Paulo Roberto é Pedagogo, Sindicalista e Petista.

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Dever cumprido é fruto da ousadia de um velho militante das lutas democráticas e sociais do nosso Brasil, que entende que sem uma interação rápida, ágil, eficiente e livre com o que rola pelo mundo, a democracia é pífia.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Banqueiro Bonzinho?


Certa tarde, um famoso banqueiro ia  para casa,  em sua enorme limusine, quando viu dois homens à beira da  estrada comendo grama.
Ordenou ao seu motorista que parasse e, saindo,  perguntou a um deles:
 - Porque vocês estão comendo  grama?
 - Não temos dinheiro para comida.. -  disse o pobre homem - Por isso temos que comer grama.
 - Bem, então venham a minha casa e  eu lhes darei de comer - disse o banqueiro..

- Obrigado, mas tenho mulher e dois  filhos comigo. Estão ali, debaixo daquela árvore.
- Que venham também - disse  novamente o banqueiro. E, voltando-se
para o outro homem, disse-lhe: -  Você também pode vir.
O homem, com uma voz muito sumida  disse:
- Mas, senhor, eu também tenho  esposa e seis filhos comigo!
- Pois que venham também. -  respondeu o banqueiro.
E entraram todos no enorme e luxuoso  carro.
Uma vez a caminho, um dos homens  olhou timidamente o banqueiro e disse:
- O senhor é muito bom. Obrigado por  nos levar a todos!
O banqueiro respondeu:
- Meu caro, não tenha vergonha, fico  muito feliz por fazê-lo! Vocês vão ficar encantados com a minha casa...
A  grama está com mais de  20 centímetros de altura!
 

 PS: Quando você achar que um banqueiro (ou banco) está lhe ajudando, não se iluda, pense mais um  pouco...

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Feliz ano novo

Durante o ano que finaliza, 
procurei expressar vida.
Hoje  agradeço a você pela companhia,
que sem a qual não teria conseguido enxergar melhor 
cada momento que me foi permitido viver.
Quero entoar junto aos anjos,  o cântico de alegria,amor e paz.
Saiba que neste ano,  meu melhor presente foi você.
Muito obrigado por fazer parte da minha caminhada.
Graça e Paz


"RECICLAR É MUITO MAIS QUE NÃO POLUIR,   É PERMITIR QUE O FUTURO EXISTA."

A NOSSA JABUTICABA, HEIN? QUEM DIRIA...


 Olha aí que interessante!
 A jabuticaba, nossa pequena notável! Fruta 100% brasileira
          É dela que vamos falar.
 Discreta no quintal de nossa casa, ela contém teores espantosos de
 substâncias protetoras do peito. Ganha até da uva, e provavelmente do vinho  que é festejado no mundo inteiro por evitar infartos.
Você vai conhecer agora uma revelação científica, e das boas, que acaba de  cair do pé.

 Por Regina Pereira

A química Daniela Brotto Terci nem estava preocupada com as coisas que se  passam com o coração. Tudo o que ela queria, em um laboratório  da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior paulista, era encontrar na natureza pigmentos capazes de substituir os corantes  artificiais usados na indústria alimentícia.
E, claro, quando se fala em cores a jabuticaba chama a atenção Roxa? Azulada? Cá entre nós, jabuticaba tem cor de... jabuticaba.
Mas o que tingiria a sua casca? A cientista quase deu um pulo para trás ao conferir: "enormes porções de antocianinas", foi a resposta
Desculpe o palavrão, mas é como são chamadas aquelas substâncias que, sim,  são pigmentos presentes nas uvas escuras e, conseqüentemente, no vinho  tinto, apontados como grandes benfeitores das artérias.
Daniela jamais tinha suspeitado de que havia tanta antocianina ali, na
 jabuticaba, aliás, nem ela nem ninguém.
“Os trabalhos a respeito dessa fruta são muito escassos”, tenta justificar a  pesquisadora, que também mediu a dosagem de antocianinas da amora.
Ironia, o fruto da videira saiu perdendo no ranking, enquanto o da
 jabuticabeira...
Dê só uma olhada (o número representa a quantidade de miligramas das  benditas antocianinas por grama da fruta):
jabuticaba
314
amora
290
uva
227
 As antocianinas dão o tom. 'Se um fruto tem cor arroxeada é porque elas estão ali', entrega a nutricionista Karla Silva, da Universidade Estadual do Norte Fluminense, no Rio de Janeiro.
No reino vegetal, esse tingimento serve para atrair os pássaros.
E isso é importante para espalhar as sementes e garantir a perpetuação da espécie', explica Daniela Terci, da Unicamp.
Para a Medicina, o interesse nas antocianinas é outro. “Elas têm uma potente  ação antioxidante”, completa a pesquisadora de Campinas. Ou seja, uma vez em  circulação, ajudam a varrer as moléculas instáveis de radicais livres. Esse efeito, observado em tubos de ensaio, dá uma pista para a gente compreender por que a incidência de tumores e problemas cardíacos é menor entre consumidores de alimentos ricos no pigmento.
Ultimamente surgem estudos apontando uma nova ligação: as tais substâncias  antioxidantes também auxiliariam a estabilizar o açúcar no sangue dos  diabéticos.
Se a maior concentração de antocianinas está na casca, não dá para você simplesmente cuspi-la. Tudo bem, engolir a capa preta também é difícil. A saída, sugerida pelos especialistas, é batê-la no preparo de sucos ou usá- la  em geléias.
 A boa notícia é que altas temperaturas não degradam suas
 substâncias benéficas.
Os sucos, particularmente, rendem experiências bem coloridas. A
 nutricionista Solange Brazaca, da Escola Superior de Agricultura Luiz de
 Queiroz (Esalq), em Piracicaba, interior paulista, dá lições que parecem
 saídas da alquimia. “Misturar a jabuticaba com o abacaxi resulta numa bebida  azulada”, ensina. “Já algumas gotas de limão deixam o suco avermelhado”. As  variações ocorrem devido a diferenças de pH e pela união de  pigmentos ácidos.
Mas vale lembrar a velha máxima saudável: bateu, tomou. “Luz e oxigênio reagem com as moléculas protetoras”, diz a professora. Não é só a saúde que  sai perdendo: o líquido fica com cor e sabor alterados.
Aliás, no caso da jabuticaba, há outro complicador. Delicada, a fruta se modifica assim que é arrancada da árvore. “Como tem muito açúcar, a
 fermentação acontece no mesmo dia da colheita”, conta a engenheira agrônoma Sarita Leonel, da Universidade Estadual Paulista, em Botucatu.
A dica é guardá-la em saco plástico e na geladeira. Agora, para quem tem uma jabuticabeira, que privilégio!
A professora repete o que já diziam os nossos avós: “Jabuticaba se chupa no pé”.
 O branco tem seu valor.
A bioquímica Edna Amante, do laboratório de frutas e hortaliças da
 Universidade Federal de Santa Catarina, destaca alguns nutrientes da parte
 branca e mais consumida da jabuticaba. “É na polpa que a gente encontra
 ferro, fósforo, vitamina C e boas doses de niacina, uma vitamina do complexo B que facilita a digestão e ainda nos ajuda a eliminar toxinas”.
Ufa! E não só nessa polpa, mas também na casca escura, você tem excelentes teores de pectina. “Essa fibra tem sido muito indicada para derrubar os níveis de colesterol, entre outras coisas”, conta a nutricionista Karla Silva. A pectina, portanto, faz uma excelente dobradinha com as antocianinas no fruto da jabuticabeira. Daí o discurso inflamado dessa especialista, fã de carteirinha: “A jabuticaba deveria ser mais valorizada, consumida e explorada”.
 Nós concordamos, e você?
A jabuticabeira
Nativa do Brasil, ela costuma medir entre 6 e 9 metros e é conhecida desde o  período do descobrimento. “A espécie é encontrada de norte a sul, desde o Pará até o Rio Grande do Sul”, diz o engenheiro agrônomo João Alexio Scarpare Filho, da ESALQ. Segundo ele, a palavra jabuticaba é tupi e quer  dizer “fruto em botão”.
A invenção é esta: vinho de jabuticaba. O nome não deixa de ser uma espécie de licença poética, já que só pode ser denominado vinho pra valer o que deriva das uvas. Mas, sim, existe um fermentado feito de jabuticaba que, aliás, já está sendo exportado.
“O concentrado da fruta passa um ano inteiro em barris de carvalho”, conta o farmacêutico-bioquímico Marcos Antônio Cândido, da Vinícola Jabuticabal, em Hidrolândia, Goiás.
A jabuticaba é a matéria-prima de delícias já conhecidas, como a geléia e o licor, e também de uma espécie de vinho. Quem provou a bebida garante:  é uma delícia.
 Em 100 gramas ou 1 copo:
Calorias
51
Vitamina C
12 mg
Niacina
2,50 mg
Ferro
1,90 mg
Fósforo
14 g

  Tire proveito da jabuticaba
Atributos, para essa fruta tipicamente brasileira, são o que não faltam.
Vitaminas, fibras e sais minerais aparecem nela ao montes.
Agora, para melhorar ainda mais esse perfil nutritivo, pesquisadores da  Universidade Estadual de Campinas descobriram que ela está cheia de
 antocianinas, substâncias que protegem o coração.
Mais uma razão para que a jabuticaba esteja sempre em seu cardápio.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Censo Escolar registra 51,5 milhões de estudantes matriculados em 2010

    
     O Censo Escolar 2010 aponta que o Brasil tem 51,5 milhões de estudantes matriculados na educação básica pública e privada – creche, pré-escola, ensino fundamental e médio, educação profissional, especial e de jovens e adultos. Desse total, 43,9 milhões estudam nas redes públicas (85,4%) e 7,5 milhões em escolas particulares (14,6%). Atendem estudantes da educação básica 194.939 estabelecimentos de ensino.
     Segundo os dados do Censo, as matrículas na educação profissional cresceram 74,9% entre 2002 e 2010. Em 2010, o País tem 1,1 milhão de jovens na educação profissional, enquanto em 2002 eles somavam 652.073.
     Além do ensino profissional, a creche é a etapa com maior crescimento no número de matrículas da educação básica. As matrículas de crianças com até três anos de idade apresentaram um aumento de 9%, o que corresponde a 168.290 novas matrículas. Em 2010, as matrículas somaram 2.064.653, enquanto em 2009, o censo registrou 1.896.363. Comparando com o início dos anos 2000, o crescimento ultrapassa 79%.
     Com a reorganização da pré-escola, que atende crianças de quatro e cinco anos, e a implantação do ensino fundamental de nove anos, o censo registrou 4.692.045 matrículas em classes de pré-escola. A queda de 3,6% com relação a 2009 é atribuída à implantação do ensino fundamental de nove anos. Em 2009, a pré-escola teve 4.866.268 alunos.
A educação especial registrou em 2010, 702.603 matrículas, um aumento de 10% com relação a 2009. Segundo o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Joaquim Neto, o grande salto aconteceu no processo de inclusão de alunos com deficiência em escolas públicas regulares iniciado em 2007. Com a expansão de alunos especiais nas escolas regulares, caíram as matrículas nas escolas exclusivas.
     Também no ensino médio houve aumento de 0,2% nas matrículas, com 20.515 novos alunos. No total, o ensino médio registra 8.357.675 alunos. Em 2009 eram 8.337.160. Como nos anos anteriores, a rede estadual é responsável por 85,9% das matrículas, enquanto a rede privada tem 11,8%.
     No ensino fundamental – da primeira à nona série regular e a educação de jovens e adultos - estão matriculados 31 milhões de alunos, sendo 16,7 milhões nos anos iniciais e 14,2 milhões nos anos finais. A educação de jovens e adultos tem 4.287.234 de matrículas; a educação indígena, 246.793; e nas áreas remanescente de quilombos, 210.485 estudantes estão matriculados.
Em 2009, o censo registrou 52,5 milhões de alunos na educação básica. Na avaliação do presidente do Inep, a queda de cerca de um milhão de matrículas da educação básica pública em 2010, comparada a 2009, tem duas explicações: a melhora do fluxo escolar com redução de crianças repetindo a série combinada com o aumento do rigor técnico na coleta de informações do censo. “Fazemos checagem de dados para evitar matrículas duplas”, explicou. Em 2011, segundo Joaquim Neto, o Inep fará também visitas a escolas para verificar a autenticidade das informações prestadas.

domingo, 19 de dezembro de 2010

ESTE HOMEM, A CADA DIA DÁ NOS UMA NOVA LIÇÃO!

HUMILDADE DO VICE-PRESIDENTE
JOSÉ ALENCAR
"A humildade não está na pobreza,
não está na indigência,
na penúria, na necessidade,
na nudez e nem na fome".


Na semana passada, o vice-presidente da República, José Alencar,
de 77 anos deu início a mais uma batalha contra o câncer.
É o 11º tratamento ao qual se submete.

*Desde quando o senhor sabe que, do ponto de vista médico,
sua doença é incurável?


JA
 - Os médicos chegaram a essa conclusão há uns dois anos
e logo me contaram.
E não poderia ser diferente,
pois sempre pedi para estar plenamente informado.
A informação me tranquiliza.
Ela me dá armas para lutar.
Sinto a obrigação de ser absolutamente transparente
quando me refiro à doença em público.
Ninguém tem nada a ver com o câncer do José Alencar,
mas com o câncer do vice-presidente, sim.
Um homem público com cargo eletivo não se pertence.

*O senhor costuma usar o futebol como metáfora
para explicar a sua luta contra a  doença.
Certa vez, disse que estava ganhando de 1 a 0.
De  outra, que estava empatado.
E, agora, qual é o placar?


JA
 - Olha, depois de todas as cirurgias pelas quais
passei nos últimos anos, agora me sinto debilitado
para viver o momento mais prazeroso de uma partida:
vibrar quando faço  um gol.
Não tenho mais forças para subir no alambrado e festejar.

*Como a doença alterou a sua rotina?


JA
 - Mineiro costuma avaliar uma determinada situação dizendo que
"o trem está bom ou ruim".
O trem está ficando feio para o meu lado.
Minha vida começou a mudar nos últimos meses.
Ando cansado.
O tratamento que eu fiz nos Estados Unidos me deu essa canseira.
Ando um pouco e já me canso.
Outro fato que mudou drasticamente minha rotina foi a colostomia
(desvio do intestino para uma saída aberta na lateral da barriga,
onde são colocadas bolsas plásticas),
herança da última  cirurgia, em julho.
Faço o máximo de esforço para trabalhar normalmente.
O trabalho me dá a sensação de  cumprir com meu dever.
Mas, às vezes, preciso de ajuda.
Tenho a minha mulher, Mariza e a Jaciara
(enfermeira da Presidência da República)
para me auxiliarem com a colostomia.
Quando, por algum motivo, elas não podem me acompanhar,
recorro a outros dois enfermeiros, o Márcio e o Dirceu.
Sou atendido por eles no próprio gabinete.
Se estou em uma reunião, por exemplo, digo que vou ao banheiro,
chamo um deles e o que tem de ser feito é feito e pronto.
Sem drama nenhum.

*O senhor não passa por momentos de angústia?


JA
 - Você deveria me perguntar se eu sei o que é angústia.
Eu lhe responderia o seguinte:
desconheço esse sentimento.
Nunca tive isso.
Desde pequeno sou assim, e não é a doença que vai mudar isso.

*O agravamento da doença lhe trouxe algum tipo de reflexão?


JA
 - A doença me ensinou a ser mais humilde.
Especialmente, depois da colostomia.
A todo momento, peço a Deus para me conceder a graça da humildade.
E Ele tem sido generoso comigo.
Eu precisava disso em minha vida.
Sempre fui um atrevido.
Se não o fosse, não teria construído o que construí
e não teria entrado na política.

*É penoso para o senhor praticar a humildade?
 

JA
 - Não, porque a humildade se desenvolve naturalmente no sofrimento.
Sou obrigado a me adaptar a uma realidade em que dependo
de  outras pessoas para executar tarefas básicas.
Pouco adianta eu ficar nervoso com determinadas limitações.
Uma das lições da humildade foi perceber que existem pessoas
muito mais elevadas do que eu,
como os profissionais de saúde que cuidam de mim.
Isso vale tanto para os médicos Paulo Hoff, Roberto Kalil,
Raul Cutait e Miguel Srougi
quanto para os enfermeiros e auxiliares de enfermagem
anônimos que me assistem.
Cheguei à conclusão de que o que eu faço profissionalmente
tem menos importância do que o que eles fazem.
Isso porque meu trabalho quase não tem efeito direto
sobre o próximo.
Pensando bem, o sofrimento é enriquecedor.

*Essa sua consideração não seria uma forma
de se preparar para a  morte?


JA
 - Provavelmente, sim.
Quando eu era menino, tinha uma professora que repetia
a seguinte oração:
"Livrai-nos da morte repentina".
O que significa isso?
Significa que a morte consciente é melhor do que a repentina.
Ela nos dá a oportunidade de refletir.  

*O senhor tem medo da morte?


JA
 - Estou preparado para a morte como nunca estive nos últimos tempos.
A morte para mim hoje seria um prêmio.
Tornei-me uma pessoa muito  melhor.
Isso não significa que tenha desistido de lutar  pela vida.
A luta é um princípio cristão, inclusive.
Vivo dia após dia de forma plena.
Até porque nem o melhor médico do mundo
é capaz de prever o dia da morte de seu paciente.
Isso cabe a Deus, exclusivamente.

*Se recebesse a notícia de que foi curado, o que faria primeiro?


JA
 - Abraçaria minha esposa, Mariza e diria:
"Muito obrigado por ter cuidado tão bem de mim".
.................................

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Morador de rua que cuida de cães


                       
Rogério é um morador de rua que vive numa carroça coberta com 10 cães, entre eles, alguns encontrados em condições extremas - espancados
pelos antigos donos, jogados pela janela de um  caminhão, doentes, abandonados e esfomeados, largados ao léu, amarrados em  postes etc.

Vive de doações de ração, remédio e comida.
Os cães são muito bem tratados, mas dependem do amor e do carinho que o Rogério tem por eles, e da caridade daqueles que o conhecem e admiram.



Ele fica próximo a pontos de ônibus na avenida Georges Corbusier, após a rua Jequitibás (região do Jabaquara, em São Paulo), os cães não atrapalham ninguém, são super-educados e simpáticos (todos castrado(a)s) e passam boa  parte do dia dentro da carroça.

Ele é muito querido pelos comerciantes da região, mas o problema é durante a madrugada, quando bêbados no volante, e garotos usuários de droga na região, tem sido uma constante ameaça.
Rogério já foi espancado por jovens drogados  e chegaram a jogar álcool nele enquanto dormia com os cães dentro da carroça, por sorte não
 tiveram tempo de acender o fósforo, pois um dos cães latiu e o avisou do perigo.

         
Ele é um exemplo de como uma pessoa pode se doar.
 Alguém na condição dele, poderia ter escolhido outros caminhos, mas Rogério demonstrou coragem  e decidiu perseverar. Além de ser uma pessoa de muito valor, faz caridade prá deixar muito bacana
por aí no chinelo. Sua presença ilumina os lugares por onde passa, mas ele já está cansado e também  não é mais tão jovem assim.

São muitas as agressões que ele e os cachorros vêm sofrendo, e que vão desde assalto e espancamento, até atentados contra a  vida como esfaqueamento e atropelamento. Enfim, é muito sofrimento para
alguém que luta tanto. Na região todos o conhecem e apreciam, tanto que na última vez que uma turma  veio bater nele porque queriam roubar suas coisas,  o dono de um bar próximo saiu para enfrentar os safados e começou a dar tiros, colocando todos em fuga. Assim, mesmo, o Rogério passou dois dias no  hospital por conta dos machucados recebidos,
e se não fosse pela intervenção do dono do bar, os cachorros já seriam órfãos.


Assim, é diante de tudo isso peço que ajudem a divulgar esta história para que o Rogério possa  conseguir uma oportunidade que lhe propicie melhores  condições de moradia e de vida, em qualquer cidade,
para que ele possa cuidar não somente dos seus, mas  de outros tantos cães abandonados por esse Brasil,  e que precisam de muitos cuidados e de carinho. Já lhe  ofereceram abrigo, mas desde que os cães ficassem
para trás, e o Rogério recusou, pois para ele, estes cães são como filhos; são sua familia.
 
                     
Outro dia ele estava levando todos os cães para um pet shop para tomar banho - eram 11 cachorrinhos felizes – eram originalmente 10, mas agora apareceu mais um, um fox paulistinha que eu não conheci porque no momento que conversamos estava no banho. Ele disse que havia passado remédio contra pulgas nos cachorros, e que o tal remédio é meio melado, e então teve que dar banho em toda a tropa. Perguntei quanto ele iria gastar para dar banho em toda aquela tropa de cachorros,  e ele, sorrindo como sempre, disse que a moça do pet shop o ajudava e não cobrava nada. Santa alma! Aí eu perguntei a ele – e você? Onde toma banho? E ele me respondeu que tomava banho no posto de gasolina da esquina, banho frio, gelado mesmo. Disse que como era nordestino, estava acostumado.

As vezes faltam palavras que possam definir a grandeza de uma alma como esta, que mesmo não tendo quase nada para si, dá o pouco que tem para minorar o sofrimento desses pobres animais de rua. Muito mais importante dos que as aparências, a riqueza, e o poder ostentado pelas pessoas, são suas atitudes e seus valores éticos e espirituais.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

ENEM sofre ofensiva de interesses ligados à indústria do vestibular

Publicado originalmente na Rede Brasil Atual

       São Paulo – O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) sofre uma ofensiva de interesses, segundo o sociólogo e consultor na área de educação Rudá Ricci. Ele enumera grupos e setores do que chama de "indústria do vestibular", de cursos preparatórios a docentes encarregados de formular as provas. Para ele, há uma disputa de política educacional em curso, e é necessário preservar uma avaliação de caráter nacional.
"Uma prova nacional permite que o país trace objetivos de política educacional", esclarece. Um vestibular nacional do ponto de vista da aplicação e do conteúdo promove um impacto no ensino médio, de modo a reverter problemas dessa faixa da educação.
Para ele, os vestibulares descentralizados, feitos por cada universidade, provocam danos à educação, já que o ensino médio e mesmo o fundamental direcionam-se às provas, e não à formação em sentido mais amplo. "O ensino médio é o maior problema da educação no Brasil, é o primeiro da lista, com mais evasão, em uma profunda falência", sustenta.
"O Enem faz questões interdisciplinares, é absolutamente técnico, é super sofisticado", elogia. Os méritos estariam em privilegiar o raciocínio à memorização de conteúdos. Isso permitiria que o ensino aplicado nas escolas fosse além do preparo para enfrentar provas de uma ou outra universidade.
O Enem traz uma "profunda revolução", na visão de Rudá, "ao combater profundamente a concepção pedagógica e política de vestibulares por universidade". Ao se aproximar dessa concepção nacional – fato que aconteceu apenas nos últimos anos –, interesses de grupos educacionais foram colocados em xeque, o que desperta ações contrárias.
Entre os setores interessados economicamente, segundo ele, estão as próprias universidades, que arrecadam em matrículas, os professores que produzem questões fechadas e abertas, e os cursos preparatórios para o vestibular.
Controle social
Ricci critica a postura do ex-ministro da Educação, Paulo Renato, e da ex-secretária de Educação de São Paulo, Maria Helena Guimarães de Castro. O sociólogo taxa os comentários feitos pelos especialistas ligados ao PSDB como "oportunismo". Isso porque, segundo ele, o uso da prova como seleção e seu caráter nacional, hoje criticados pelos tucanos, foram objetivos perseguidos durante a gestão de Renato na pasta, de 1995 a 2002.
O que ele considera como mudança de postura é resultado da disputa política, que faz com que os estudantes passem a rejeitar o exame. "Os jovens não querem mais essa bagunça. E têm razão", pontua.
"Existe uma movimentação para politizar esse tema; vamos ter o avanço de uma oposição organizada, que junta as forças políticas que perderam a eleição nacional com escolas particulares, cursinhos que têm muito interesse na manutenção do sistema de vestibular", avalia.
O sociólogo defende o modelo de exame nacional, mas acredita que a fórmula possa ser aprimorada, seja com mais dias de provas, seja com provas aplicadas a cada ano do ensino médio. Ele aponta ainda que houve um desvirtuamento da proposta interdisciplinar e sofisticada, empregada originalmente, em função da necessidade de expandir a prova. Em 2010, foram 4,6 milhões de inscritos.
Ele acredita que a postura de críticas deve-se às diferenças partidárias. "Estão politizando o Enem, politizando o ingresso na universidade e o conteúdo da prova", lamenta. "Seria interessante ter um órgão que execute o exame sob controle social, não de governo, nem de empresas", sugere.
"A solução é nós discutirmos nacionalmente esse gerenciamento em um modelo como o americano para o vestibular nacional", defende. O SAT, usado como método de seleção nos Estados Unidos, é aplicado por agentes privados de modo controlado pelo departamento de educação federal. Além de poder ser aplicado em dias diferentes, cartas de recomendação de professores e outros instrumentos também são considerados na seleção por parte de universidades.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Mais jovens de classe D que de A na universidade

 Com filhos da elite em proporção cada vez menor, alunos de baixa renda são maioria: classes C, D e E correspondem a 73,7%
POR MARIA LUISA BARROS
Rio - Um fenômeno recente está dando novo rosto às universidades brasileiras e mudando, para melhor, a vida de milhares de famílias. Pesquisa inédita do Data Popular, instituto especializado em mercado emergente no Brasil, revela que, pela primeira vez na década, jovens de baixa renda são maioria nas faculdades. Eles são 73,7% dos universitários. “É um contingente enorme que representa a primeira geração de suas famílias a obter um diploma de nível superior”, constata Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto de pesquisa.
 Ronald é o primeiro da família a entrar em uma universidade. Ele trabalha como voluntário em pré-vestibular social ajudando outros jovens | Foto: Deisi Rezende / Agência O Dia

O estudo mostra que os estudantes da classe D, oriundos de famílias que ganham menos de 3 salários mínimos (R$ 1.530), ultrapassaram os filhos da elite nos campi. Uma das razões para esta revolução no ensino apontada por Meirelles foi o Programa Universidade para Todos (ProUni) que já atendeu 747 mil estudantes de baixa renda nos últimos seis anos.
De 2002 a 2009, as faculdades, públicas e particulares, receberam 700 mil estudantes da classe D — média de 100 mil jovens a cada ano. Se há oito anos eles ocupavam somente 5% do bolo universitário, em 2009 chegaram a 15,3%. Já os da classe A perderam participação no total: a fatia caiu de 24,6% para 7,3%.
Ronald Rosa Fonseca, 25 anos, passou pelo funil da exclusão social. Filho de uma doméstica e de um mecânico, teve o apoio dos patrões da mãe para cursar o 4º período de Serviço Social na Pontifícia Universidade Católica (PUC). “Eles permitiram que eu morasse na casa deles, no Leme, onde minha mãe trabalha. Não teria condições de estudar morando em Magé”, conta ele, que passou em 11º lugar no vestibular. Graças ao bom desempenho, a PUC deu a ele bolsa integral, passagem, alimentação e livros.

INVESTIMENTO PESADO
De acordo com Meirelles, para esses jovens a universidade é um investimento pesado, mas que vale a pena: “A família vê no estudo a única chance de mudar as condições de vida de todos”. Em retribuição à ajuda que recebeu para entrar na faculdade, Ronald voltou para o pré-vestibular gratuito mantido pela empresa ExxonMobil como coordenador. “Quem consegue entrar tem quase um compromisso de voltar e fazer o mesmo por outros jovens”, diz ele. Além do curso, os alunos participam de oficinas culturais, palestras, visitas a museus, universidades e empresas. Em janeiro, será aberta nova seleção. Informações: 2505-1233 e 2505-1256.

Número de universitários cresceu 57% em sete anos
Entre 2002 e 2009, o número de universitários no Brasil passou de 3,6 milhões para 5,8 milhões, um avanço de 57%.
Noventa por cento da população ganham até 10 salários mínimos e movimentam R$ 760 bilhões ao ano.
As classes A e B detêm 26,3% das vagas no ensino superior, enquanto estudantes da C, D e E representam 73,7% do total.
Em todas as classes sociais, houve aumento dos homens nas faculdades, mas as mulheres são a maioria (57%).
A média da idade dos universitários aumentou: passou de 25,87 em 2002 para 26,32, em 2009.
A necessidade de trabalhar para pagar a faculdade faz com que a maioria prefira estudar à noite ou em meio período.

Rede de apoio para estudantes carentes
Para atravessar os portões das universidades, estudantes de baixa renda contam com extensa rede de apoio que inclui programa de bolsas em faculdades privadas, orientação profissional e pré-vestibular social patrocinados por grandes empresas. É o caso do estudante Carlos Henrique Simões, 22 anos, morador de Realengo, Zona Oeste, que será o primeiro da família a prestar vestibular.
Há um ano, ele frequenta as aulas do pré-vestibular custeado pela empresa petrolífera Exxon Mobil, em parceria com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE). Os alunos recebem bolsa-auxílio de R$ 100 por mês e vale-transporte para que não abandonem os estudos. “Eles chegam com tanta vontade de fazer faculdade que demonstram uma força imensa, capaz de superar qualquer obstáculo”, diz Valéria Lopes, supervisora do CIEE.
Desde que foi criado, em 2004, o Programa Mais ajudou 51 estudantes a ingressar na universidade. Carlos não só está próximo de realizar seu sonho, como está levando junto a família. “Minha mãe voltou a estudar e está a caminho de concluir o Ensino Médio. Meu irmão mais velho também retomou os estudos”, conta o estudante, que fará Serviço Social.

Renda aumentou e mensalidade despencou
A ascensão dos jovens de baixa renda aos bancos universitários foi favorecida pela universalização do Ensino Médio e pela expansão das faculdades privadas, que fez despencar o preço das mensalidades. Além disso, foram criados cursos universitários de dois anos e a classe D obteve aumento na renda. “Depois de pagar a comida, aluguel e condução, começou a sobrar dinheiro para pagar os estudos”, observa Renato Meirelles.
Segundo ele, a classe C já representa o maior número de alunos em escolas privadas, com mais de 4 milhões de crianças matriculadas. “É um círculo virtuoso baseado na reciprocidade. Quem é ajudado ajuda outros a melhorar de vida”, explica. Ainda na classe C, 68% das pessoas estudaram mais do que os pais; entre a classe A esse percentual é de apenas 10%.
A partir do ano que vem, jovens terão mais um incentivo. A UFRJ vai destinar 20% das vagas para estudantes de escolas públicas. Os candidatos serão aprovados por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). A instituição planeja dar mil bolsas-auxílio, Bilhete 

NOTA DO BLOGUEIRO: Essa é a revolução silenciosa que Infelizmente incomoda a muita gente.