Paulo Roberto é Pedagogo, Sindicalista e Petista.

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Dever cumprido é fruto da ousadia de um velho militante das lutas democráticas e sociais do nosso Brasil, que entende que sem uma interação rápida, ágil, eficiente e livre com o que rola pelo mundo, a democracia é pífia.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

PETROBRAS: PERSPECTIVAS E RESULTADOS DO PRÉ-SAL

A noticia correu no ultimo final de semana; "PETROBRAS DOBRA SEU TAMANHO NOS PRÓXIMOS 7 ANOS COM O PRÉ-SAL", entendamos porque.

7 de dezembro de 2012 -
 
 
 
O gerente-executivo do pré-sal da área de Exploração e Produção da Petrobras, Carlos Tadeu Fraga, ministrou palestra no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro, sobre o panorama atual do desenvolvimento das descobertas de óleo e gás no pré-sal. Em sua apresentação, Fraga destacou o potencial e as perspectivas, além da estratégia da Companhia e os principais resultados alcançados até agora. As declarações ganharam repercussão em importantes veículos da imprensa [Valor EconômicoO GloboG1UOLExtra  (clique e acesse)], que destacaram que o crescimento da produção da Petrobras no pré-sal subiu 148% desde janeiro de 2011.
 
 
Confira alguns dos principais trechos:
 
 
- “A produção acumulada de petróleo da Petrobras, desde a sua criação, até dezembro de 2011 é de 15 bilhões de barris de óleo equivalente. Isso serve para dizer que o que já foi descoberto no pré-sal e declarado comercial, não estou considerando aqui aquilo que ainda está em fase de avaliação e que a comercialidade será declarada no momento oportuno, previsto em contrato. Somente aqui no campo de Lula, Sapinhoá e cessão onerosa equivalem em volume recuperável, volume que vai ser reproduzido, a tudo que a Petrobras já produziu da sua descoberta até 2011. Acho que isso traduz melhor do que qualquer outra expressão a importância e a punjança da descoberta do pré-sal para a Petrobras, para indústria de petróleo e gás brasileira, para o Brasil e para a indústria de petróleo e gás no mundo.”
 
 
- “A produção de petróleo da Petrobras cresceu muito de 1980 até 2011, desde a descoberta da Bacia de Campos. Cresceu a uma taxa média de 10% ao ano e não tem paralelo na indústria. Nenhuma companhia de petróleo teve um crescimento nessa ordem de grandeza.”
 
 
- “Evidentemente as descobertas pujantes que temos no pré-sal terão vida longa, vida produzida por décadas e, obviamente, é do nosso interesse aplicar novas tecnologias que possam aumentar a segurança, aumentar a confiabilidade, reduzir custos de investimentos, reduzir custos operacionais e maximizar a produção. E várias dessas tecnologias já estão sendo testadas em diversos estágios, alguns em protótipo, outras em piloto, outras embarcada. Trabalho liderado pelo nosso Centro de Pesquisa da Petrobras, com espessa participação de fornecedores de bens e serviços.”
 
 
-”Está destacado também que nessa unidade (Piloto de Lula) foi instalada e está em operação o primeiro sistema compacto para separação de CO² do gás natural em uma unidade flutuante. O gás natural do pré-sal, em algumas áreas, tem um teor de contaminante, CO² e H²S, que requer tratamento, requer processamento. A indústria domina essas técnicas. Tirar CO² do gás natural nós sabemos fazer. Normalmente requer reatores que são grandes. Só que, tudo aquilo que é grande, trabalha contra a economicidade em uma situação marítima de produção. O metro quadrado mais caro do mundo não é na Quinta Avenida, não é na Vieira Souto, é aqui. Se você colocar aqui em cima alguma coisa que tenha grande porte, grande área, você encarece o projeto e pode tornar não econômico o seu desenvolvimento. Nós partimos então do desenvolvimento tecnológico, junto com alguns fornecedores nossos, para esses sistemas compactos para retirar o CO² do gás natural. O primeiro dos desenvolvimentos já está em operação, com sucesso, aqui no Campo de Lula.”
 
 
-”Nesses últimos 20 meses, janeiro de 2001 a novembro de 2012, menos de 24 meses, 22 meses, a produção quase que triplicou. O pré-sal Lato Sensu, hoje, produz 211 mil barris por dia. Isso é mais que a soma da produção terrestre do Recôncavo Baiano com a Bacia Potiguar e com a área de Sergipe-Alagoas. Isso é mais do que a produção de muita companhia de petróleo no mundo.”
 
 
- “Ninguém projetou, instalou, operou, deu manutenção em mais sistemas de produção em águas profundas no mundo do que a Petrobras. É natural que ao fazer diversas vezes, mesmo que eu não queira levar em conta a competência acumulada da Petrobras e de seus fornecedores, só o fato de fazer em forma repetida lhe faz aprender. Nós sabemos fazer isso. E é essa convicção que é a base que suporta a estratégia para o pré-sal.”
 
 
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8 de maio de 2013
 
 

Produção acumulada no pré-sal já supera 192 milhões de barris de óleo equivalente


A produção acumulada dos reservatórios do pré-sal, nas bacias de Campos e Santos, desde 2008 até abril de 2013 já chegou a 192,4 milhões de barris de óleo equivalente (petróleo e gás natural), informou nesta quarta-feira (08/05) o gerente executivo do pré-sal da área de Exploração e Produção da Petrobras, Carlos Tadeu Fraga, durante a Offshore Technology Conference (OTC 2013). Segundo ele, a produção diária superou 311 mil barris por dia em 17 de abril, mais do que o dobro da produção de 2011, de 121 mil barris por dia, em média. A produção média do mês de abril no pré -sal foi de 294 mil barris por dia.
 
 
Nesta manhã, Carlos Tadeu deu destaque aos resultados do pré-sal durante o painel “Megaprojetos: Explorando as Oportunidades e Desafios”. O executivo também participou, na terça-feira (07/05), de almoço-palestra da OTC, no qual atualizou os presentes sobre os trabalhos no pré-sal e as perspectivas e projetos para a região.
 
 
Nos eventos, Carlos Tadeu afirmou que existem sete plataformas e 19 poços produzindo atualmente no pré-sal, nas duas bacias. Ele destacou a produção média por poço do FPSO Cidade de Angra dos Reis, no projeto piloto de Lula, de cerca de 25 mil barris por dia, valor superior às previsões originais de 15 mil barris por dia. Ressaltou também a entrada em produção do FPSO Cidade de São Paulo, em Sapinhoá, em janeiro deste ano, e informou que o FPSO Cidade de Paraty, destinado a Lula Nordeste, já se encontra na locação e o início da produção ocorrerá ainda esse mês.
 
 
Gestão de projetos
 
 
Ao expor nossa experiência na gestão de megaprojetos, Carlos Tadeu disse que a estratégia adotada para o pré-sal é uma extensão da adotada para o desenvolvimento dos campos de águas profundas da Bacia de Campos a partir dos anos 80.
 
 
Ele enfatizou que os bons resultados obtidos até agora no pré-sal e o bom andamento dos projetos são fruto da estratégia adotada na área, que contempla aquisição de informações das descobertas através da perfuração de poços adicionais, da aquisição de novos dados sísmicos e da realização de testes de longa duração, além dos sistemas piloto, permitindo um adequado conhecimento da área para definição dos projetos definitivos.
 
 
O gerente executivo também dimensionou o pré-sal ao público presente: “A área total da província, de 150 mil km2, equivale a seis mil blocos do Golfo do México”, comparou. Ele também disse que a temos conseguido reduzir o tempo de perfuração dos poços no pré-sal. “Estamos trabalhando exaustivamente para reduzir custos de perfuração, que compõem 50% do capex (investimentos). O tempo de perfuração já caiu 50% desde 2006. À época, a média era de 134 dias para a perfuração e hoje conseguimos isso em 70 dias, o que é excelente”.
 
 
Ele enfatizou os importantes avanços tecnológicos que têm sido obtidos nas mais diversas áreas e reconheceu o importante trabalho de equipe que tem sido feito com a participação dos nossos parceiros nos projetos e dos fornecedores.
 
 
Essa foi a terceira vez que apresentamos, na OTC, os planos e resultados dos projetos do pré-sal. Na primeira, em 2009, a ênfase foi na estratégia escolhida para desenvolvimento da produção na área. Na segunda, em 2011, foram ressaltados os primeiros resultados dos testes de longa duração e do projeto piloto do campo de Lula. Desta vez, o destaque foi o alcance, apenas sete anos após a descoberta, da marca de 311 mil barris de petróleo produzidos por dia na região e o avançado estágio dos diversos projetos na região.
 
 
Nosso Plano de Negócios para o período de 2013 a 2017 prevê que a marca de 1 milhão de barris por dia (bpd) operada por nós no pré-sal será superada em 2017 e atingirá 2,1 milhões de bpd em 2020. A descoberta do pré-sal ocorreu em 2006, com o atual campo de Lula (antigo Tupi), na Bacia de Santos, no litoral do Rio de Janeiro. O primeiro óleo do pré-sal foi produzido em setembro de 2008, no campo de Jubarte, na Bacia de Campos, com a conexão de um poço à plataforma P-34, que já operava em reservatórios do pós-sal daquela bacia.
 

 

Dilma é a 2ª mulher mais poderosa do mundo

22/05/2013 -
AFP - UOL Notícias -
  - AFP, em Nova York (EUA)
 
 
 
 
 
Dilma Rousseff é a segunda mulher mais poderosa do mundo na lista da Forbes
 
 
Presidenta Dilma Rousseff sobe de posição no ranking da revista "Forbes" após dois anos seguidos no terceiro lugar
 
Outra brasileira aparece entre as 20 primeiras da lista da revista americana: Maria das Graças Foster, da Petrobras, no 18º lugar.
 
A chanceler alemã Angela Merkel lidera a lista da revista pelo terceiro ano consecutivo.
 
 
A presidente Dilma Rousseff a segunda mulher mais poderosa do mundo, segundo a Forbes
 
A presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, é a segunda mulher mais poderosa do mundo, atrás apenas da chanceler alemã Angela Merkel, segundo o ranking anual da revista Forbes.
Dilma, que ficou na terceira posição por dois anos consecutivos, alcançou o segundo lugar após a saída de Hillary Clinton do posto de secretária de Estado americano, o que fez a ex-primeira dama dos Estados Unidos cair para o quinto lugar.
 
 
Veja mulheres que integram lista das mais poderosas de 2013, segundo a "Forbes" -
 
 
 
Depois da presidente brasileira aparecem Melinda Gates - que preside ao lado do marido a Bill and Melinda Gates Foundation -, e a primeira-dama dos Estados Unidos Michelle Obama.
 
 
A presidente argentina Cristina Kirchner caiu 10 posições na lista e aparece na 26ª posição.
 
 
A lista anual inclui mulheres influentes na política, negócios, imprensa, entretenimento, tecnologia e organizações sem fins lucrativos, classificadas por "fortuna, presença na mídia e impacto", segundo a revista.
 
"A ascensão de marcas pessoais e o esforço de empreendedorismo na lista deste ano de mulheres poderosas são tendências excitantes quando celebramos o 10º ano de publicação da lista", disse Moira Forbes, presidente e editora da ForbesWoman.
 
 
"De Cingapura a Arábia Saudita, do Reino Unido aos Estado Unidos - e além -, as 100 mulheres mais influentes em nossa lista têm um impacto indelével e duradouro no mundo em que vivemos", completou.
 
 
Merkel foi considerada a mulher mais poderosa em oito dos 10 anos da lista.
 
Entre as empresárias da lista estão a CEO da Hewlett-Packard Meg Whitman (No. 15) - que está na capa da revista -, assim como uma das principais diretoras do Facebook, Sheryl Sandberg (No. 6), e a CEO do Yahoo! Marissa Mayer (No. 32).
 
A lista da Forbes conta com representantes de 26 nacionalidades, mas com um claro domínio americano.
 
Acesse fotos:http://noticias.uol.com.br/album/2012/08/22/confira-as-10-primeiras-colocadas-na-lista-de-mulheres-mais-poderosas-da-forbes.htm#fotoNav=3
 
 
 
 
Veja a lista das mais poderosas em 2012  Pelo segundo ano consecutivo, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, aparece na terceira posição na lista de mulheres mais poderosas da "Forbes". Desta vez ela foi o destaque na capa da edição da revista norte-americana que traz o ranking completo, composto por 100 mulheres Leia mais : http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2011/09/21/na-onu-dilma-defende-reforma-e-diz-que-brasil-esta-pronto-para-integrar-conselho-de-seguranca.htm
 
 
 
A trajetória de Dilma Rousseff em imagens - 55 fotos: 
 
 
 
 

21.set.2011- Dilma Rousseff abre a Assembleia Geral da ONU. Em seu discurso, a presidente defendeu a entrada da Palestina como membro efetivo da ONU

domingo, 26 de maio de 2013

Afinal, quem tem medo da democracia no Brasil?

Afinal, quem tem medo da democracia no Brasil?

Uma imensa disputa ideológica e politica se dá em torno da democracia? Quem é democrático e quem não é? Uma disputa para se apropriar do termo, com a pretensão de que quem apareça como democrático, será automaticamente hegemônico.

Ocorre que tudo depende do conceito predominante de democracia. Quem poderia dizer que as oligarquias familiares, proprietárias monopolistas dos meios de comunicação tradicionais no Brasil, apareçam como as mais defensoras da democracia, supostamente ameaçada pelo Estado que promove o maior processo de democratização na sociedade brasileira, com o apoio maçico da grande maioria da população, em consultas eleitorais amplas e abertas, com a participação majoritária da população?

Isso ocorre porque falamos de coisas distintas quando falamos de democracia. A concepção dominante, de que se valem aqueles órgãos e os partidos da oposição, remete à concepção liberal de democracia. Esta nasceu fundada nos direitos dos indivíduos, contra o Estado, considerado a maior ameaça à liberdade e à democracia.

É uma concepção fundada nos indivíduos, considerados a única realidade efetiva nas sociedades. Margareth Thatcher chegou a afirmar que: “Não há mais sociedade, só indivíduos”- utopia maior do liberalismo. É em torno dos direitos individuais que se estruturaria a sociedade.

Numa sociedade como a norteamericana, entre os direitos inalienáveis expressos na Constituição, está o direito do porte de armas, para que os indivíduos se defendam do Estado. (Não importa se as armas terminam nas mãos de crianças, que matam os colegas na escola ou o seu irmãozinho.) De tal forma os direitos individuais se sobrepõem aos direitos coletivos, que Obama não conseguiu, mesmo esgrimindo o massacre de crianças naquela escola dos EUA, limitar esse direito inalienável que os norteamericanos se reservam.

Segundo os preceitos liberais, se há separação de poderes, se há eleições periódicas, se há pluralidade de partidos, se há imprensa livre (atenção: para eles imprensa livre quer dizer imprensa privada), então haveria democracia. O liberalismo utiliza critérios institucionais, políticos, formais, para definir democracia. O próprio Brasil foi, durante muito tempo, o país mais desigual do mundo, porém passou a ser considerado democrático, quando passou a respeitar aqueles cânones, não importando que fosse uma ditadura econômica, social e cultural.

Hoje, quando o Brasil passa por um processo inédito de democratização social, as oligarquias se sentem ameaçadas. Já não controlam o governo nacional, perdem sistematicamente as eleições em nível nacional, sentem que camadas sociais que eram sempre postergadas por eles veem reconhecidos seus direitos e reagem de forma violenta.

Para que se torne efetivamente uma democracia, o Brasil precisa passar por um processo de democratização econômica, política e cultural. Precisa democratizar a economia, quebrando a hegemonia do capital especulativo, promovendo o predomínio dos investimentos produtivos, que gerem bens e empregos. Precisa promover amplamente a pequena e a média produção no campo, aquela que gera empregos e produz alimentos para o mercado interno.

Precisa democratizar as estruturas de representação política, promovendo o financiamento público das campanhas eleitorais, para que os parlamentos representam efetivamente a população, sem a intermediação falseadora do dinheiro.

Precisa democratizar o Judiciário, para que seja um órgão eleito e controlado pela cidadania e não pelas oligarquias do poder e da riqueza.

Precisa democratizar os processo de formação da opinião pública, quebrando o monopólio privado das poucas famílias que dominam de forma monopolista os meios de comunicação. Não se trata de que se impeça alguém de falar mas, ao contrário, que se permita que todos falem, pela multiplicação e diversificação dos distintos meios de comunicação.

A democracia é a maior ameaça ao poder das oligarquias tradicionais. Por isso reagem de maneira tão irada aos processos de democratização em curso na sociedade brasileira.

Texto retirado do blog: Emir Sader

terça-feira, 14 de maio de 2013

Brava gente, a brasileira

12-05-2013
Elio Gaspari


Atribui-se ao professor San Tiago Dantas (1911-1964) uma frase segundo a qual "a Índia tem uma grande elite e um povo de bosta, o Brasil tem um grande povo e uma elite de bosta". Nas últimas semanas divulgaram-se duas estatísticas que ilustram o qualificativo que ele deu ao seu povo.

A primeira, revelada pelo repórter Demétrio Weber: Em uma década, o programa Bolsa Família beneficiou 50 milhões de brasileiros que vivem em 13,8 milhões de domicílios com renda inferior a R$ 140 mensais por pessoa. Nesse período, 1,69 milhão de famílias dispensaram espontaneamente o benefício de pelo menos R$ 31 mensais. Isso aconteceu porque passaram a ganhar mais, porque diminuiu o número da familiares, ou sabe-se lá por qual motivo. O fato é que de cada 100 famílias amparadas, 12 foram à prefeitura e informaram que não precisavam mais do dinheiro.

A ideia segundo a qual pobre quer moleza deriva de uma má opinião que se tem dele. É a demofobia. Quando o andar de cima vai ao BNDES pegar dinheiro a juros camaradas, estimulará o progresso. Quando o de baixo vai ao varejão comprar forno de micro-ondas a juros de mercado, estimulará a inadimplência.

Há fraudes no Bolsa Família? Sem dúvida, mas 12% de devoluções voluntárias de cheques da Viúva é um índice capaz de lustrar qualquer sociedade. Isso numa terra onde estima-se que a sonegação de impostos chegue a R$ 261 bilhões, ou 9% do PIB. O Bolsa Família custa R$ 21 bilhões, ou 0,49% do produto interno.

A segunda estatística foi revelada pela repórter Érica Fraga: Um estudo dos pesquisadores Fábio Waltenberg e Márcia de Carvalho, da Universidade Federal Fluminense, mostrou que num universo de 168 mil alunos que concluíram treze cursos em 2008, as notas dos jovens beneficiados pela política de cotas ficaram, na média, 10% abaixo daquelas obtidas pelos não cotistas. Ou seja, o não cotista terminou o curso com 6 e o outro, com 5,4. Atire a primeira pedra quem acha que seu filho fracassou porque foi aprovado com uma nota 10% inferior à da média da turma. Olhando-se para o desempenho de 2008 de todos os alunos de quatro cursos de engenharia de grandes universidades públicas, encontra-se uma variação de 8% entre a primeira e a quarta.

Para uma política demonizada como um fator de diluição do mérito no ensino universitário, esse resultado comprova seu êxito. Sobretudo porque dava-se de barato que muitos cotistas sequer conseguiriam se diplomar. Pior: abandonariam os cursos. Outra pesquisa apurou que a evasão dos cotistas é inferior à dos não cotistas. Segundo o MEC, nos números do desempenho de 2011, não existe diferença estatística na evasão e a distância do desempenho caiu para 3%. Nesse caso, um jovem diplomou-se com 6 e o outro, com 5,7, mas deixa pra lá.

As cotas estimulariam o ódio racial. Dez anos depois, ele continua onde sempre esteve. Assim como a abolição da escravatura levaria os negros ao ócio e ao vício, o Bolsa Família levaria os pobres à vadiagem e à dependência. Não aconteceu nem uma coisa nem outra.

Admita-se que a frase atribuída a San Tiago Diante é apócrifa. Em 1985, Tancredo Neves morreu sem fazer seu memorável discurso de posse. Vale lembrá-lo: "Nosso progresso político deveu-se mais à força reivindicadora dos homens do povo do que à consciência das elites. Elas, quase sempre, foram empurradas".

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Petrobras fez mais de 50 novas descobertas em 14 meses


Valor Econômico -
Por Marta Nogueira e Rodrigo Polito -

Petrobras fez mais de 50 novas descobertas em 14 meses

 
Petrobras fez mais de 50 novas descobertas em 14 meses

A presidente da Petrobras, Graça Foster, afirmou hoje que nos últimos 14 meses a companhia fez mais de 50 novas descobertas, sendo 15 delas no pré-sal. Das 15 descobertas no pré-sal, 8 foram realizadas em poços pioneiros.
 
 
A presidente destacou que o resultado vem de uma “base tecnológica muito grande”. “O pré-sal é uma realidade”, disse Graça Foster, que apresenta palestra durante programação comemorativa dos 50 anos da Coppe/UFRJ, na Ilha do Fundão, zona norte do Rio.
 
 
Plano estratégico
 
Graça Foster afirmou também que o plano estratégico da companhia no âmbito de 2030 deve ser conhecido até julho deste ano. Segundo a executiva, o plano está sendo revisado.
 
 
Graça destacou que a companhia precisa estar preparada para possíveis movimentações do mercado internacional que influenciam diretamente os negócios da petroleira, com ação direta na variação do preço do petróleo no mercado internacional.
 
 
A presidente destacou ainda que o atual plano de negócios da Petrobras, no âmbito de 2013-2017, considera o preço do barril do petróleo a US$ 100. A partir de 2017, a estatal prevê cotação de US$ 85 por barril.
 
 
A executiva destacou a importância da estatal se preparar para os eventos que podem acontecer no futuro e ressaltou que a empresa continua firme em sua estratégia de rever o seu portfólio, com a intenção de vender ativos que não são mais interessantes para os negócios da companhia como foram no passado.
 
 
Segundo Graça Foster, a Petrobras e “qualquer empresa petroleira no mundo” são obrigadas a ter sua remuneração projetada.
 
 

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A presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, ministrou hoje (3/5) no Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) a aula inaugural “Os desafios da Petrobras e do setor de petróleo e a parceria com a universidade”. A conferência fez parte da programação comemorativa dos 50 anos da instituição.
 
 
 
Agência Petrobras
A presidente da Petrobras, Graça Foster
 
 
Durante a palestra, Graça Foster destacou a importância dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) para a execução do Plano de Negócios e Gestão da Petrobras e também para a democratização do conhecimento. “Pesquisa não anda sem negócios, e vice-versa. Nesse contexto, temos que trabalhar sempre em rede, promovendo a democratização do conhecimento na área de energia”.
 
 
Atualmente a Petrobras promove 49 redes temáticas de conhecimento, que envolvem 88 universidades brasileiras e instituições de ciência e tecnologia. A Coppe participa de 34 das redes temáticas. De acordo com a presidente, é importante que essas redes trabalhem sempre em sintonia com os projetos da Petrobras. “Existe um trabalho muito forte com as universidades para contribuir na carteira de projetos da Petrobras. É um desafio grande levar a produção de conhecimento para os projetos”, afirmou.
 
 
Petrobras e a Coppe
 
 
Só em 2012, a Petrobras investiu US$ 1,1 bilhão de recursos associados aos investimentos obrigatórios em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e em treinamento. Antes da aula inaugural, a presidente visitou o Núcleo Interdisciplinar de Dinâmica dos Fluidos (NIFD), inaugurado em março de 2013, onde são estudadas soluções para os atuais desafios da indústria de petróleo. O núcleo, com 5.400 m² de área construída, conta com três laboratórios para estudos sobre processos de escoamento de óleo e gás. 
A cooperação entre a Coppe e a Petrobras teve início nos anos 70, quando a Companhia firmou com a instituição um acordo de cooperação para superar os desafios da exploração e produção de petróleo no mar. Até hoje a parceria já gerou mais de 2 mil projetos de pesquisa, formou centenas de mestres e doutores e resultou na criação de cursos de pós-graduação lato sensu e de especialização. A presidente Graça Foster é mestre em Engenharia Química e pós-graduada em Engenharia Nuclear pela Coppe/UFRJ.
 
 
Plano Estratégico 2030
 
 
A presidente afirmou que até julho será concluído o Plano Estratégico 2030 da Petrobras, com importantes inclusões na carteira de projetos de P&D. Graça Foster também disse que em 2020 a Petrobras terá dobrado de tamanho e produzirá diariamente 4,2 milhões de barris de óleo por dia. “Não tenho dúvidas de que vamos chegar em 2017 produzindo 2,75 milhões de barris de óleo por dia, com o que já está contratado, com produção diária de 4,2 milhões de barris de óleo em 2020”, disse Graça Foster.
 
 
Ressaltou a presidente da Petrobras que o índice de sucesso exploratório no pré-sal, hoje em 82%, é o maior que existe na indústria mundial de óleo e gás, em atividades offshore. "Quando me perguntam se o pré-sal é uma realidade, faço questão de dizer que a produção do pré-sal é uma realidade, com 311 mil barris diários, alcançada no dia 17 de abril. Além disso, fizemos 53 descobertas nos últimos 14 meses, das quais 25 marítimas, sendo 15 no pré-sal”, lembrou.