Paulo Roberto é Pedagogo, Sindicalista e Petista.

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Dever cumprido é fruto da ousadia de um velho militante das lutas democráticas e sociais do nosso Brasil, que entende que sem uma interação rápida, ágil, eficiente e livre com o que rola pelo mundo, a democracia é pífia.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

A G.A.F.E. esconde o P.A.C.

From: Castor Filho
 
Sent: terça-feira, 11 de junho de 2013
 
Subject: A G.A.F.E. esconde o P.A.C.



 
 
 
As obras do P.A.C. você NÃO tomará conhecimento pelos “jornais” e “revistas” da quadrilha G.A.F.E. (Globo, Abril, Folha de SP, Estado); empresas de imprensa com baixíssimo nível cultural e informativo que dominam o mercado de “informação de massa” no Brasil.
 
 
O jornalismo dessas empresas é tão ruim, mas tão ruim que se seus “jornais” e “revistas” fossem distribuídos gratuitamente ainda assim seria caro.
 
 
Tal como é, os leitor-consumidor tem o DIREITO de apresentar reclamações ao PROCON por venda de produtos/serviços incompletos e registrar queixas por falsidade ideológica.
 
 
Clique e Assista, a seguir, o vídeo Institucional do 7º Balanço do PAC 2, apresentado no dia 10 de junho de 2013 pelo Ministério do Planejamento em Brasília.






Enviado por Sílvio de Barros Pinheiro.
Santos.SP.


sábado, 8 de junho de 2013

Trabalhador pode pedir correção de registros no INSS

08/06/2013 -
Agora São Paulo -
Gisele Lobato e Luciana Lazarini -URL: http://www.agora.uol.com.br/grana/2013/06/1291789-trabalhador-pode-pedir-correcao-de-registros-no-inss.shtml

Trabalhador pode pedir correção de registros no INSS
 
O trabalhador precisa ficar de olho nos extratos do Cnis (Cadastro Nacional de Informações Sociais) para saber se todas as suas contribuições estão registradas no INSS.
 
A falta de registro das contribuições costuma afetar, principalmente, trabalhos anteriores a 1976, que podem faltar no sistema.
 
Se algum período não estiver cadastrado, é preciso procurar o posto para corrigir os dados e evitar problemas ao pedir a aposentadoria.
 
Em uma justificativa enviada ao TCU (Tribunal de Contas da União), o INSS admite que há falhas no seu banco de dados.
 
A baixa qualidade dessas informações está entre os entraves para o cumprimento das metas de concessão imediata de benefícios.
 
Quem tem o Cnis atualizado consegue se aposentar em meia hora.
 
 
Resposta
 
Em nota, o INSS explicou que o Cnis é fruto das informações repassadas pelas empresas --o que, desde 1999, é feito pela GFIP (guia de recolhimentos).
 
Para períodos anteriores, as informações "foram coletadas de cadastros sociais", como o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), "dentre outros que foram considerados a partir de 1976".
 
O instituto afirma que é natural um avanço nessa coleta de dados, mas considera que "um cadastro histórico pode conter lacunas que necessitam ser saneadas".
 
Por isso, o segurado pode ter de complementar as informações dos trabalhos realizados ao longo de sua carreira.
 
O INSS diz que "tem promovido melhorias contínuas para aprimorar o Cnis, promovendo o cruzamento de dados, por exemplo, com o cadastro do CPF da Receita", na intenção de melhorar a consistência das informações existentes e, com isso, diminuir a necessidade de complementação dos dados nos pedidos de benefício no posto.
 
Segundo o órgão, "é importante que o segurado fiscalize a sua própria história", consultando o extrato do Cnis, para "ter a tranquilidade de que, no momento de requerimento de algum benefício, seus dados estejam todos confirmados e correspondendo a sua história laboral".

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Itaperuna sediará a intermunicipal da CONAE, no Noroeste.

           Na ultima terça feira dia 04/06/2013, aconteceu em Itaperuna,  uma conferencia livre (etapa da CONAE-Conferência Nacional de Educação). Este evento teve como principal objetivo a visita do Fórum Estadual de Educação, para conhecerem a estrutura que a cidade oferece para sediar a Intermunicipal da CONAE que acontecerá nos dias 03 e 04 de agosto próximo na UNIG.
          A reunião aconteceu na Secretaria Municipal de Educação e teve a presença da professores Magda Sayão, Antonio de Carvalho e Robson Terra membros do Fórum Estadual, da secretária Municipal professora Maria Aparecida Vargas, Coordenadoria Estadual de Educação, vereadores da Comissão de Educação, Conselho Municipal de Educação, diretores da UNIG, da Fundação São José, do IFF além de vários diretores de escolas da rede municipal, representante do Departamento de Cultura do Municipio e do SINPRO-Sindicato dos Professores do Norte e Noroeste Fluminense (professores da rede privada).
        Ficou agendado para a próxima quinta feira, dia 06/ 06 as 14 hora uma reunião com representantes de todas as Secretarias Municipais de Educação do Noroeste para escolhermos a Fórum Intermunicipal de Educação e organizarmos as ações de cada município na mobilização das atividades da CONAE. Essa reunião  acontecerá na Faculdade Redentor. A secretária de educação de Itaperuna também nomeará uma comissão ou um fórum  municipal para organização e mobilização em Itaperuna e acompanhamento das fases estadual e nacional da conferencia.
        O Fórum Estadual de Educação informou que o próximo dia 19/06 será o dia da grande mobilização da CONAE no Estado do Rio, todos os espaços de Educação deve ter atividade voltada para a conscientização da sociedade sobre a importância dessa conferencia.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Entrevista com o Senado Lindbergh Farias ao Jornal Folha da Manhã de Campos dos Goytacazes

Por Aluysio Abreu Barbosa e Alexandre Bastos – Folha da Manhã.
O senador Lindbergh Farias (PT) recebeu a equipe da Folha em seu escritório na cidade do Rio e já foi logo deixando claro que não vai abrir mão da candidatura ao governo do estado. “Eles querem nomear o novo governador. Isso não é democracia”, disparou. Ele também falou sobre a violência, defendendo as UPP’s e prometendo instalá-las também em Campos e Macaé, além de garantir a manutenção de Beltrame na secretaria estadual de Segurança, caso se eleja governador em 2014. Apontando o fim do ciclo Sérgio Cabral (PMDB) no Estado, na contrapartida federal, Linbdbergh não se constrangeu na aparente contradição de afirmar que o PT, após 10 anos no poder, estaria ainda no começo de um novo ciclo, na qual garante não projetar ele mesmo na presidência da República. Em relação aos aliados na região, o senador elogiou o vereador Marcão (PT), o médico Makhoul e a ex-vereadora Odisséia (PT). Além disso, apontou o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio (PV), como um futuro líder regional. Sobre as críticas que tem recebido do deputado federal Anthony Matheus (PR), o senador disse, sorrindo: “O Garotinho acusa todo mundo o tempo todo. Isso já é uma coisa psicológica. Não dá nem para acompanhar”.
Folha da Manhã – Em entrevista à Folha o vice-governador Luiz Fernando Pezão afirmou que confia muito na aliança entre PMDB e PT. Como o senhor analisa essa confiança do Pezão?
Lindbergh Farias – Em uma democracia existe disputa de ideias, de projetos e alternância de poder. Isso é a essência da democracia. O PT vai ter candidato, nós vamos ter a nossa candidatura e eu acho que é um erro o PMDB ficar dizendo que o Lindbergh não pode ser candidato. Tem uma coisa aqui que é uma coisa democrática. Eles vão mostrar os trabalhos que fizeram e nós vamos mostrar as nossas propostas. As pessoas tem que ter o direito de escolher. Não acho correta essa estratégia de tentar tirar o outro candidato.
Folha – Mas com o Vladimir Palmeira deu certo
Lindbergh – Mas esse caso do Vladimir aconteceu lá atrás e criou um grande trauma no PT nacional, no PT estadual. Isso foi muito ruim para o Rio de Janeiro. Mas eu faço a seguinte pergunta: Eles estão com medo de que? Qual é a insegurança? Acho muito ruim começar um debate com alguém dizendo que não posso ser candidato. Por que não posso? Por que estou na frente? Não é assim que funciona. Acho até que eles estão errando. Com isso estão me fortalecendo. Os eleitores do Rio querem escutar propostas diversas. Ninguém pode tirar o direito do povo de escolher o novo governador. Não pode ser nomeação, imposição de cima para baixo.
Folha — E a justificativa da aliança nacional. Os peemedebistas alegam que, nas últimas eleições, em diversas partes do país o partido abriu mão de ter candidato para apoiar petistas.
Lindbergh – Em todos os lugares do país as pessoas estão podendo se candidatar. Este é o único lugar do Brasil que está acontecendo isso. O PMDB vai lançar candidato em São Paulo e o PT também. Na Bahia, a mesma coisa. Vamos ter cenários com várias candidaturas da mesma base aliada. É correto pedir para tirar um candidato que está na frente?
Folha — Em 2009 o senhor esteve em Campos e afirmou que seria candidato ao governo do Estado. Porém, acabou recuando. Como garantir que desta vez será diferente?
Lindbergh – Este é um argumento que me auxilia muito. Na eleição passada era um momento de reeleição do governador Sérgio Cabral. Nós tivemos uma conversa com o presidente Lula e recuei e me candidatei ao senado. A verdade é que eles querem o Pezão agora e depois vão querer o Eduardo Paes. Eles tem um projeto grande.
Folha – Se não for candidato nessa o senhor perde o bonde da história?
Lindbergh – É claro que a gente perderia esse bonde. E nós não aceitamos isso. Eles tem um projeto hegemônico de muito e muito tempo e a gente não pode ficar sempre abrindo mão.
Folha – Mas o PT tem um projeto parecido no governo federal…
Lindbergh – O Cabral diz que o Lula teve direito de escolher a candidata dele e, por isso, ele pode escolher o Pezão. Mas o Lula não impediu ninguém de disputar a eleição nem impôs de cima para baixo. O que acontece aqui no Rio é que eles estão querendo ganhar a eleição antes. Mas isso não vai colar. Eles vão ter que disputar.
Folha — O senhor teve uma conversa com o ex-presidente Lula. Ele realmente pediu para pegar mais leve e evitar ataques contundentes ao governador Cabral e ao vice Pezão?
Lindbergh – O que o presidente nacional do PT e o ex-presidente Lula querem é que eu não seja o primeiro combate. Não vou ficar de bate boca. Quero uma campanha com propostas. Não vou ficar fazendo campanha agressiva.
Folha – Seria a versão Lindbergh paz e amor?
Lindbergh – É por aí (risos). Eu quero mostrar as minhas diferenças. O Rio de Janeiro não é só Zona Sul e Barra da Tijuca. Os investimentos estão muito concentrados aqui. Não estão pensando na região metropolitana e no interior do jeito que deveria ser pensado. O que eu quero fazer no Rio é o que o Lula fez no Brasil. Lula olhou para o povo mais pobre e o Brasil deu um salto. Lula pensou no Brasil como um todo. O país cresceu 4%, mas o Nordeste cresceu 8%. No caso do Rio, o que podemos fazer pela região Noroeste, que é uma região que está diminuindo, perdendo espaço. Não tem um único hospital público no Noroeste.
Folha – O PT é parceiro do governo Cabral. Por que esses projetos, que na sua opinião estão pendentes, não foram desenvolvidos em parceria durante este governo?
Lindbergh – O PT tem contribuições importantes neste governo. O deputado Carlos Minc é secretário de Meio Ambiente e fez um grande trabalho. E o governo Cabral é um governo que em várias áreas também avançou muito. Não estamos aqui para dizer que nada está dando certo. Houve avanço, mas a gente acho que precisa de mais avanços ainda. Principalmente na vida do povo mais pobre e do trabalhador. Eu diria o seguinte. Fernando Henrique Cardoso, lá atrás, teve um papel no que diz respeito a instabilidade monetária. O lula chegou e fez a inclusão social. O Brasil deu um novo salto. Vamos manter pontos do governo Cabral. Mas queremos redirecionar.
Folha – E a sua opinião sobre as UPPs?
Lindbergh – Eu acho que a tese da pacificação das comunidades é o grande caminho. Porque antigamente o que acontecia. A polícia entrava dando tiro para todos os lados e depois saía. A ideia da polícia entrar e ficar, recuperando a área para o estado é uma tese fundamental. Mas do jeito que foi feito você acaba privilegiando uma determinada região da cidade do Rio. Zona Sul, Tijuca. E sabe o que estamos vendo? A migração de traficantes para o interior do estado. Isso é fato. Você vai a Macaé e já vê as facções. Não poderia agir aqui sem antes fortalecer os batalhões do interior. Não houve preocupação com a migração dos bandidos. Temos que levar essa política com força para o interior e região metropolitana do Rio.
Folha – Eleito governador o senhor pensa em UPPs para Campos e Macaé?
Lindbergh – Claro. Macaé e Campos são polos fundamentais. Não só as UPPs, mas também o fortalecimento dos batalhões. Hoje, os novos policiais estão nas UPPs do Rio. E, no interior, os batalhões estão muito envelhecidos. Outro ponto importante é que a entrada não pode ser só da polícia. Temos que entrar também com a escola em tempo integral, cultura, saneamento, cursos de formação profissional vinculados a empregos que são necessários em cada área.
Folha — O secretaria de Segurança Pública, José Mariano Beltrame é um nome que o senhor manteria?
Lindbergh – É um nome que seria mantido, sim. Respeito muito o Beltrame e ele tem dito isso. Ele diz que não basta entrar só com a polícia. A polícia sozinha não resolve. Temos que entrar com as outras áreas.
Folha – Gostaria de ter o Beltrame como vice?
Lindbergh – Não é por aí. Ao acompanhar as notícias sobre ele ser vice ou candidato, eu tenho a seguinte opinião. Acho que ele é um nome que deve ser preservado. Ele deveria continuar como secretário de Segurança, com seu perfil técnico. E a gente tinha que manter o Beltrame independente de quem entrar.
Folha – Em entrevista à Folha o Pezão disse que é cedo e, citando o senador Dornelles, afirmou que discutir eleição em ano ímpar é coisa de quem não tem voto.
Lindbergh – Mas eles só falam nisso. O governador visita Brasília e, em vez de falar outras coisas, só fala em tirar o Lindbergh. Isso não está sendo bom para a campanha deles. Eu só peço que eles parem de tentar me tirar e me deixem seguir o meu caminho. O meu nome está bem posicionado nas pesquisas e todo mundo sabe disso. Estou no meu momento. É a vez do PT. Vamos tentar diminuir a temperatura. Não vou negar avanços que existiram no governo.
Folha – Dentro do próprio PT há quem defenda a candidatura do Pezão, como o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves e um grupo de Duque de Caxias.
Lindbergh – Meu nome foi aprovado no diretório nacional por unanimidade. Cinco deputados federais estão comigo. Molon, Benedita, Luiz Sérgio, Edson Santos e Bittar. Todos os deputados estaduais do partido participam da caravana ao meu lado. O Rodrigo Neves foi secretário do Cabral e esse negócio de Duque de Caxias nem existe. Não tem força alguma. É uma turma do PMDB que entrou no PT. Não tem voto algum.
Folha – E a cantada que eles deram no Luiz Sérgio, que teria sido sondado para ser vice do Pezão?
Lindbergh – Ele está ao nosso lado. Como eu disse, deputados federais e estaduais estão comigo. Inclusive, o fato de não termos candidato ao governo nos últimos anos tem diminuído as nossas bancadas.
Folha – Quais são os aliados desse seu projeto em Campos?
Lindbergh — Em Campos vamos ter a candidatura do Makhoul. Temos bons nomes em Campos. O Makhoul vai ter o apoio do prefeito Aluízio, de Macaé. Esse Aluízio é uma grande figura. Quando olho para o Aluízio eu vejo um grande futuro para este estado. Uma renovação. Cara nova. É de gente como ele que a gente precisa. Ele vai dar um banho em Macaé. Temos em Campos a ex-vereadora Odisséia e o vereador Marcão, que é um cara seríssimo. Olho para o futuro de Campos e vejo Marcão se destacando.
Folha  — Em entrevista ao Cláudio Nogueira, da rádio Continental, om senhor afirmou que as políticas do deputado federal Anthony Matheus estão ultrapassadas. Como o senhor avalia a situação política do município de Campos?
Lindbergh – Não tenho nada contra Garotinho e Rosinha. Só acho que eles se perdem em uma coisa. Montar só máquinas de voto sem fazer políticas públicas. Não tem nada que justifique um município rico como Campos, com os recursos dos royalties que recebe, ser o último colocado no ranking do Ideb. Dos 92 municípios do estado, Campos é o último. Eu teria vergonha. Educação é a base de tudo. Essa região tem tudo para crescer. Um ponto importante é o Porto do Açu. Espero que essa crise financeira seja passageira e o projeto continue. A presidenta Dilma vai ajudar a criar uma nova situação para a região. Mas tudo isso passa por investimentos em Educação e qualificação profissional e parcerias com universidades.
Folha – A coluna do Ilimar Franco publicou uma nota informando que o PR lançaria a prefeita Rosinha e não o deputado federal Anthony Matheus ao governo do estado. Em seu blog, Anthony acusou o senhor de ter plantado a nota. Como tem recebido esses ataques do deputado?
Lindbergh – O Garotinho acusa todo mundo o tempo todo (risos). É uma pessoa que fica difícil até de conversar. Ele começa a falar, a atacar os outros, falar mal e ironizar. Isso já é uma coisa psicológica. Não dá nem para acompanhar.
Folha – Uma coisa psicológica ou psiquiátrica?
Lindbergh – Ele tem essa coisa, anda muto agressivo. Ele diz que é evangélico. Então, como evangélico ele deveria ser mais calmo, escutar as pessoas. Eu tenho relação com todo mundo aqui no estado do Rio. Mas o que eu não gosto é dessa agressividade. Eu não sou assim no meu dia a dia. Não dá para conviver com uma pessoa amarga, que parece estar sofrendo. É hora de construir, de somar, de olhar para frente. Ser agressivo não é o caminho. É um projeto político ultrapassado. E uma coisa eu garanto a vocês. Eu não acompanho o blog do Garotinho. Tenho mais coisa para fazer na minha vida.
Folha – O senhor acha que depois de vencer essa batalha política e entrar no páreo, haverá uma espécie de batalha jurídica? Inclusive, já foi divulgado um dossiê com declarações de uma ex-chefe de gabinete do seu governo em Nova Iguaçu que fala em desvio de dinheiro.
Lindbergh – Tem gente fazendo jogo sujo com chantagem e dossiês. Mas sou um sujeito preparado para o embate. Comecei garoto no movimento estudantil. A primeira briga que eu arrumei foi com o então presidente da República, Fernando Collor. Em Nova Iguaçu enfrentei coronéis e a máquina. Querem me tirar do jogo de todo jeito. Confio muito no discernimento de cada pessoa. As pessoas vão ver um brilho nos nossos olhos. Vão ver a vontade de construir coisas novas. Vão ver a energia. Eu sinceramente acho que está se encerrando um ciclo e começa um novo ciclo. Mas é um novo ciclo que vai fazer mais e de forma diferente.
Folha – Ao falar em encerrar um ciclo do PMDB no Rio o senhor não repete um discurso dos adversários do PT, que nacionalmente falam em encerrar um ciclo que começou com Lula e agora é seguido pela presidente Dilma?
Lindbergh – Ainda existem muitos desafios para a presidenta Dilma. A luta contra a desigualdade. Abrir caminhos para o filho do trabalhador que nunca teve a oportunidade de cursar uma universidade neste país. Nós do PT ainda temos muito trabalho na defesa do povo mais pobre deste país. Não estamos em esgotamento de ciclo. Está apenas começando. O nosso papel não é só acabar com a miséria absoluta. O que defendemos é uma grande democracia popular. Queremos é ver o filho do trabalhador ocupando espaços que eram impossíveis. Nacionalmente temos um projeto muito claro. E aqui no Rio vamos construir um discurso. Temos que ter um governador que seja um líder nacional.
Folha – Já que o ciclo federal está apenas começando, será que no futuro há espaço para Lindbergh na presidência?
Lindbergh – Quem pensava assim era um ex-prefeito de Campos (risos). Sonhava com isso desde garotinho. E talvez isso é que lhe traga tanta amargura. Não penso nisso. Eu penso é no governo do estado.

EUA afirmam que lavagem de dinheiro encontrou refúgio atraente na arte

NYT
NYT | 30/05/2013 - 06:00:00 -
 
 
EUA afirmam que lavagem de dinheiro encontrou refúgio atraente na arte
 
 
Obras estão sendo utilizadas por contrabandistas e traficantes como canal para o crime; Edemar Cid Ferreira, ex-Banco Santos, virou exemplo internacional
 
 
De acordo com a etiqueta de conhecimento de embarque grudada no caixote que chegou de Londres ao Aeroporto Internacional Kennedy, tratava-se de pintura sem nome no valor de US$ 100 dentro dela. Somente mais tarde os investigadores americanos descobriram se tratar de uma obra do artista americano Jean-Michel Basquiat, valendo US$ 8 milhões.
 
 
Agência Estado
Uma pintura pertencente a Cid Ferreira, avaliada em US$ 8 milhões,
recebeu uma etiqueta com valor declarado de US$ 100
 
 
Segundo as autoridades, a pintura, conhecida como "Hannibal" em função de uma palavra rabiscada em sua superfície, foi trazida aos Estados Unidos em 2007 como parte do plano elaborado pelo ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, fundador do Banco Santos, para lavar dinheiro. Ela foi confiscada num depósito em Manhattan por investigadores federais que estão se preparando para devolvê-la ao Brasil por ordem da polícia brasileira.
 
 
A apreensão da pintura foi uma vitória no caso do ex-banqueiro, do extinto Banco Santos, acusado de lavar dinheiro desviado da instituição e que transformou parte da pilhagem numa coleção de 12 mil obras de arte.
 
 
Autoridades americanas e do exterior afirmam que "Hannibal" é apenas uma entre milhares de obras de arte valiosas usadas por criminosos para esconder ganhos ilícitos e transferir ativos ilegalmente ao redor do mundo.
 
 
Ainda de acordo com as autoridades, a exemplo de outras técnicas tradicionais de lavagem de dinheiro que estão sendo examinadas de perto, contrabandistas, traficantes de drogas, negociantes de armas e de atividades similares estão se voltando mais e mais para o notoriamente opaco mercado de arte.
 
 
Embora inexistam estatísticas concretas sobre a quantia de dinheiro lavado investida em arte, autoridades policiais e estudiosos concordam que estão vendo um valor maior. O Basel Institute on Governance, organização de pesquisa sem fins lucrativos com sede na Suíça —sede da principal exposição de arte contemporânea e moderna do mundo— alertou ano passado quanto ao volume elevado de transações ilegais e suspeitas envolvendo arte. Porém, a regulamentação é dispersa e difícil de coordenar em escala internacional.
 
 
NYT
O advogado Marc Dreir, que comprou arte com dinheiro roubado de fundos hedge e investidores
 
 
Nos EUA, o estatuto federal de lavagem de dinheiro se aplica a quase toda grande transação em que lucros ilegais são disfarçados para parecerem legais. Geralmente, o dinheiro sujo é lavado, por exemplo, pela compra de uma cobertura ou misturado aos ganhos de uma empresa legítima, como um restaurante. Quando ganhos de apostas ou lucros com drogas saem do outro lado, dão a impressão de um ativo imobiliário ou lucro comercial. Eles parecem limpos.
 
 
A maioria desses segmentos tem restrições. Escrituras e títulos imobiliários exigem pelo menos um nome. Corretores hipotecários e de valores, cassinos, bancos e a Western Union são obrigados a relatar atividades financeiras suspeitas à Unidade de Inteligência Financeira.
 
 
Os bancos devem informar todas as transações a partir de US$ 10 mil. Em conjunto, a Unidade registra mais de 15 milhões de transações monetárias todos os anos, que podem ser utilizadas para rastrear dinheiro sujo, afirmou Steve Hudak, porta-voz do órgão.
 
 
O mercado de arte não conta com essas salvaguardas. Enrolada, uma tela é fácil de ser escondida ou transportada entre países; os preços podem subir ou abaixar milhões numa fração de segundo.
E os nomes de compradores e vendedores costumam ser guardados com zelo, fazendo as autoridades policiais imaginarem quem estava envolvido, de onde veio o dinheiro e se o preço era suspeito.
 
 
Embora promotores federais tenham acusado, em abril, o marchand nova-iorquino Helly Nahmad por formação de quadrilha para lavar US$ 100 milhões em dinheiro de apostas, a acusação afirma que contas bancárias, não arte, foram empregadas para a lavagem.
 
 
Governos do mundo inteiro adotaram medidas para esclarecer atividades ilegais. Em fevereiro, por exemplo, a Comissão Europeia aprovou regras exigindo que as galerias informem quem paga mais de € 7.500 em dinheiro por uma obra, além de relatar transações suspeitas.
 
 
De forma similar, os EUA exigem que sejam informadas todas as transações em espécie a partir de US$ 10 mil. Mesmo assim, a lavagem envolvendo obras de arte costuma ser tratada caso a caso.
 
 
Os promotores federais, que geralmente descobrem lavagem ligada à arte por meio de atividade bancária suspeita ou transporte ilegal através de fronteiras, têm trabalhando em conjunto com outros países e usado de forma agressiva seus poderes estabelecidos pela legislação civil para confiscar arte com a qual se possa estabelecer um vínculo criminal, mesmo na ausência de condenação.
 
 
Divulgação
Obra do artista americano Basquiat fez parte do acervo de Cid Ferreira
 
 
No livro "Lavagem de Dinheiro por Meio de Obras de Arte", a ser lançado nos EUA, o juiz brasileiro responsável pelo caso de Ferreira, Fausto Martin De Sanctis defende regras internacionais orquestradas, afirmando que se negócios como cassinos e negociantes de pedras preciosas são obrigados a relatar atividade financeira suspeita a seus reguladores, o mesmo deveria acontecer com marchands e casas de leilão.
 
 
Contudo, para os marchands e seus clientes, o segredo é um elemento crucial da mística e da prática do mercado de arte. A associação que representa os marchands americanos não considera que o uso da arte para lavagem de dinheiro seja um problema. "A questão não é um problema em termos do setor e realmente não tem a ver conosco", disse Lily Mitchem Pearsall, porta-voz da organização.
 
 
Já as autoridades policiais reclamam que os marchands estão depreciando o papel da arte num submundo criminoso.
 
 
Em Nova York, vítimas da fraude e dos golpes de lavagem de dinheiro do advogado Marc Dreier, agora proibido de advogar, ainda brigam nos tribunais pela arte comprada por ele com os US$ 700 milhões roubados de fundos hedge e investidores. No presente momento, 28 obras de artistas como Matisse, Warhol, Rothko e Damien Hirst estão sendo guardadas pelo governo americano.
 
 
"Hannibal" também está depositado. A obra de 1982 de Basquiat integrou a coleção espetacular que Ferreira montou enquanto controlava o Banco Santos no Brasil. Algumas dessas obras foram exibidas em museus como o Guggenheim de Nova York.
 
 
Naufrágio de Edemar Cid Ferreira
 
 
Como na maioria dos casos de lavagem de dinheiro envolvendo arte nos EUA, o fato foi descoberto quando a obra entrou ilegalmente no país. Em 2004, o império financeiro de Ferreira, construído em parte com fundos fraudados, ruiu, deixando US$ 1 bilhão em dívidas.
 
 
Um tribunal de São Paulo o condenou, em 2006, a 21 anos de prisão por fraude bancária, evasão fiscal e lavagem de dinheiro; ele está apelando da condenação. Antes de sua prisão, porém, mais de US$ 30 milhões em artes de propriedade de Ferreira e sua esposa, Marcia, foram contrabandeadas para fora do Brasil, acusa De Sanctis.
 
 
Segundo registros do tribunal, "Hannibal" foi comprada por US$ 1 milhão, em 2004, pela empresa panamenha Broadening-Info Enterprises, que mais tarde tentou vender a pintura por US$ 5 milhões. Ela foi enviada a Nova York em 2007, passando pelas mãos de quatro agentes marítimos em dois países antes de desembarcar no Kennedy.
 
 
Como mercadorias com valores inferiores a US$ 200 podem entrar nos EUA sem documentação aduaneira nem fiscal, "Hannibal", avaliada em US$ 100, estava liberada para entrar antes mesmo de o avião pousar.
 
 
Philip Byler, advogado da Broadening em Nova York, afirmou que a fatura imprecisa não passou de uma tentativa tacanha do marchand contratado pela empresa para economizar com impostos de importação. "Não havia a intenção de contrabandear." Ele também questionou a afirmativa das autoridades brasileiras, alegando que "Hannibal" foi legalmente comprada da empresa da esposa de Ferreira. Segundo Byler, a Broadening pretende recorrer contra o confisco.