Paulo Roberto é Pedagogo, Sindicalista e Petista.

Minha foto
Dever cumprido é fruto da ousadia de um velho militante das lutas democráticas e sociais do nosso Brasil, que entende que sem uma interação rápida, ágil, eficiente e livre com o que rola pelo mundo, a democracia é pífia.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

XVI Merco Noroeste: conheça um pouco mais sobre a Feira do Conhecimento e Oportunidades

A XVI Merco Noroeste - Feira Industrial e Comercial do Noroeste Fluminense chega em 2014 com inúmeras novidades, dentre elas, a Feira do Conhecimento e Oportunidades, que pretende disseminar informação e conhecimento oferecidos por instituições de ensino, cursos, entidades voltadas para o empreendedorismo, além de cursos técnicos de capacitação profissional.
Vale ressaltar que o município de Itaperuna é considerado Polo Educacional do Noroeste Fluminense. São cerca de 10.000 estudantes distribuídos por três instituições de ensino superior públicas (FAETEC, CEDERJ e UFF), três privadas (Fundação São José, Faculdade Redentor e Unig), além de diversos cursos técnicos, escolas municipais, estaduais e particulares.
 A Feira do Conhecimento e Oportunidades visa mostrar ao público visitante a importância de estar preparado para o mercado de trabalho, tendo como expositores instituições de todas as fases de aprendizado, desde o ensino fundamental e médio, passando por cursos de idiomas, agências de intercâmbio e cursos preparatórios, até o ensino superior, mestrado e doutorado.
O evento surge como uma grande oportunidade para os pais pesquisarem escolas para seus filhos, para os alunos escolherem um curso de idiomas ou uma viagem de intercâmbio, para pessoas que estão fora do mercado de trabalho se profissionalizar e também para pequenos empreendedores legalizarem e receberem orientações para seus negócios.
De olho na região Norte/Noroeste Fluminense - O eixo de desenvolvimento projetado para o Norte/Noroeste Fluminense pretende acarretar uma rápida transformação da realidade econômica e social de uma região ainda pouco diversificada. As obras de melhoria que serão realizadas na BR-101 Norte – que liga a região à capital – aliadas ao volume e diversidade de investimentos previstos para o Complexo do Porto do Açu vão induzir um forte movimento de atração de novas empresas para a região, ao mesmo tempo gerando novas demandas sobre a mão de obra local e a infraestrutura urbana. Esse eixo, portanto, trará desafios importantes no que diz respeito à ordenação do crescimento econômico, que, devidamente tratado, poderá gerar forte melhoria do desenvolvimento econômico e social do Estado do Rio de Janeiro.
A Merco Noroeste será realizada no Campus V da Unig, em Itaperuna RJ, entre os dias 26 e 29 de Junho. O evento tem o apoio da Prefeitura de Itaperuna, Sincomércio e Unig, patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Fecomércio, Sesc, Senac, Sebrae e Sistema Firjan, com promoção e organização da B2B Empreendimentos.






segunda-feira, 9 de junho de 2014

Professor processado por tomar celular de aluno ganha causa na justiça


Professor Odilon Oliveira
O professor de ciências Odilon Oliveira Neto, 43 anos, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Amintas Leopoldino Ramos, localizada na Vila de Samambaia, em Tobias Barreto (SE), comemorou a decisão do Juiz Elieser Siqueira de Souza Junior, da 1ª Vara Cível e Criminal do município, que julgou improcedente a acusação de um aluno contra o docente.

Odilon foi processado pelo estudante Thiago Anderson Souza, representado por sua mãe Silenilma Eunide Reis, por dano moral após tomar o celular do aluno em sala de aula. Segundo a defesa do estudante, ele teria utilizado o celular para olhar as horas e, ao ter o celular tomado, passou por "sentimento de impotência, revolta, além de um enorme desgaste físico e emocional".

O juiz não acreditou na versão apresentada pelo aluno e julgou improcedente a acusação. "Vemos que os elementos colhidos apontam para o fato de que o Autor não foi 'ver a hora'. O mesmo admitiu que o celular se encontrava com os fones de ouvido plugados e que, no momento em que o professor tomou o referido aparelho, desconectou os fones e... começou a tocar música". 

De acordo com testemunhas, o estudante já foi flagrado em outras ocasiões utilizando fone de ouvido em sala de aula. "As testemunhas arroladas pelo Requerido, Professora e Coordenadora do estabelecimento de ensino onde os fatos ocorreram, foram categóricas em afirmar que o mesmo Autor, embora não seja um aluno que “dê trabalho” e não faça as atividades educativas propostas pelos docentes, já foi flagrado em outras vezes com fones de ouvido em plena ministração de aula".

O juiz finalizou criticando a educação do país. "Vivemos dias de verdadeira “Crise de Autoridade” na educação brasileira. Crise esta causada pelo sucateamento retromencionado dos estamentos educacionais, onde a figura do Professor é relegada a um papel pouco expressivo na sociedade. Hoje, o professor é tido como uma pessoa que estudou muito e não chegou a lugar nenhum, quando não se diz coisa pior. E ao exercer este “carma”, não tem o respeito dos discentes, que passam a questioná-lo sem nenhum embasamento lógico ou pedagógico, em puro exercício da “arte pela arte, crítica pela crítica”, causando profundas sequelas naqueles que deveriam ser os mais interessados em aprender”, sentenciou.

"Feliz além da conta, agradecer ao criador todos os dias é sempre pouco, sei que ele sempre está ao lado de quem não deseja mal ao próximo e se contenta com o que ele dá e merece, justiça foi feita", comemorou Odilon. 

Da redação, Bruno Matos Franco

Texto original: JORNAL DE SERGIPE

terça-feira, 3 de junho de 2014

DITADURA DAS PROPINAS

Ex-vice governador do DF, Paulo Octávio é preso em Brasília

O ex-vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio (PP), foi preso na noite desta segunda-feira em Brasília. O diretor da Polícia Civil, Jorge Xavier, disse que ele foi preso por volta das 21h e levado para a carceragem da Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado (Deco).
A Polícia Civil prendeu o Paulo Octávio a partir de uma investigação do Ministério Público do DF. Segundo informações do MP local, a operação visa desmontar uma operação criminosa que pratica corrupção de servidores públicos para violarem normas urbanísticas e ambientais referentes a diversos empreendimentos imobiliários nas regiões administrativa de Taguatinga e Águas Claras, no Distrito Federal.
A prisão foi decretada pelo juiz Wagno Antônio de Souza, da 2ª Vara Criminal de Taguatinga.
A prisão foi confirmada pelo advogado de Paulo Octávio. Antonio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Ka

Os órfãos de Joaquim Barbosa

Órfão da toga justiceira, Aécio Neves tenta vestir uma fantasia de justiceiro social, esgarçada pela estreiteza dos interesses que representa.


por: Saul Leblon

Joaquim Barbosa deixa a cena política como um farrapo do personagem desfrutável que se ofereceu um dia ao conservadorismo brasileiro.

Na verdade, não era mais funcional ter a legenda política associada a ele.

Sua permanência à frente do STF tornara-se insustentável.

Vinte e quatro horas antes de comunicar a aposentadoria, já era identificado pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, como um fator de insegurança jurídica para o país.

A OAB o rechaçava.

O mundo jurídico manifestava constrangimento diante da incontinência autoritária.

A colérica desenvoltura com que transgredia a fronteira que separa o sentimento de vingança e ódio da ideia de justiça, inquietava os grandes nomes do Direito.

Havia um déspota sob a toga que presidia a Suprema Corte do país.

E ele não hesitava em implodir o alicerce da equidistância republicana que confere à Justiça o consentimento legal, a distingui-la dos linchamentos falangistas.

O obscurantismo vira ali, originalmente, o cavalo receptivo a um enxerto capaz de atalhar o acesso a um poder que sistematicamente lhe fora negado pelas urnas. 
Barbosa retribuía a ração de holofotes e bajulações mercadejando ações cuidadosamente dirigidas ao desfrute da propaganda conservadora.

Na indisfarçada perseguição a José Dirceu, atropelou decisão de seus pares pondo em risco um sistema prisional em que 77 mil sentenciados desfrutam o mesmo semiaberto subtraído ao ex-ministro.

Desde o início do julgamento da AP 470 deixaria nítido o propósito de atropelar o rito, as provas e os autos, em sintonia escabrosa com a sofreguidão midiática.

Seu desabusado comportamento exalava o enfado de quem já havia sentenciado os réus à revelia dos autos, como se viu depois, sendo-lhe maçante e ostensivamente desagradável submeter-se aos procedimentos do Estado de Direito.

O artificioso recurso do domínio do fato, evocado como uma autorização para condenar sem provas, sintetizou a marca nodosa de sua relatoria.

A expedição de mandados de prisão no dia da República, e no afogadilho de servir à grade da TV Globo, atestaria a natureza viciosa de todo o enredo.

A exceção inscrita no julgamento reafirmava-se na execução despótica de sentenças sob o comando atrabiliário de quem não hesitaria em colocar vidas em risco.

O que contava era servir-se da lei. E não servir à lei.

A mídia isenta esponjava-se entre o incentivo e a cumplicidade.

Em nome de um igualitarismo descendente que, finalmente, nivelaria pobres e ricos no sistema prisional, inoculava na opinião pública o vírus da renúncia à civilização em nome da convergência pela barbárie.

A aposentadoria de Barbosa não apaga essa nódoa.

Ela continuará a manchar o Estado de Direito enquanto não for reparado o arbítrio a que tem sido submetidas lideranças da esquerda brasileira, punidas não pelo endosso, admitido, e reprovável, à prática do caixa 2 eleitoral.

Igual e precedente infração cometida pelo PSDB, e relegada pela toga biliosa, escancara o prioritário sentido da AP 470: gerar troféus de caça a serem execrados em trunfo no palanque conservador.

A liquefação jurídica e moral de Joaquim Barbosa nos últimos meses tornou essa estratégia anacrônica e perigosa.

A toga biliosa assumiu, crescentemente, contornos de um coronel Kurtz, o personagem de Marlon Brando, em Apocalypse Now, que se desgarrou do exército americano no Vietnã para criar a sua própria guerra dentro da guerra.

Na guerra pelo poder, Barbosa lutava a batalha do dia anterior.

Cada vez mais, a disputa eleitoral em curso no país é ditada pelas escolhas que a transição do desenvolvimento impõe à economia, à sociedade e à democracia.

A luta se dá em campo aberto.

Arrocho ou democracia social desenham uma encruzilhada de nitidez crescente aos olhos da população.

A demonização do ‘petismo’ não é mais suficiente para sustentar os interesses conservadores na travessia de ciclo que se anuncia.

Aécio Neves corre contra o tempo para recadastrar seu apelo no vazio deixado pela esgotamento da judicialização da política.

Enfrenta dificuldades.

Não faz um mês, os centuriões do arrocho fiscal que o assessoram –e a mídia que os repercute-- saíram de faca na boca após o discurso da Presidenta Dilma, na véspera do 1º de Maio.

Criticavam acidamente o reajuste de 10% aplicado ao benefício do Bolsa Família.

No dia seguinte, numa feira de gado em Uberaba, MG, o tucano ‘não quis assumir o compromisso de aumentar os repasses, caso seja eleito’, noticiou a Folha de SP (02-05). 

‘De mim, você jamais ouvirá uma irresponsabilidade de eu assumir qualquer compromisso antes de conhecer os números, antes de reconhecer a realidade do caixa do governo federal", afirmou Aécio à Folha, na tarde daquela sexta-feira.

Vinte e seis dias depois, o mesmo personagem, algo maleável, digamos assim, fez aprovar, nesta 3ª feira, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado, uma medida que exclui limites de renda e tempo para a permanência de famílias pobres no programa (leia a reportagem de Najla Passos; nesta pág)

A proposta implica dispêndio adicional que o presidenciável recusava assumir há três semanas.

Que lógica, afinal, move as relações do candidato com o Bolsa Família?

A mesma de seu partido, cuja trajetória naufragou na dificuldade histórica do conservadorismo em lidar com a questão social no país.

Órfão da toga justiceira, Aécio Neves tenta vestir uma inverossímil fantasia de justiceiro social, desde logo esgarçada pela estreiteza dos interesses que representa.

A farsa corre o risco de evidenciar seus limites tão rapidamente quanto a anterior.

A ver. 

Texto original: CARTA MAIOR

Feira do Conhecimento e Oportunidades será destaque durante a XVI Merco Noroeste

A XVI Merco Noroeste - Feira Industrial e Comercial do Noroeste Fluminense chega em 2014 com inúmeras novidades, dentre elas, a Feira do Conhecimento e Oportunidades, que deverá ser o grande destaque desta edição.
A Feira do Conhecimento e Oportunidades pretende disseminar informação e conhecimento oferecidos por instituições de ensino, cursos, entidades voltadas para o empreendedorismo, além de cursos técnicos de capacitação profissional.
O maior evento empresarial do interior do Estado do Rio de Janeiro será realizado nas dependências da UNIG (Universidade Iguaçu), em uma área total de 60 mil metros quadrados e área de montagem ocupando 10 mil metros quadrados, com 180 estandes para expositores de diversos segmentos, como indústria e serviços, rochas ornamentais, comércio, moda e beleza, agronegócios, artesanato e gastronomia.
A estrutura da feira prevê ainda um estacionamento privativo para os expositores, uma praça de alimentação e um feirão de automóveis. A expectativa de público é de 50 mil visitantes nos quatro dias do evento. Já o setor de moda e beleza irá apresentar para o público todas as tendências da próxima estação, com workshops de corte de cabelo, maquiagem e desfile de moda.
A Merco Noroeste será realizada no Campus V da Unig, em Itaperuna RJ, entre os dias 26 e 29 de Junho. O evento tem o apoio da Prefeitura de Itaperuna, Sincomércio e Unig, patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Fecomércio, Sesc, Senac, Sebrae e Sistema Firjan, com promoção e organização da B2B Empreendimentos.

Informação: Agência Comuniqque | www.comuniqque.com
Fotos: arquivo Merco Noroeste 2013

Consulte o site da Merco Noroeste: www.merconoroeste.com.br

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Pobreza teve queda de 69% nos últimos dez anos

20/05/2014
 
'RENDA DOS MAIS POBRES TEVE MAIOR AVANÇO COM DILMA
 
 

Encarregado de compilar dados que sustentem a tese que deve nortear a campanha da presidente à reeleição, Marcelo Neri, ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, afirma que, apesar do cenário econômico não tão animador, os ganhos sociais continuaram a se expandir no atual governo. 
"Os brasileiros que estão mais próximos da parte superior da distribuição têm uma dificuldade grande de ver o Brasil profundo. A transformação está acontecendo lá embaixo", afirma.
 
Para ele, apesar da desaceleração econômica observada nos últimos anos, houve uma surpreendente continuidade da melhora social, o que contrapõe dados como o crescimento do PIB e a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios, a Pnad. "Os 10% mais pobres tiveram crescimento de 14,4%, contra 5,4% em média entre 1992 e 2012. "A melhora é mais acentuada, inclusive em relação ao governo Lula", diz Neri.
 

Ele acrescenta que, em 2000, 41% dos municípios tinham IDH muito baixo. Em 2010, são menos de 0,6%. "Isso é expectativa de vida, educação e renda também. A mortalidade infantil caiu 47% em 10 anos. O que é mais estrutural que isso? Tem uma revolução acontecendo aí".


30 mai 2014


Pobreza teve queda de 69% nos últimos dez anos 

Dados da última Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD) e do relatório de acompanhamento das Metas do Milênio divulgado pelo IPEA atestam as transformações promovidas pelos governo do PT. A pobreza teve queda de 69% nos últimos dez anos. Além disso, a renda dos mais pobres está crescendo 5,5 vezes mais rápido que a do ricos.

A PNAD mostra que entre 2003 e 2012, a renda dos 10% mais pobres do país cresceu 106%. O índice equivale ao dobro do aumento da renda média no país – de 51% – no mesmo período. Já a renda mediana (do segmento que se encontra bem no meio da pirâmide social) aumentou 78% em nove anos.

Segundo o ministro Marcelo Neri (Secretaria de Assuntos Estratégicos) os números são o resultado de uma equilibrada combinação entre crescimento econômico e diminuição da desigualdade de renda. Esse “caminho do meio” – explica – tem como base as transformações estruturais no país.

“Dizer que todo este movimento de queda da pobreza e da desigualdade é fruto de assistencialismo e não tem padrões estruturais é entrar em conflito com os dados”, avalia Neri. Ele também aponta que poucos países no mundo, nos últimos 60 anos, conseguiram manter durante 12 anos consecutivos uma queda contínua de suas desigualdades.

Os dados dimensionam a importância do trabalho com carteira assinada: o salário foi responsável por 3/4 do aumento da renda dos brasileiros, entre 2002 e 2012. Neri destaca, também, as transformações na Educação, sobretudo no ensino técnico, que dobrou sua cobertura entre os jovens de 15 e 29 anos, passando de 2% para mais de 4%. 

Como vocês sabem, o Brasil conseguiu atingir uma das metas do milênio – a queda da mortalidade infantil – quatro anos antes do prazo estipulado pela ONU (2015). Passamos dos 53,7 óbitos por mil nascidos vivos em 1990 para 17,7 em 2011. Agora, aponta Neri, a meta é a superação da extrema pobreza: “O mundo debate isso em escala global. O Brasil está exportando a ideia”.

O novo papel do Joaquim Barbosa


A saída de Joaquim Barbosa do STF representa um alívio para a Justiça do país e é uma boa notícia para os fundamentos da democracia brasileira. Abre a oportunidade para a recuperação de noções básicas do sistema republicano, como a separação entre poderes, e o respeito pelos direitos humanos – arranhados de forma sistemática no tratamento dispensado aos réus da Ação Penal 470, inclusive quando eles cumpriam pena de prisão.
  
Ao aposentar-se, Joaquim Barbosa ficará longe dos grandes constrangimentos que aguardam “o maior julgamento do século,” o que pode ser util na preservaçãdo do próprio mito.
 
 Para começar, prevê-se, para breve, a absolvição dos principais réus do mensalão PSDB-MG, que sequer foram julgados – em primeira instância – num tribunal de Minas Gerais. Um deles, que embolsou R$ 300 000 do esquema de Marcos Valério – soma jamais registrada na conta de um dirigente do PT — pode até sair candidato ao governo de Estado.
Joaquim deixa o Supremo depois de uma decisão que se transformou em escândalo jurídico. Num gesto que teve como consequencia real manter um regime de perseguição permanente aos condenados da AP 470, revogou uma jurisprudência de quinze anos, que permitia a milhares de réus condenados ao regime semi-aberto a trabalhar fora da prisão — situação que cedo ou tarde iria incluir José Dirceu, hoje um entre tantos outros condenados. Mesmo Carlos Ayres Britto, o principal aliado que Joaquim já fez no STF, fez questão de criticar a decisão. Levada para plenário, essa medida é vista como uma provável derrota de Joaquim para seus pares que, longe de expressar qualquer maquinação política de adversários, apenas reflete o desmonte de sua liderança no STF.
  
Em outro movimento na mesma direção, o Supremo acaba de modificar as regras para os próximos julgamentos de políticos. Ao contrário do que se fez na AP 470 – e só ali — eles não serão julgados pelo plenário, mas por turmas em separado do STF. Não haverá câmaras de TV. E, claro: sempre que não se tratar de um réu com direito a foro privilegiado, a lei será cumprida e a ninguém será negado o direito de um julgamento em primeira instância, seguido de pelo menos um novo recurso em caso de condenação. É o desmembramento, aquele recurso negado apenas aos réus da AP 470 e que teria impedido, por exemplo, malabarismos jurídicos como a Teoria do Domínio do Fato, com a qual o Procurador Geral da Republica tentou sustentar uma denúncia sem provas consistentes contra os principais réus.
 
 Hoje retratado como uma autoridade inflexível, incapaz de qualquer gesto inadequado para defender interesses próprios – imagino quantas vezes sua capa negra será exibida nos próximos dias, num previsível efeito dramático – Joaquim chegou ao STF pelo caminho comum da maioria dos mortais. Fez campanha.
 
 Quando duas aguerridas parlamentares da esquerda do PT – Luciana Genro e Heloísa Helena – ameaçaram subir à tribuna do Congresso para denunciar um caso de agressão de Joaquim a sua ex-mulher, ocorrido muitos anos antes da indicação, quando o casal discutia a separação, o presidente do partido José Genoíno (condenado a seis anos na AP 470) correu em defesa do candidato ao Supremo. Argumentou que a indicação representava um avanço importante na vitória contra o preconceito racial e convenceu as duas parlamentares. (Dez anos depois desse gesto, favorável a um cidadão que sequer conhecia, Joaquim formou sucessivas juntas médicas para examinar o cardiopata Genoíno. Uma delas autorizou a suspensão da prisão domiciliar obtida na Justiça).
 
 O diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato (condenado a 12 anos na AP 470) foi procurado para dar apoio, pedindo a Gilberto Carvalho que falasse de seu nome junto a Lula. José Dirceu (condenado a 10 anos e dez meses, reduzidos para sete contra a vontade de Joaquim), também recebeu pedido de apoio. Dezenas – um deputado petista diz que eram centenas – de cartas de movimentos contra o racismo foram enviadas ao gabinete de Lula, em defesa de Joaquim. Assim seu nome atropelou outro juristas negros – inclusive um membro do Tribunal Superior do Trabalho, Carlos Alberto Reis de Paula – que tinha apoio de Nelson Jobim para ficar com a vaga.
 
 Quando a nomeação enfim saiu, Lula resolveu convidar Joaquim para acompanha-lo numa viagem presidencial a África. O novo ministro recusou. Não queria ser uma peça de marketing, explicou, numa entrevista a Roberto dÁvila. Era uma referência desrespeitosa, já que a África foi, efetivamente, um elemento importante da diplomacia brasileira a partir do governo Lula, que ali abriu embaixadas e estabeleceu novas relações comerciais e diplomáticas.
 
 De qualquer modo, se era marketing convidar um ministro negro para ir a África, por que não recusar a mesma assinatura da mesma autoridade que o indicou para o Supremo?
 
À frente da AP 470, Joaquim Barbosa jamais se colocou na posição equilibrada que se espera de um juiz. Não pesou os dois lados, não comparou argumentos.
 
 Através do inquérito 2474, manteve em sigilo fatos novos que poderiam embaralhar o trabalho da acusação e que sequer chegaram ao conhecimento do plenário do STF – como se fosse correto selecionar elementos de realidade que interessam a denúncia, e desprezar aqueles que poderiam, legitimamente, beneficiar os réus. Assumiu o papel de inquisidor, capaz de tentar destruir, pela via do judiciário, aquilo que os adversários do governo se mostravam incapazes de obter pelas urnas.
 
 Ao verificar que o ministro era capaz de se voltar em fúria absoluta contra as forças políticas que lhe deram sustentação para chegasse a mais alta corte do país, os adversários da véspera esqueceram por um minuto as desconfianças iniciais, as críticas ao sistema de cotas e todas políticas compensatórias baseadas em raça.
 
 Passaram a dizer, como repete Eliane Cantanhede na Folha hoje, que Joaquim rebelou-se contra o papel de “negro dócil e agradecido.” Rebelião contra quem mesmo? Contra o que? A favor de quem?
 
 Já vimos e logo veremos.
 
 Basta prestar atenção nos sorrisos e fotografias da campanha presidencial.
 
 Escrito por: Paulo Moreira Leite

Muito engraçado

Produção de petróleo no pré-sal cresceu 4% e foi recorde em abril

30.Mai.2014
 
Petrobras - Fatos e Dados -
 
cidade-de-paraty-blog.jpgNossa produção de petróleo no Brasil, em abril, atingiu a média de 1 milhão 933 mil barris/dia (bpd), superando em 0,4% a produção de março, que foi de 1 milhão 926 mil bpd. Incluindo-se a parcela que operamos para nossos parceiros no Brasil, atingimos a marca de 2 milhões e 34 mil bpd, que indica um aumento de 0,4% na comparação com o mês anterior.
 Nossa produção de petróleo e gás natural no Brasil, em abril, foi de 2 milhões 335 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), acima do volume produzido em março (2 milhões 331 mil boed). Se incluída a parcela da produção operada para nossas parceiras no Brasil, atingimos a marca de 2 milhões e 487 mil boed, 0,2% acima da produção alcançada em março.
Recordes sucessivos no pré-sal
No pré-sal das bacias de Santos e Campos, o aumento da produção em abril foi de 4%, chegando a um volume de 411 mil barris por dia (bpd), o que configurou novo recorde mensal. Em março, a produção média mensal do pré-sal, incluído o volume próprio e o operado para seus parceiros, foi de 395 mil barris.
 No dia 15 de abril foi batido recorde diário de produção no pré-sal, com o patamar de 428 mil barris por dia. Em 18 de abril, novo recorde diário de produção foi atingido, com a extração de 444 mil barris diários, devido ao crescimento da produção da plataforma P-58 e da entrada de novo poço ligado à boia de sustentação de riser (BSR) instalada no campo de Sapinhoá. No dia 11 de maio esse recorde diário foi novamente superado, quando a produção no pré-sal alcançou 470 mil barris por dia.
 Esse resultado se deveu à entrada em operação, no dia 9 de maio, do poço 7-LL-22D-RJS, interligado ao FPSO (navio-plataforma) Cidade de Paraty, no campo de Lula, por meio de uma boia de sustentação de risers (BSR), tecnologia pioneira de sustentação de tubulações por meio de boias submersas. Trata-se do terceiro poço interligado utilizando a tecnologia BSR e o primeiro conectado ao FPSO Cidade de Paraty.
 Paradas para manutenção
Em abril, de acordo com o planejamento plurianual, foram executadas paradas programadas para manutenção em algumas plataformas, o que contribuiu para o pequeno crescimento da produção em relação ao mês anterior. O FPSO Vitória deixou de produzir 8,6 mil barris por dia e a P-51 deixou de produzir 4,3 mil barris, entre outras de menor impacto. No dia 30 de março o FPSO Brasil encerrou suas atividades no campo de Roncador, com o fechamento do poço 7-RO-14-RJS. Outros poços interligados ao FPSO Brasil estão em processo de remanejamento para as plataformas P-52 e P-54.
 No período de 25 de março a 15 de abril, houve parada programada da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) III, localizada em Urucu (AM). Durante a parada, a unidade deixou de produzir, em média, 4,2 mil bpd.
 O Programa de Aumento da Eficiência Operacional (Proef) iniciado em 2012 tem demonstrado excelentes resultados: os sistemas de produção da Unidade de Operações da Bacia de Campos (UO-BC) fecharam o mês de abril com o recorde de eficiência operacional dos últimos 46 meses, atingindo o patamar de 81%. A Unidade de Operações do Rio de Janeiro (UO-RIO) também bateu recorde de eficiência, em março, dos últimos três anos, alcançando 96,2%. Por conta do sucesso do programa, no último dia 5 de maio, estendemos o Proef para a Unidade de Operações do Espírito Santo (UO-ES).
 Novas plataformas
É importante ressaltar que novos sistemas de produção de petróleo estarão entrando em operação ao longo de 2014 para garantir o crescimento sustentado da produção conforme meta prevista no Plano de Negócios e Gestão 2014-2018, que prevê aumento de 7,5%, no fim do ano, com margem de tolerância de 1 ponto percentual para mais ou para menos. No mês de maio a P-62 iniciou suas atividades no campo de Roncador, na Bacia de Campos. A esta plataforma serão interligados nos próximos meses um total de 22 poços, sendo 14 produtores de petróleo e gás e oito injetores de água. Do tipo FPSO (unidade que produz, armazena e transfere petróleo, na sigla em inglês), essa unidade tem capacidade para processar, diariamente, até 180 mil barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás natural.
 Em 28 de abril, incorporamos à nossa frota de PLSVs (embarcações de lançamento de linhas flexíveis) mais uma embarcação: o PLSV Seven Waves, cuja primeira operação será a interligação do terceiro poço da plataforma P-62, no campo de Roncador, na Bacia de Campos.
Além da P-62, entrará em operação, no segundo semestre deste ano, a plataforma P-61, no campo de Papa-Terra (no pós-sal da Bacia de Campos), que será interligada à plataforma semissubmersível SS-88, unidade de apoio do tipo Tender Assisted Drilling (TAD). No segundo semestre serão também instalados os FPSOs Cidade de Mangaratiba, no campo Lula/Iracema, e Cidade de Ilhabela, no campo de Sapinhoá, ambos no pré-sal da Bacia de Santos.
Produção de gás natural
Em abril, a produção de 64 milhões de metros cúbicos de gás manteve-se nos mesmos níveis do mês anterior. Incluída a parcela operada para as empresas associadas, o volume alcançou 72 milhões 80 mil m3/dia, em linha com o volume de março. A exportação do gás produzido pelo FPSO Cidade de São Paulo começou a ocorrer a partir de abril.
 Produção no exterior
A extração total de petróleo e gás natural no exterior, em abril, foi de 225,4 mil boed, correspondendo a um aumento de 2,7 % em relação aos 219,6 mil boed produzidos no mês anterior.
 A produção de petróleo foi de 128,9 mil bpd, 1,6 % acima dos 126,9 mil bpd produzidos em março. Já a produção de gás natural foi de 16 milhões 395 mil m³/d, 4,1 % acima dos 15 milhões 744 mil m³/d produzidos em março.
 Esse incremento na produção de petróleo e gás natural em abril resulta principalmente da entrada de novos poços no Campo de Kinteroni, Lote 57, no Peru.
 Acrescentado o volume produzido no exterior, nossa produção total de petróleo e gás em abril chegou a 2 milhões 560 mil boed, 0,4 % acima do volume extraído no mês anterior, que foi de 2 milhões 550 mil boed.
Produção informada à ANP
A produção total informada à ANP foi de 9.240.868 m³ de óleo e 2.255.201 mil m³ de gás em abril de 2014. Esta produção corresponde à produção total das concessões em que atuamos como operadora. Não estão incluídos os volumes do Xisto, LGN e produção de parceiros onde não somos operadora.