei no site do Banco Mundial e consegui acesso ao “inédito” documento “exclusivo”**. Para meu espanto, consultando as conclusões da síntese (Overview), deparei-me com a seguinte passagem que sintetiza as conclusões do documento (página 10):
 
“Nos últimos 20 anos, o Brasil tem obtido melhorias impressionantes nas condições de saúde, com reduções dramáticas mortalidade infantil e o aumento na expectativa de vida. Igualmente importante, as disparidades geográficas e socioeconômicas tornaram-se muito menos pronunciadas. Existem boas razões para se acreditar que o SUS teve importante papel nessas mudanças. A rápida expansão da atenção básica contribuiu para a mudança nos padrões de utilização dos serviços de saúde com uma participação crescente de atendimentos que ocorrem nos centros de saúde e em outras instalações de cuidados primários. Houve também um crescimento global na utilização de serviços de saúde e uma redução na proporção de famílias que tinham problemas de acesso aos cuidados de saúde por razões financeiras. Em suma, as reformas do SUS têm alcançado pelo menos parcialmente as metas de acesso universal e equitativo aos cuidados de saúde (tradução rápida do autor).
  
Após ler essa passagem tive dúvidas se havia lido o mesmo documento obtido pela jornalista. Fiz novos testes e cheguei à conclusão que sim. Constatado que estava no rumo certo continuei a ler a avaliação do Banco Mundial e percebí que as críticas são apontadas como “desafios a serem enfrentados no futuro”, visando o aperfeiçoamento do SUS.
  
Nesse caso, o órgão privilegia cinco pontos, a saber: ampliar o acesso aos cuidados de saúde; melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços de saúde; redefinir os papéis e relações entre os diferentes níveis de governo; elevar o nível e a eficácia dos gastos do governo; e, melhorar os mecanismos de informações e monitoramento para o “apoio contínuo da reforma do sistema de saúde” brasileiro.
 
O Banco Mundial tem razão sobre os desafios futuros, mas acrescenta pouco ao que os especialistas brasileiros têm dito nas últimas décadas. Não obstante, é paradoxal que esses pontos críticos ainda são, de fato, críticos, em grande medida, pela ferrenha oposição que o Banco Mundial sempre fez ao SUS, desde a sua criação em 1988: o sistema universal brasileiro estava na contramão do “Consenso de Washington” e do modelo dos “três pilares” recomendado pelo órgão aos países subdesenvolvidos.*** É preciso advertir aos leitores jovens que, desde o final dos anos de 1980, Banco Mundial sempre foi prejudicial à saúde brasileira.
  
É uma pena que o debate sobre temas nacionais relevantes – como o sistema público de saúde, por exemplo – seja interditado pela desinformação movida pelo antagonismo das posições políticas, muitas vezes travestido de ódio, que perpassa a sociedade, incluindo a mídia.
  
Que o espírito reconciliador Mandela ilumine os brasileiros – e o pobre debate nacional.
  
BAIXO O DOCUMENTO DO BANCO MUNDIAL AQUI
 
*Professor do Instituto de Economia da Unicamp, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho (CESIT/IE-UNICAMP) e coordenador da rede Plataforma Política Social – Agenda para o Desenvolvimento (http://www.politicasocial.net.br/).
 
**Twenty Years of Health System Reform in Brazil – An Assessment of the Sistema Único de Saúde. Michele Gragnolati, Magnus Lindelow, and Bernard Couttolenc. Human Development. 2013 International Bank for Reconstruction and Development / The World Bank 1818 H Street NW, Washington DC.
 
***Consultar, especialmente: BANCO MUNDIAL (1990). World Development Report: Poverty. Washington, D.C; BANCO MUNDIAL (1991). Brasil: novo desafio à saúde do adulto. Washington, D.C. 1991; BANCO MUNDIAL (1993). World Development Report: Investing in Health. Washington, D.C; BANCO MUNDIAL (1994). Envejecimiento sin crisis: Políticas para la protección de los ancianos y la promoción del crecimiento. Washington, D.C; e BANCO MUNDIAL (1995). A Organização, Prestação e Financiamento da Saúde no Brasil: uma agenda para os anos 90. Washington, D.C.
 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Uma reflexão para todos nós


{DNAE} Banco Mundial, SUS e mídia: a arte da manipulação

Assunto: {DNAE} Banco Mundial, SUS e mídia: a arte da manipulação
Para: dnae@googlegroups.com


Banco Mundial, SUS e mídia: a arte da manipulação

A manchete da primeira página da Folha (9/12/13) não deixa margem à dúvida: “Ineficiência marca gestão do SUS, diz Banco Mundial”. A matéria destaca que essa é “uma das conclusões de relatório inédito obtido com exclusividade pela Folha”. Aos desavisados a mensagem subliminar é clara: o SUS é um fracasso e o Ministro da Saúde, incompetente.

A curta matéria da suposta avaliação do Banco Mundial sobre vinte anos do SUS é atravessada de “informações” sobre desorganização crônica, financiamento insuficiente, deficiências estruturais, falta de racionalidade do gasto, baixa eficiência da rede hospitalar, subutilização de leitos e salas cirúrgicas, taxa média de ocupação reduzida, superlotação de hospitais de referência, internações que poderiam ser feitas em ambulatórios, falta de investimentos em capacitação, criação de protocolos e regulação de demanda, entre outras.

Desconfiado, entrei no site do Banco Mundial e consegui acesso ao “inédito” documento “exclusivo”**. Para meu espanto, consultando as conclusões da síntese (Overview), deparei-me com a seguinte passagem que sintetiza as conclusões do documento (página 10):

“Nos últimos 20 anos, o Brasil tem obtido melhorias impressionantes nas condições de saúde, com reduções dramáticas mortalidade infantil e o aumento na expectativa de vida. Igualmente importante, as disparidades geográficas e socioeconômicas tornaram-se muito menos pronunciadas. Existem boas razões para se acreditar que o SUS teve importante papel nessas mudanças. A rápida expansão da atenção básica contribuíu para a mudança nos padrões de utilização dos serviços de saúde com uma participação crescente de atendimentos que ocorrem nos centros de saúde e em outras instalações de cuidados primários. Houve também um crescimento global na utilização de serviços de saúde e uma redução na proporção de famílias que tinham problemas de acesso aos cuidados de saúde por razões financeiras. Em suma, as reformas do SUS têm alcançado pelo menos parcialmente as metas de acesso universal e equitativo aos cuidados de saúde (tradução rápida do autor).

Após ler essa passagem tive dúvidas se havia lido o mesmo documento obtido pela jornalista. Fiz novos testes e cheguei à conclusão que sim. Constatado que estava no rumo certo continuei a ler a avaliação do Banco Mundial e percebí que as críticas são apontadas como “desafios a serem enfrentados no futuro”, visando o aperfeiçoamento do SUS.

Nesse caso, o órgão privilegia cinco pontos, a saber: ampliar o acesso aos cuidados de saúde; melhorar a eficiência e a qualidade dos serviços de saúde; redefinir os papéis e relações entre os diferentes níveis de governo; elevar o nível e a eficácia dos gastos do governo; e, melhorar os mecanismos de informações e monitoramento para o “apoio contínuo da reforma do sistema de saúde” brasileiro.

O Banco Mundial tem razão sobre os desafios futuros, mas acrescenta pouco ao que os especialistas brasileiros têm dito nas últimas décadas. Não obstante, é paradoxal que esses pontos críticos ainda são, de fato, críticos, em grande medida, pela ferrenha oposição que o Banco Mundial sempre fez ao SUS, desde a sua criação em 1988: o sistema universal brasileiro estava na contramão do “Consenso de Washington” e do modelo dos “três pilares” recomendado pelo órgão aos países subdesenvolvidos.*** É preciso advertir aos leitores jovens que, desde o final dos anos de 1980, Banco Mundial sempre foi prejudicial à saúde brasileira.

É uma pena que o debate sobre temas nacionais relevantes – como o sistema público de saúde, por exemplo – seja interditado pela desinformação movida pelo antagonismo das posições políticas, muitas vezes travestido de ódio, que perpassa a sociedade, incluindo a mídia.

Que o espírito reconciliador Mandela ilumine os brasileiros – e o pobre debate nacional.

BAIXO O DOCUMENTO DO BANCO MUNDIAL AQUI

*Professor do Instituto de Economia da Unicamp, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho (CESIT/IE-UNICAMP) e coordenador da rede Plataforma Política Social – Agenda para o Desenvolvimento (www.politicasocial.net.br ).

**Twenty Years of Health System Reform in Brazil – An Assessment of the Sistema Único de Saúde. Michele Gragnolati, Magnus Lindelow, and Bernard Couttolenc. Human Development. 2013 International Bank for Reconstruction and Development / The World Bank 1818 H Street NW, Washington DC.

***Consultar, especialmente: BANCO MUNDIAL (1990). World Development Report: Poverty. Washington, D.C; BANCO MUNDIAL (1991). Brasil: novo desafio à saúde do adulto. Washington, D.C. 1991; BANCO MUNDIAL (1993). World Development Report: Investing in Health. Washington, D.C; BANCO MUNDIAL (1994). Envejecimiento sin crisis: Políticas para la protección de los ancianos y la promoción del crecimiento. Washington, D.C; e BANCO MUNDIAL (1995). A Organização, Prestação e Financiamento da Saúde no Brasil: uma agenda para os anos 90. Washington, D.C.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Ipea apresenta proposta para melhorias no transporte público

12/12/2013 09:34
Ipea apresenta proposta para melhorias no transporte público

Estudo propõe isentar das tarifas 7,5 milhões de pessoas que não têm acesso ao transporte
Isentar as tarifas de 7,5 milhões de pessoas que hoje não têm acesso ao sistema de transporte ou possuem dificuldade em acessá-lo. Esta é a proposta da Nota Técnica Transporte Integrado Social – uma proposta para o pacto da mobilidade urbano, divulgada pelo Ipea nesta quinta-feira, 12, em Brasília.

O aumento do preço e a baixa qualidade do transporte público motivaram em junho e julho de 2013 manifestações por todo País. Posteriormente, desses movimentos populares saíram várias reivindicações, algumas delas com relação a transporte público, por exemplo, a Tarifa Zero. Para responder essa demanda, foi criado o Pacto da Mobilidade Urbana, proposto pela presidenta Dilma, visando melhoria da qualidade do transporte público, redução de tarifas, maior transparência e controle social. Os estudos propõem soluções tecnológicas para sua execução – como a bilhetagem eletrônica e a simplicidade de se instituir um cartão social.

Os beneficiários do programa que ficariam isentos de pagar a tarifa são os ocupados informais, desocupados, estudantes do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Ensino Superior, estudantes Prouni e Fies, conforme recortes social e de renda.
Transporte Integrado Social
A ideia operacional do Transporte Integrado Social (TIS) surge da análise de projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional, como já detalhado na NT Dirur nº 03/2013. A orientação foi a de buscar a pactuação social e federativa para a construção de soluções, respeitando a noção do Transporte Público Urbano como direito social.

O TIS é uma proposta de política federativa, envolvendo União, estados e municípios, que diminui o valor das tarifas ao desonerar completamente esse serviço de caráter essencial, institui gratuidades sociais que se revertem em novas diminuições de tarifa ou em investimentos no sistema para que aumente a sua cobertura.

A estrutura do TIS é formada por um convênio interfederativo que institui um regime especial de tributação sobre serviços e insumos empregados no transporte coletivo urbano, visando, por meio da desoneração, garantir “preço justo” e “qualidade na prestação do serviço”, processo licitatório, participação e controle social e ambiente de execução financeira tanto para custeio (gratuidades), quanto para investimentos.

Confira a Nota Técnica Transporte Integrado Social – uma proposta para o pacto da mobilidade urbana

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Pesquisa aponta vitória de Dilma em 1º turno - 10 de Dezembro

Dilma venceria todos os adversários, em primeiro turno, se as eleições presidenciais fossem hoje

10 de Dezembro de 2013 
Pesquisa aponta vitória de Dilma em 1º turno


Pesquisa de abrangência nacional realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas indica que a presidenta Dilma Rousseff se reelegeria, em primeiro turno, no cenário eleitoral mais provável, se as eleições fossem hoje (10). Ou seja, em disputa com o senador Aécio Neves (PSDB) e o governador Eduardo Campos (PSB-PE), a presidenta teria mais votos do que a soma dos seus opositores. Mas poderia ter de disputar o segundo turno caso seus adversários fossem a ex-senadora Marina Silva (PSB) e o ex-governador José Serra (PSDB). Os números também indicam considerável potencial eleitoral do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que chega a aparecer em terceiro lugar.


Na disputa com Aécio e Eduardo, Dilma aparece com 47,2% das intenções de voto, segundo a pesquisa. O mineiro e o pernambucano somam 31,8%. A petista também venceria em primeiro turno se o candidato dos tucanos fosse José Serra. O cenário muda, no entanto, quando Marina é apontada como o nome do PSB à Presidência da República. Nesse caso, há chance de segundo turno, aponta o levantamento: Dilma figura com 42,5% das intenções; Marina, com 24,5%, e Aécio, com 17,9%. Ou seja, juntos, os dois alcançam praticamente o mesmo percentual da petista.


A possibilidade de nova rodada de votação cresce quando Marina e Serra aparecem como seus adversários. Os dois (a ex-ministra, com 24,53%; e o ex-governador, com 19,74%) somariam 44,3% das intenções de voto contra 41,08% da presidenta. Nesse caso, a petista não teria mais que a soma dos seus concorrentes, o que levaria a disputa ao segundo turno.


Embora não esteja filiado a partido e diga que não tem pretensão de disputar qualquer cargo político, o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, aparece com 15,6% das intenções de voto. Num cenário em que os adversários de Dilma são Aécio e Eduardo Campos, Joaquim fica a apenas dois pontos percentuais do tucano. Nesse caso, a petista venceria em primeiro turno, com 43,6%. A soma dos adversários chegaria a 39,68% das intenções de voto.


O Instituto Paraná Pesquisas também apurou o índice de aprovação ao governo Dilma, que subiu de 50% para 56% entre junho (auge dos protestos de rua) e dezembro. Nesse período, a desaprovação caiu de 44% para 39%. A pesquisa ouviu 2.250 eleitores, em 158 municípios, entre os dias 3 e 7 de dezembro. O grau de confiança é de 95% e a margem de erro, de 2%
Dilma venceria todos os adversários, em primeiro turno, se as eleições presidenciais fossem hoje
A pesquisa nacional sobre sucessão presidencial feita pelo Instituto Paraná Pesquisas, que o site Brasil 247 divulgou, nesta terça-feira, mostra que a presidenta Dilma venceria todos os adversários, se as eleições presidenciais fossem hoje, em primeiro turno.
No primeiro cenário, foi incluído também Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, como candidato. “Essa possibilidade é cada vez maior, até porque a oposição precisa de um terceiro nome competitivo para tentar garantir um segundo turno e não enterrar de vez seu caixão”, diz Murilo Hidalgo, diretor do Paraná Pesquisas.
Conheça os seis cenários pesquisados:
CENÁRIO A – No primeiro cenário, foram considerados quatro candidatos: a presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o governador pernambucano Eduardo Campos, do PSB, e o presidente do Supremo Tribunal Federal. Aos números:
Dilma Rousseff 43,46%
Aécio Neves 17,14%
Joaquim Barbosa 15,61%
Eduardo Campos 6,93%
Vitória em primeiro turno: Dilma 43,46% Soma dos adversários 39,68%
CENÁRIO B – O segundo cenário do Paraná Pesquisas contempla apenas os candidatos já colocados e os números são muito parecidos com os do Datafolha:

Dilma Rousseff 47,15%
Aécio Neves 20,51%
Eduardo Campos 11,31%
Vitória em primeiro turno: Dilma 47,15% Soma dos adversários 31,82%
CENÁRIO C – Na terceira simulação, com Marina Silva na disputa, o quadro muda e haveria a possibilidade de segundo turno:

Dilma Rousseff 42,45%
Marina Silva 24,47%
Aécio Neves 17,88%
Empate técnico: Dilma 42,45% Soma dos adversários 42,35%
CENÁRIO D – José Serra também foi testado pelo Paraná Pesquisas e teve ligeira vantagem sobre Aécio Neves:

Dilma Rousseff 45,55%
José Serra 22,93%
Eduardo Campos 11,95%
Vitória em primeiro turno: Dilma 45,55% Soma dos adversários 34.88%
CENÁRIO E – Com Marina Silva na disputa e José Serra na disputa, haveria segundo turno:
Dilma Rousseff 41,08%
Marina Silva 24,53%
José Serra 19,74%
Segundo turno: Dilma 41,08% Soma dos adversários 44,27%
CENÁRIO F – O sexto cenário do Paraná Pesquisas substitui a presidente Dilma pelo antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, que venceria com facilidade:

Dilma Rousseff 54,24%
Aécio Neves 18,85%
Eduardo Campos 9,63%
Vitória em primeiro turno: Lula 54,24% Soma dos adversários: 28,48%
O Paraná Pesquisas também mediu a aprovação ao governo da presidente Dilma Rousseff, que foi de 50% para 56%, entre junho e dezembro/13.
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De:

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Pesquisa DataFolha sobre o perfil ideológico dos brasileiros

Pensamento brasileiro

No último domingo, o Instituto Datafolha publicou uma pesquisa a respeito do posicionamento ideológico dos brasileiros. Essa não foi a primeira vez que pesquisas dessa natureza foram feitas pelo instituto, mas foi a primeira vez que questões econômicas ligadas à função do Estado, às leis trabalhistas e à importância de financiar serviços públicos apareceram. O resultado foi simplesmente surpreendente.
Se você ler os cadernos de economia dos jornais e ouvir comentaristas econômicos na televisão e no rádio, encontrará necessariamente o mesmo mantra: os impostos brasileiros são insuportavelmente altos, as leis trabalhistas apenas encarecem os custos e, quanto mais o Estado se afastar da regulação da economia, melhor. Durante décadas foi praticamente só isso o que ouvimos dos ditos "analistas" econômicos deste país.
No entanto décadas de discurso único no campo econômico foram incapazes de fazer 47% dos brasileiros deixarem de acreditar que uma boa sociedade é aquela na qual o Estado tem condição de oferecer o máximo de serviços e benefícios públicos.
Da mesma forma, 54% associam leis trabalhistas mais à defesa dos trabalhadores do que aos empecilhos para as empresas crescerem, e 70% acham que o Estado deveria ser o principal responsável pelo crescimento do Brasil.
Agora, a pergunta que não quer calar é a seguinte: por que tais pessoas praticamente não têm voz na imprensa econômica deste país? Por que elas são tão sub-representadas na dita esfera pública?
A pesquisa ainda demonstra que, do ponto de vista dos costumes, os eleitores brasileiros não se diferenciam muito de um perfil conservador. O que deixa claro como suas escolhas eleitorais são eminentemente marcadas por posições ideológicas no campo econômico. Uma razão a mais para que tais posições possam ter maior visibilidade e estar em pé de igualdade com as posições econômicas liberais hegemônicas na imprensa brasileira.
É claro que haverá os que virão com a velha explicação ressentida: o país ama o Estado devido à "herança patrimonialista ibérica" e à falta de empreendedorismo congênita de seu povo. Essa é a velha forma de travestir egoísmo social ressentido e preconceituoso com roupas de bricolagem histórica.
Na verdade, o povo brasileiro sabe muito bem a importância da solidariedade social construída por meio da fiscalidade e da tributação dos mais ricos, assim como é cônscio da importância do fortalecimento da capacidade de intervenção do Estado e da defesa do bem comum. Só quem não sabe disso são nossos analistas econômicos, com suas consultorias milionárias pagas pelo sistema financeiro.
VLADIMIR SAFATLE escreve às terças-feiras nesta coluna.


OPINIÃO PÚBLICA - 09/12/201312H19
FOLHA DE SÃO PAULO
Os brasileiros se dividem de maneira igualitária entre direita (39%, sendo 10% de direita, e os demais 29%, de centro-direita) e esquerda (41%, sendo 10% de esquerda, e 31% de centro-esquerda) quando se trata de assuntos relacionados a comportamento, valores e economia.
Nessa divisão, 20% ficam no centro do espectro ideológico. Ao tratar somente de temas comportamentais e ligados a valores, os segmentos da população com mais afinidades com a direita (49%, sendo 12% de direita, e 37%, de centro-direita) ultrapassam os mais ligados à esquerda (29%, sendo 4% afinados com a esquerda, e 25%, com a centro-esquerda), e o centro puro ganha espaço (22%).
Quando se consideram apenas temas econômicos, a maior fatia também fica à esquerda (46%, considerando 21% de esquerda, e outros 25% de centro-esquerda), enquanto a direita abrange 26% (8% de direita, e 18%, de centro-direita), e o centro passa a abrigar 27%.
Para chegar a essa classificação, o Datafolha consultou os brasileiros sobre uma série de questões envolvendo valores sociais, políticos, culturais e econômicos, e partir daí os posicionou em escalas de comportamento e pensamento econômico, dentro das quais eles foram segmentados em esquerda, centro-esquerda, centro, direita e centro-direita. A união dos resultados dessas escalas resultou em uma escala geral de posicionamento ideológico, definida pela mesma segmentação.
Questão sobre crença em Deus e debate sobre drogas são temas que menos dividem brasileiros
Dessa série de frases, as que menos dividem a população se referem ao uso de drogas e a crença em Deus: para 87%, acreditar em Deus torna as pessoas melhores, e só 12% acreditam que crer em Deus não torna uma pessoa melhor. Um índice próximo (83%) avalia que o uso de drogas deve ser proibido porque prejudica toda a sociedade, e 15% veem a questão de outra forma e acreditam que não deveria ser proibido porque a consequência do uso é individual.
Entre duas questões sobre o mesmo tema, mas com sentidos opostos, as que também tiveram aceitação de mais de 60% por uma delas se referiam à punição de adolescentes infratores (72% acreditam que devem ser punidos como adultos, e 26%, que devem ser reeducados); à posse de armas (68% defendem a proibição, e 30%, a liberação do uso); à homossexualidade (67% acreditam que deve ser aceita pela sociedade, enquanto 25% analisam que deve ser desencorajada); à imigração (para 67%, imigrantes pobres contribuem com a cultura e desenvolvimento local, enquanto 25% acreditam que causam problemas); ao papel do governo (também é de 67% o índice dos que avaliam que o governo é o principal responsável por investir e fazer o país crescer, e 24% acreditam que esse papel cabe às empresas privadas); à pobreza (65% avaliam que a pobreza é causa por falta de oportunidades, e 32%, que está ligada à preguiça); e à criminalidade (63% defendem que a criminalidade tem origem na maldade das pessoas, e 34% creem que seja causada pela falta de oportunidades iguais para todos).
Ainda sobre a atuação do governo na economia, 58% preferem que o governo atue com força para evitar o abuso de empresas, e 31% avaliam que quanto menos o governo atrapalhar a competição entre as empresas, melhor.
Apoio similar (57%) tem os que defendem que o governo deve ajudar grandes empresas nacionais que correm o risco de falir, ideia rejeitada por 34%. Sobre as leis trabalhistas no Brasil, 54% acreditam que eles mais protegem os trabalhadores do que atrapalham as empresas, e 34% pensam de forma contrária e afirmam que eles são mais prejudiciais às empresas do que benéficas para os trabalhadores.
Entre as questões que mais dividem os brasileiros estão às que se referem ao papel dos sindicatos (49% avaliam que são importantes para defender os interesses dos trabalhadores, e 45% acreditam que eles servem mais para fazer política); à pena de morte (49% defendem que não cabe à Justiça tirar a vida de uma pessoa, mesmo que ela tenha cometido um crime grave, enquanto 47% apontam que essa é a melhor medida para indivíduos que cometerem crimes graves); e à atuação do governo (47% defendem que quanto menos dependerem do governo, melhor estará a vida, e outros 47% avaliam a questão de forma oposta e acreditam que quantos mais benefícios do governo, melhor).
Nesse levantamento realizado do dia 28 ao dia 29 de novembro de 2013, foram realizadas 4.557 entrevistas em 194 municípios, com margem de erro máxima 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. Isto significa que se fossem realizados 100 levantamentos com a mesma metodologia, em 95 os resultados estariam dentro da margem de erro.
Leia na Folha mais informações sobre esta pesquisa.

Caótica a situação em Lajedinho - Bahia

Lajedinho cidade com aproximadamente 4000 habitantes localizada na chapada da Diamantina Bahia, foi vitima no dia de ontem de uma violenta chuva onde por volta de 2 horas choveu 120 mm, causado um caos na pequena cidade.
O centro da cidade ficou arrasado, mais de 200 famílias ficaram desabrigadas houve até agora 16 mortes, sendo 8 de uma mesma família. Portanto nossa solidariedade com aquela população é fundamental.


AQUI DO  BLOG NOS SOLIDARIZAMOS COM O POVO DAQUELA CIDADE E PEDIMOS QUE DEUS DE A FORÇA E O CONSOLO PARA AS FAMÍLIAS ENLUTADAS.

Lajedinho Foto: Andréa Silva/TV Bahia
 imagem de lajedinho Foto: Andréa Silva/TV Baia
arrazo em Lajedinho, Foto Andréa Silva/TV Bahia

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Zé de Abreu: “É hora de o PT voltar a ser pedra”

Antônio Pinheiro/Revista Congresso em Foco
"Fizemos vaquinha pra ajudar o Lula quando ele saiu da presidência. Ele não tinha um puto", diz Zé de Abreu
O ator José de Abreu é um apaixonado pela profissão. Gosta tanto que por essa paixão abriu mão da aventura de se lançar ao cargo de deputado federal, projeto que chegou a animá-lo no início do ano. Tentado pela ideia, José de Abreu conta que ninguém o apoiou. Nem a família, nem os próprios petistas. Zé, como ele prefere ser chamado, afinal desistiu. Temia prejudicar a carreira de ator para se transformar em político profissional.
Em entrevista exclusiva à recém-lançada oitava edição da Revista Congresso em Foco, ele diz que o PT, seu partido do coração, está há tempo demais no poder. “Daqui a pouco tá na hora de o PT voltar a ser pedra. Chega de ser vidraça. Acho que mais um governo do PT e chega. Sai fora dessa porra”, sugere, lamentando que Eduardo Campos (PSB) tenha deixado o bloco governista, o que poderia levá-lo a ter o apoio dos petistas na campanha presidencial de 2018.
Amigo do ex-ministro José Dirceu, preso após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, o ator diz ter convicção de que o esquema não existiu. “Sempre falo com ele, mas não foi isso que me deu a certeza de que não foi compra de votos. Eu acompanhei pela imprensa na época. Não precisa ser amigo do Zé Dirceu para saber. Não tem lógica isso.” Para ele, há um ódio de classe por trás das denúncias do mensalão.
Na entrevista, ele revela que votou em Fernando Henrique Cardoso (PSDB) contra Lula e que fez campanha para o deputado Roberto Freire (PPS-SP), hoje seu “inimigo mortal”, antes de apoiar o petista. Diz ainda que participou de uma ação entre amigos para ajudar financeiramente o ex-presidente Lula assim que ele deixou o Planalto, em 2011.
“Fizemos vaquinha pra ajudar o Lula quando ele saiu da presidência. Ele não tinha um puto. Não tinha nada. Aí depois começou a ganhar dinheiro com as palestras, os eventos e tal. Aí a gente fala isso e as pessoas fazem mimimi. Mas teve vaquinha. Foi uma ação entre amigos mesmo, para que ele pudesse chegar em casa”, conta. Na entrevista, Zé ainda tece críticas aos governos FHC e Dilma e explica sua preferência por encarnar vilões quando está em cena.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

“República do Pó” mostra seu Poder: Juiz se recusa a assumir o caso do helicóptero do pó

Juiz estadual recusa-se a assumir o caso, federal questiona se não é competência da Justiça Militar, e prisão em flagrante é transformada em preventiva
Pescado do Novo Jornal
Enquanto a sociedade aguarda uma resposta das autoridades, apresentando os verdadeiros responsáveis pelo tráfico de 450 quilos de cocaína utilizando o helicóptero da família Perrella, as autoridades do Poder Judiciário estadual e federal do Espírito Santo recusam-se a assumir suas funções, utilizando justificativas que não convencem.
Exemplo? Segundo fontes do TRF, o juiz federal do Espírito Santo ao receber o processo transferido pelo juiz estadual solicitou parecer do Ministério Público, indagando se o caso não seria da “Justiça Militar” sob a alegação de que o crime “ocorreu dentro de uma aeronave”.
Evidente que o crime não ocorreu dentro da aeronave, mas sim se utilizando de uma aeronave. Juristas que acompanham o caso afirmam que esta apreensão não é um fato novo, pois nos últimos anos a maioria do tráfico de drogas tem utilizado aeronaves.
Embora guardada a sete chaves, Novojornal teve acesso agora à tarde a movimentação do processo 0010730-56.2013.4.02.5001, que passou a tramitar a partir desta sexta-feira (29) na Justiça Federal capixaba, demonstrando ser verdadeira a informação de nossas fontes sobre o despacho do Juiz Federal. A versão corrente é que nenhum magistrado quer assumir o feito devido aos envolvidos.
Em Belo Horizonte, a imprensa ficou assustada com a novidade ocorrida no depoimento do deputado Gustavo Perrella, uma vez que por norma, nem mesmo os carros de delegados e agentes da PF passam pela portaria sem parar e identificar-se. Gustavo Perrella no depoimento prestado na última quinta-feira (28), dentro de um carro de vidros escurecidos passou junto com seu advogado direto pelo portão, dando a impressão que o mesmo teria sido aberto com a antecedência necessária para facilitar o ocorrido.
Opinião unânime dos jornalistas que estão cobrindo as ações da Polícia Federal na apuração da apreensão do Helicóptero, pertencente à empresa da família Perrella, que estava transportando 450 quilos de cocaína, é que o comportamento que vem sendo adotado não é comum.
Normalmente os delegados evitam emitir juízo de valor e antecipar conclusões investigatórias, o que não vem ocorrendo. Primeiro foi à informação transmitida mesmo antes de ser feito a perícia nos celulares apreendidos, assim como no GPS da aeronave sobre a ausência de suspeita de envolvimento do deputado Gustavo Perrella, agora o mesmo delegado apressou-se em informar à imprensa que a fazenda onde foi apreendida a aeronave não pertencia a um laranja ligado a “família Perrella”.
O comportamento vem passando a impressão de que existe uma tentativa em ir pouco a pouco esvaziando o caso. O piloto, co-piloto e demais personagens flagrados descarregando o helicóptero tiveram nesta sexta suas prisões em flagrante revertidas para prisões preventivas pelo juiz estadual de Afonso Cláudio ao encaminhar o processo para o TRF.
Gustavo Perrella prestou depoimento na tarde dessa quinta-feira (28) na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Belo Horizonte. Ele foi convocado para dar explicações em inquérito aberto para investigar a apreensão dos 443 Kg de cocaína em seu helicóptero.
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O deputado chegou atrasado e, para evitar mais constrangimento, seu advogado tentou que ele fosse interrogado fora da delegacia, mas a PF não autorizou.
Além dele, a irmã, sócia da empresa registrada como dona da aeronave, prestou depoimento. O outro sócio, André Costa, primo de Perrella, será ouvido em Divinópolis (MG).
Após sair da PF, o deputado não deu entrevistas. Já Kakay, por sua vez, disse que Perrella respondeu a todas as perguntas, e voltou a afirmar que o deputado foi enganado pelo piloto do helicóptero.
O senador Zezé Perrella (PDT-MG) também usou verba indenizatória do Senado para abastecer a aeronave apreendida no fim de semana passado com 443 quilos de cocaína. Desde que o pedetista assumiu a vaga de Itamar Franco (PDMB-MG), morto em julho de 2011, a Casa desembolsou mais de R$ 104 mil com verba indenizatória para custear notas de abastecimentos apresentadas pelo gabinete de Perrella, sendo que parte desta verba foi destinada ao combustível do helicóptero Robinson R-66.
A maior concentração de gastos ocorreu em 2012, ano eleitoral. Neste período, o Senado desembolsou R$ 55 mil com abastecimento para Zezé Perrella. Este tipo de gasto chegou a R$ 38 mil em 2011 e, até outubro deste ano, a Casa reembolsou o senador em outros R$ 11 mil com combustíveis.
O helicóptero apreendido por meio de operação conjunta da Polícia Militar (PM) do Espírito Santo e da Polícia Federal está registrado em nome da Limeira Agropecuária e Participações Ltda, fundada por Zezé Perrella e posteriormente transferida para seus filhos, o deputado estadual Gustavo Perrella (SDD), de Minas Gerais, e Carolina Perrella, além do sobrinho André Almeida Costa. A aeronave é a única da família.
Apesar dos gastos com o abastecimento do helicóptero, feito principalmente na Pampulha Abastecimento de Aeronaves Ltda, o Senado ainda desembolsou R$ 58 mil reais de verba indenizatória para o ressarcimento de notas de passagens aéreas apresentadas por Zezé Perrella desde que ele assumiu o cargo.
Segundo a assessoria do senador, todos os gastos feitos pelo Senado com abastecimento da aeronave, que ainda está apreendida, foram relativos ao uso do helicóptero para atividade parlamentar. A reportagem tentou falar com Zezé Perrella, mas ele não atendeu nenhum dos celulares.
O Ministério Público de Minas Gerais abriu inquérito para investigar o uso de verba da Assembleia Legislativa do estado para o custeio de combustível do helicóptero do deputado Gustavo Perrella (SDD-MG), filho do senador e ex-presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella. A aeronave foi apreendida no último domingo pela Polícia Federal (PF) após pousar em uma casa no Espírito Santo com quase meia tonelada de pasta de cocaína.
O MP vai averiguar se o deputado usava o helicóptero, registrado como um bem de sua empresa, para fins particulares. Gustavo Perrella tem direito, como deputado estadual, a R$ 20mil de verba indenizatória. E parte dela foi destinada para financiar o combustível. Segundo o MP, se Perrella não provar que a aeronave foi usada para o mandato, o deputado será denunciado por improbidade administrativa.
“O ônus é dele, do deputado. É ele que tem que provar que está certo” disse Eduardo Nepomuceno, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte.
Perrellla diz que o combustível serviu apenas para o mandato parlamentar. O deputado alega que visitava as bases eleitorais em Minais Gerais com a aeronave.