Paulo Roberto é Pedagogo, Sindicalista e Petista.

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Dever cumprido é fruto da ousadia de um velho militante das lutas democráticas e sociais do nosso Brasil, que entende que sem uma interação rápida, ágil, eficiente e livre com o que rola pelo mundo, a democracia é pífia.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

SEXTA FEIRA, QUINTO DIA DE PARALISAÇÃO NA UNIG EM ITAPERUNA

“ta demorando... diz ai alguma coisa Paulo...”

     Esse foi o ultimo comentário na postagem de ontem, e o pior, ta demorando e muito. A sensação que temos é que o Sr. Antonio José, não ta nem aí mesmo.
     Disse que viria em Itaperuna ontem, não veio e nem justificou a universidade encerrou suas atividades ontem às 18h, o silencio era sepulcral, ninguém fala nada.
    Estou hoje no Rio de Janeiro, liguei para Itaperuna e fui informado que estão tentando viabilizar o pagamento hoje, espero que não seja mais uma enrolarão.
    Pessoal as reuniões de avaliação são importantíssima, portanto, vamos nos esforçar para estarmos presente. Num movimento longo como esse não se pode deixar decisões importantes por conta apenas da liderança. Vamos chegar juntos.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

COMPLETAMOS HOJE DIA 18/04 O TERCEIRO DIA DA PARALISAÇÃO NA UNIG ITAPERUNA


Bem pessoal findou o terceiro dia da paralisação dos professores, nenhuma novidade, só que virá alguém de Nova Iguaçu, hoje em Itaperuna para conversar com os professores, uma conversa sem pauta e sem horário definido, pode isso?
Conversava hoje com uns funcionários da Universidade e eles falavam “o movimento aqui hoje esta pior do que nas férias, tudo vazio”. Esse é um quadro lamentável, nenhum de nós queria viver isso, mas fazer o que? Fomos desafiados! No dia da assembléia que deflagrou a paralisação um professor que trabalha na UNIG a mais de 10 anos dizia com muito pesar, “hoje é o dia mais triste da minha vida”, nós confiamos plenamente no sentimento do professor, mais o Sr. Antonio José não.
Fazer o que né? Vamos continuar mobilizados, buscando o diálogo, o entendimento e aguardando um gesto das pessoas que têm poder na Universidade.
Amanhã o Sindicato estará no Campus pela manhã e a tarde para nossas avaliações com os professores e a disposição para a conversa tão logo chegue em Itaperuna o Sr. Antonio José ou seus mensageiros.
Portanto pessoal, vamos nos manter firmes até que a solução chegue.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

ESTAMOS HOJE NO TERCEIRO DIA DE PARALISAÇÃO NA UNIG DE ITAPERUNA


ESTIVE PELA MANHÃ NO CAMPUS, TUDO PARADO, NÃO HÁ INFORMAÇÃO DE NADICA DE NADA.
A NOTA OFICIAL QUE SERIA PÚBLICADA HOJE ATÉ O PRESENTE MOMENTO 13h:30min TAMBEM NADA, ESSA APARENTE CALMARIA NOS PREOCUPA MUITO, O Dr. EUGENIO CARLOS LIGOU PARA A COORDENAÇÃO DE MEDICINA E PEDIU QUE AVISASE AOS PROFESSORES QUE AS AULAS ESTÃO SUSPENSAS ATÉ SEXTA FEIRA. ISSO SIGNIFICA QUE NOSSA GREVA VAI ENTRAR NA PROXIMA SEMANA, E QUE OS GESTORES NÃO ESTÃO PREOCUPADOS COM A ARRECADAÇÃO, QUE EM TESE COMEÇARIA NA PROXIMA SEMANA. VAI ENTENDER A CABEÇA DESSA GENTE, PARA NÃO PAGAR R$ 1.300.000,00 DEIXAM DE ARRECADAR 6.000.000,00, POIS CREIO QUE ALUNO NENHUM VAI PAGAR MENSALIDADE SEM TER AULAS.
A OUTRA COISA QUE NÃO ESTOU ENTENDENDO É O QUE VIRIA FAZER EM ITAPERUNA O Sr. ANTONIO JOSÉ, SEM FAZER NENHUM PAGAMENTO AOS PROFESSORES. TALVEZ ELE NÃO SAIBA É QUE MUITOS PROFESSORES MORAM FORA E QUE NÃO TÊM, PELO MENOS NESSE MOMENTO, MOTIVAÇÃO E NEM RECURSOS PARA SE DESLOCAREM PARA ITAPERUNA PARA MAIS ESSE ENCONTRO. POR FAVOR, SENHOR ANTONIO JOSÉ FAÇA LOGO OS DEPÓSITOS, DEPOIS SIM AGENTE CONVERSA.
LOGO MAIS AS 18h:30min ESTAREMOS NO CAMPUS PARA NOSSA AVALIAÇÃO DIARIA DO MOVIMENTO. ATÉ LÁ.

A esperança e o preconceito: as três batalhas de 2010


     Simone de Beauvoir disse que "a ideologia da direita é o medo". O medo foi o grande adversário de todas as campanhas de Lula. Desta vez, o fato de Lula ser governo desfaz grande parte das ameaças que antes insuflavam o temor entre os setores populares. O grande adversário dessa campanha não é mais o medo; tampouco é Serra, candidato de poucas alianças, sem programa e que esconde seu oposicionismo no armário. O grande adversário são os que estão por trás do tucanato e o utilizam como recurso político de uma guerra elitista, preconceituosa, autoritária e desigual. O artigo é de Arlete Sampaio.

     A campanha de 2010 não é apenas uma, mas pelo menos três grandes batalhas combinadas. Uma disputa política, dos que apóiam as conquistas do governo Lula contra aqueles que sempre as atacaram e agora se esquivam de dizer o que pensam e o que representam. Uma disputa econômica, dos que defendem o protagonismo brasileiro e sabem da importância central do estado na sustentação do crescimento, contra os que querem eletrocutar nossas chances de desenvolvimento com a proposta de "choque de gestão" e de esvaziamento do papel do estado. Finalmente, uma disputa ideológica entre, de um lado, a esperança de um país mais justo, igualitário e sem medo de ser feliz, contra, do outro lado, a indústria da disseminação de preconceitos. 
     Na disputa política, a popularidade do presidente Lula criou uma barreira que a oposição prefere contornar do que confrontar. Serra não quer aparecer como aquilo que ele realmente é: o anti-Lula. O mesmo anti-Lula que ele próprio foi em 2002 e que Alckmin fez as vezes, em 2006. Daí a tentativa de posar como "pós-Lula". A oposição irá para a campanha na vergonhosa condição de fingir que não é oposição, que concorda com o que sempre atacou, que quer melhorar o que tentou, a todo o custo, destruir. Os eternos adeptos da ideia de que o Brasil não pode, não dá conta e não consegue, agora, empunham o discurso de que o Brasil pode mais. 
      Diante do fato de que alguém precisa assumir o impopular ataque ao governo e ao presidente, para alvejar a candidatura governista, surgiram duas frentes. A mais aberta e declarada é realizada pela imprensa mais tradicional, a que tem relações orgânicas com o grande empresariado brasileiro e com uma elite política que a ela é comercialmente afiliada. 
      Na ânsia de conseguir, contra Dilma, o que não conseguiu em 2006 contra Lula, esta imprensa tomou para si a tarefa de tentar derrotar ambos. Para tanto, tem enveredado em um padrão autoritário que significa um retrocesso claro até se comparado a seu comportamento na época da ditadura. Naquela época, a ditadura era a justificativa de suas manchetes. Hoje, não. Se não fosse pela democracia e pela mídia regional e alternativa, a situação seria igual à vivida quando era mais fácil ter notícias fidedignas a partir da imprensa internacional do que pela grande imprensa brasileira. 
      Um exemplo: o tratamento dado à participação do presidente Lula na cúpula nuclear em Washington. Dois dos mais tradicionais jornais brasileiros (Estadão e Folha) deram manchetes idênticas ("Obama ignora Lula..."), numa prova não de telepatia, mas de antipatia. Um editorial ("O Globo", 14/4) chegou a dizer que "Lula isola Brasil na questão nuclear". Se contássemos apenas com esses jornais, teríamos que apelar à Reuters, ao Wall Street Journal, ao Financial Times ou à Foreign Policy para sabermos que a China mudou de posição por influência do Brasil e declarou oficialmente sua opção pelo diálogo com Teerã. 
      Seria demais pedir que se reproduzisse, por exemplo, o destaque dado à cúpula dos BRICs, que no jornal Financial Times e na revista Economist foram bem maiores do que o conferido à cúpula de Washington. Até hoje, porém, o fato de nosso país estar galgando a posição de polo dinâmico da economia mundial, de modo acelerado, é visto com desdém pelos que não acreditam que o Brasil pode mais. 
      A questão nuclear teve a preferência porque cai como uma luva à tentativa de trazer para 2010 a questão do terrorismo, além de demonstrar a relação que existe entre as campanhas anti-Dilma, declaradas e mascaradas. A questão do terrorismo é um curioso espantalho invocado pelos próprios corvos (para usar uma imagem apropriada ao lacerdismo que continua vivo na direita brasileira e em parte de sua imprensa). A diferença sobejamente conhecida e reconhecida entre guerrilha e terrorismo e o fato de que os grupos armados brasileiros sempre se posicionaram contra o terrorismo como forma de luta política são esquecidos. Durante a ditadura, os grupos armados eram acusados de terroristas pela mesma linha dura que arquitetava explodir um gasoduto no Rio e bombas no Riocentro para inventar terroristas que, de fato, não existiam. A parte da imprensa que, por conta própria, reedita o autoritarismo faz jus ao título de "jornalismo linha dura".
      No campo da política econômica, a batalha será igualmente ferrenha e desigual, apesar dos feitos extraordinários de Lula. Seu governo é de fato o primeiro na história do País a conseguir combinar crescimento econômico, estabilidade (política e econômica) e redução das desigualdades. Segundo estudos, o Brasil conseguiu avançar em termos sociais em ritmo mais acelerado do que o alcançado pelo estado de bem-estar social europeu em seus anos dourados. Mesmo isso não tem sido suficiente para abalar a aposta de alguns setores da elite econômica de que a principal tarefa a ser cumprida é a de tornar o Brasil o país com o estado mais acanhado dentre os BRICs. São os que querem o Brasil mirando o Chile, e não a China, em termos econômicos. Para alguns, que sempre trataram o Brasil como um custo em sua planilha, não importa o tamanho do país, e sim o tamanho de suas empresas. 
      O que se vê até o momento não é nada diante do que ainda está por vir, dado o espírito de "é agora ou nunca" da direita em sua crise de abstinência. Os ataques declarados são amenos diante da guerra suja que tem sido travada via internet, por mercenários apócrifos que disseminam mensagens preconceituosas.
      Dilma é "acusada" de não ter marido, de não ter mestrado, de não ter sido parlamentar. As piores acusações não são sobre o que ela fez, mas sobre o que ela não fez. As mais sórdidas são comprovadas mentiras, como a de ter sido terrorista. 
      Simone de Beauvoir disse que "a ideologia da direita é o medo". O medo foi o grande adversário de todas as campanhas de Lula, e ele foi vencido em duas, dentre cinco. Desta vez, o fato de Lula ser governo desfaz grande parte das ameaças que antes insuflavam o temor entre os setores populares. O grande adversário dessa campanha não é mais o medo; tampouco é Serra, candidato de poucas alianças, sem programa e que esconde seu oposicionismo no armário. O grande adversário são os que estão por trás do tucanato e o utilizam como recurso político de uma guerra elitista, preconceituosa, autoritária e desigual. 
      A oposição cometeu o ato falho de declarar que "o país não tem dono", mostrando que ainda raciocina como na época em que vendeu grande parte do patrimônio público e tratou o Brasil como terra de ninguém. Mas, por sorte, o país tem dono, sim. É o povo brasileiro. E, mais uma vez, é apenas com ele que contaremos quando outubro vier.

Arlete Sampaio é médica, foi vice-governadora do DF (1995-1998), deputada distrital (2003-2006) e secretária-executiva do Ministério do Desenvolvimento Social, na gestão de Patrus Ananias (2007-2009).

terça-feira, 27 de abril de 2010

A GREVE CONTINUA NA UNIG EM ITAPERUNA

           Hoje vencemos o segundo dia de paralisação dos professores da UNIG CAMPUS V, o movimento que foi deflagrado ontem continua com todo o vigor, pela manhã a direção do CAMPUS não tinha nenhuma informação para nos dar, aguardava contato de Nova Iguaçu, já antes da reunião das 18h:30min fui informado de que amanhã a Universidade divulgará uma nota e que o “velho” novo dono virá em Itaperuna na próxima quinta feira dia 29/04.
     Vários professores vieram à reunião da tarde, onde passamos os informes e avaliamos que não adianta o Sr. Antonio José vir a Itaperuna sem que caiam os salários prometidos na conta. O grupo entendeu que não vale a pena mobilizar professores para irem ao CAMPUS para mais uma conversa com o Sr. Antonio José, o ideal é montarmos uma comissão com um professor de cada curso para irmos juntos com o sindicato para essa conversa.
      Hoje no final da manhã houve um triste e lamentável incidente, no calor das manifestações alunos dos cursos de medicina e de odonto, se enfrentaram e um funcionário da UNIG levou uma cadeirada. Esse fato incomodou tanto que o professor Juliano, reuniu todos os coordenadores de curso e resolveram suspender as atividades acadêmicas do CAMPUS.
      TODOS UNIDOS PELA MOBILIZAÇAO, ATÉ AMANHÃ AS 9H PARA MAIS UMA REUNIÃO DE AVALIAÇÃO.     

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O CAMPUS V DA UNIG PARA GERAL


Hoje dia 26/04/2010 o CAMPUS V da UNIG parou, esses tem sido momentos muito difíceis para todos nós professores, na verdade ninguém queria parar, todos foram tolerantes ao máximo, porém, não teve jeito o “velho” novo dono da UNIG não cumpriu o que prometeu e a Universidade parou.
O Sr. Antonio José o “velho” novo dono da UNIG esteve em Itaperuna no ultimo dia 15/04/2010 e mais uma vez fez promessas furadas, dessa vez foi de que pagaria os salários de fev. e mar./2010 até 20/04 e que até 10/05 pagaria o mês de abriu para todos os professores. Na verdade e como esse blogueiro o previa não pagou. E até hoje 26/04 e pior não deu satisfação a ninguém.
Hoje dia 26/04 primeiro dia letivo após o feriadão, depois de passarmos os feriados nos comunicando por telefone e via rede, e os professores mostrando-se muito indignados com tamanha falta de respeito e consideração, chegamos pela manhã no CAMPUS, fomos à sala do diretor pra termos uma informação oficial da Universidade. Fomos informados pela secretária de que o professor Juliano, havia ido para Nova Iguaçu, juntamente com os coordenadores do curso de direito e odonto, professores Leandro e Elias e que quem estava respondendo pelo CAMPUS era o professor Sérgio coordenador do curso de farmácia. O professor Sérgio falou-me que o que tinha a dizer é que os professores, Juliano, Leandro e Elias haviam ido para Nova Iguaçu, juntos com o professor André Monteiro a busca de solução, mas busca de solução não atende aos professores que já estão indignados com tamanha humilhação.
Como estava previsto fizemos uma reunião com os professores às 9 horas mais tivemos um pequeno problema, baixa presença, muitos professores, já indignados, preferiram ficar em casa nem foram a Universidade, só que isso deu pouca representatividade a reunião. Então resolveu-se marcar uma grande reunião para amanhã as 9h:00min, lá no CAMPUS, para que possamos de forma mais sólida tomar decisões, mais ninguém foi para a sala de aula. À noite reunimos todos os professores, tínhamos uma presença muito maior, reforçamos a convocação para reunião de amanhã as 9h, mais também não houve aula.
Fizemos também uma reunião com os alunos hoje às 14h que foi altamente produtiva e enriquecedora, já pela manhã os alunos cumpriram bem o seu papel, fizeram um barulhaço que se repetiu a noite, fizeram faixas, manifestações tudo em apoio ao movimento dos professores.
Os professores pararam e continuarão parados até que o Sr. Antonio José cumpra o prometido: Pagamento de dois salários, fev. e mar./2010; não desconto do ponto dos professores de odonto e veterinária que iniciaram o movimento; estabilidade de 6 meses para todos os professores lotados no CAMPUS V no dia 26/04/2010, para contrapor ao assédio moral que impera pelo CAMPUS; pagamento em dia a partir do mês de abriu de 2010; além do compromisso do pagamento dos passivos de 2009 em até 6 meses a partir do fim da grave.
Bem professores, estamos convocando TODOS LÁ NO CAMPUS AMANHÃ CEDO ÀS 9h.

ASSEMBLÉIA NA UNIG CAMPUS

     Estamos convocando todos os professores da UNIG CANPUS – V – Itaperuna para uma assembléia, amanhã no lá no CAMPUS, as 9h:00min onde discutiremos o rumo a tomar diante do não cumprimento da promessa do Sr. Antonio José de pagar dois salários aos professores e um pagamento mensal até o dia 10 do mês subseqüente.
     Pela manhã, tivemos uma reunião com baixíssima presença, pois os professores estão ficando em casa para não se exporem, vamos estar no CAMPUS hoje à noite para garantirmos uma boa mobilização para amanhã.
     Hoje só medicina funcionou com normalidade, todos os outros cursos não funcionaram, vamos manter esse pique para a noite e deflagrar a greve geral a partir de amanhã.
     Vamos paralisar para que se cumpra as palavras do dono da UNIG:
 1. Pagamento de dois salários, fev. e mar/2010.
 2. Um salário por mês, até o décimo dia do mês subseqüente.
3. Não desconto de dias parados de nenhum professor.
4. Estabilidade de seis meses no emprego dos professores lotados na UNIG CAMPUS – V – Itaperuna em 25/04/2010.
Todos Amanhã no CAMPUS, NOSSA UNIDADE É A NOSSA FORÇA. A DIRETORIA

COLEGIADA DO SINPRO NNF

sábado, 24 de abril de 2010

Na UNIG CAMPUS - V: DEPRESSÃO, HUMILHAÇÃO E REPRESSÃO.


Bem pessoal atendendo a solicitação da professora que me enviou o E-mail que havia postado aqui n espaço tive que apagá-lo.
Cabe aqui um pedido público de desculpas a nossa professora, por ter publicado o conteúdo de sua mensagem sem que ela o autorizasse. Embora eu tenha tido o cuidado fazer alterações para evitar a identificação só ficou claro que era uma professora, bem enfim, mais uma vez mil perdões.
O mais engraçado é que ontem no final da manhã uma professora me ligou, dizendo  que estavam desconfiando ser ela a autora do E-mail, rimos muito.  A tarde fui para Natividade, participar de um encontro de crianças Presbiterianas e quando voltava do evento chegando em Itaperuna recebi outra ligação, agora da professora que me enviou, muito preocupada pois estava sendo identificada e que poderia sofrer retaliações, pedindo que eu apagasse a mensagem, quando cheguei em Itaperuna, minha esposa e meu filho mais velho já me aguardavam dentro do carro para virmos para Campos, num evento da família, quando cheguei, tomei banho, fomos ara o jantar vi que tinha um torpedo no meu celular, da professora, preocupada com a minha demora em apagar a postagem. Chamei um sobrinho num canto e ele me ajudou a arrumar um computador e tomar as providencias necessárias. Estou fazendo esse relato para que a professor não pense que houve descaso quanto a sua solicitação.
Agora o mais grave é que os fatos relatados são tremendamente triste e de extrema gravidade.
Portanto fiquemos atentos, até amanhã de manhã lá no CAMPUS da UNIG, se não houver nada de relevante até lá.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

NA UNIG, LAMENTAVELMENTE: NÃO TEM SALÁRIO, NÃO TEM TRABALHO.


O Sr. Antonio José teve a seu favor o calendário, mais nem assim aproveitou. Veio com aquela conversa de que só pagaria na terça, quando questionado de que essa poderia ser mais uma promessa que não fosse cumprida, se alterou, ficou irritadiço dizendo que o que tinha a dizer era aquilo e pronto, ponto final, mudou de assunto. Se pagasse até na quita feira, como já disse não cicatrizaria a ferida, porém aliviaria a dor mais pelo que vemos a questão não é aliviar e sim agravar. E agora? Não pagou na terça dia 20/04, não pagou na quinta 22/04, sexta feira é feriado, fica no ar a pergunta, quando será a próxima data? Ou melhor, quando pagará?
Vocês lembram da professora futuróloga? Ela não é socióloga, não é professora de direito, nem de história, tão pouco pedagoga é da área de saúde, mais tem uma capacidade incrível, uma lucidez invejável para fazer uma boa análise de conjuntura o que ela avaliou vai se materializar. Lembram que ela disse que nesse semestre só pagariam 3 salários e que os professores “agradecidos” fechariam o semestre aplicando a P2 até 10/06. É ou não o que está pintando?
Lembro-me que comentávamos sobre a avaliação da nossa querida professora “futurólóga” na sala dos professores do CAMPUS e um coordenador de curso me disse: - Isso não vai acontecer, não pode, nós não permitiremos. Pois é! Agora é que eu quero ver. Vamos ou não permitir?  
A professora “futuróloga” avisou, todos dizem que não vão aceitar, então temos que agir. E agir rápido, pois o tempo urge.
Temos também que reunirmos com os representantes dos estudantes, eles estão se colocando a disposição e como há resistência de alguns professores em envolver os estudantes nesse processo, temos levado essa questão em “banho Maria”, mais agora chega.
Como teremos reunião lá no CAMPUS as 9h00min com os professores, estou propondo uma reunião com os alunos as 14h00min lá na sede do SINPRO NNF, onde analisaremos a forma organizada de participação dos estudantes nesse processo.
Temos que pedir a nossa acessória jurídica que nos ajude a descobrir uma forma de fazermos os pagamentos das mensalidades em juízo, sem perdermos os descontos. E com isso garantirmos que a justiça possa fazer o pagamento dos professores e possamos a voltar a termos nossas aulas com o padrão de qualidade que nossos professores podem nos dar. Porque nessa confusão não há professor que tenha desempenho minimamente razoável.
Peço aos estudantes que entrem em contato conosco para confirmarmos a reunião através do E-mail paulorpgomes@yahoo.com.br ou do telefone 22 88166120.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

QUE SAIBAM DE UMA COISA: - OS PROFESSORES, DA UNIG, NÃO ESTÃO BRINCANDO.


Eu sei que o Sr. Antonio José não acredita nisso, mais deveria ter cuidado, os professores levantam uma Universidade ou jogam ela no limbo São eles é que tem o contato cotidiano com os alunos (clientes), nesse “negocio” Educação. Então Sr. empresário passe a trata-los com o mínimo de respeito. Eu fico, me perdoem a expressão “Abestalhado”, com a forma com que se brincam, desrespeitam, achincalham um ser humano e pior ainda um professor universitário. Eu creio Sr. Antonio José, que o calendário o favorece, portanto pague amanhã, dia 22/04 os dois salários prometidos, isso não cicatriza a ferida causada por mais essa enrolação, mais alivia a dor.
A grita é grande, hoje recebi vários telefonemas, vários E-mail’s muita gente chiando, perguntando o que fazer? O desespero chega ao cúmulo de professores proporem ações jocosas como mandar óleo de peroba de presente para o senhor Antonio José. A esse companheiro eu quero dizer que embora a idéia pareça boa, ela contribui pouco, fica tudo na “brincadeira” não cumprir palavra, mandar presente engraçadinho, isso não cabe, o momento é delicado e temos que trata-lo com muita serenidade e respeito e firmeza.
A saída que temos é discutirmos na segunda feira, um professor da Odontologia já me avisou que sem os dois salários não trabalham na segunda feira, eu creio de a adesão ao movimento deve aumentar, portanto vamos todos lá no CAMPUS na segunda as 9h00min, se não nos cederem um espaço, conforme prometeu o professor Juliano, nos reuniremos no pátio.
Um outro assunto que eu quero tratar com os companheiros professores da UNIG CAMPUS V é a questão dos passivos. Em minha opinião não dá pra discutir pagamento de passivo de 2009 se não pagam os salários de 2010. Já que eles nos enrolaram e criaram mais esse passivo e nós já o aceitamos sem nenhum questionamento, tudo bem. Mais agora o que temos é que garantir um pagamento mensal e depois passivo. A tática do Sr. Antonio José foi estimular um debate de passivo, botou um contrabando de TAC, que ninguém havia falado disso, e levou a reunião para onde ele quis lugar nenhum. Pois ele já sabia que não ia pagar salários ainda mais passivos. Temos que ter objetivos e o primeiro é um salário por mês, depois, pendências é o que não faltam. 

"Salário não se discute, se paga". “Prioridade é o pagamento dos salários" Antonio José


E agora companheirada? Vamos deixar a responsabilidade da luta só nos ombros dos companheiros de Odonto e da Veterinária ou vamos dividir o fardo com eles?
 É inadmissível nós ficarmos omissos diante de um quadro tão grave e triste como esse.
A capacidade do Sr. Antonio José de brincar com as necessidades, com a miséria e com a fragilidade das pessoas é incrível, honestamente esse senhor é uma figura. Creio que ele se diverte, dar gargalhadas mesmo, quando sai de Itaperuna recebendo manifestação de apoio como a da professora do curso de Direito que desqualifica o Sindicato, dizendo ser ele digno da confiança da totalidade dos professores. E agora professores? Com manifestações desse tipo ele vai continuar sem pagar e nós vamos continuar a confiar?
Temos que dar um basta, temos que fazer algo, continuar a lecionar é ridículo, estou propondo uma reunião lá no CAMPUS, na segunda feira as 9h00min e ninguém começar a dar aulas cedo antes das 9h00min, vamos ficar reunidos até que tenhamos uma solução definitiva e que não seja mais uma promessa vazia.
Veja que ridículo Sr. Antonio José, essa não é a forma que gostaríamos de receber os novos alunos de medicina, o bom era estarmos lá para dar-lhes as boas vindas, falar para eles e seus familiares da competência do corpo acadêmico, da estrutura física da Universidade, do hospital e que se se dispuserem poderão ser grandes profissionais. Agora temos que dize-los, sem salários os professores não podem trabalhar, suas expectativa de inicio de aula vai se adiar mais um pouco porque não podemos confiar nas promessas dos “velho” novo dono da UNIG. Só temos a lamentar, é pena que o Sr. não esteja nem aí para as necessidade de seus professores.  
Sem querer ameaçar mais sendo muito sincero quero alertar aos coordenadores que pressionarem professores com ameaças, assédio moral, nós vamos publicar os seus nomes, não só aqui no blog, mais na grande imprensa inclusive da capital e esse é mais um desgaste do qual poderíamos poupar a nossa tão frágil “NOVA UNIG”.

Essa pérola eu achei no twitter do Chico_Pinto

Chico_Pinto Instituto de Pesquisa em época de eleição é como Instituto de Beleza em período de festa: quem pagar mais sai melhor maquiada!!!

''Uma nova regulação do capitalismo não resolverá a crise do sistema mundial''

     Os movimentos "altermundialistas", diz François Houtart, foram os que, com maior realismo, advertiram sobre o caráter dos desequilíbriosecológicos globais.
     A reportagem é de Fabián Bosoer, publicada no jornal Clarín, 18-04-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
     Os movimentos de resistência à globalização, "globalifóbicos" ou "altermundialistas", apesar de sua heterogeneidade e seu caráter contestador, tiveram a virtude de advertir sobre a necessidade de respostas e mudanças mais radicais aos desequilíbrios gerados por um predomínio dos mercados financeiros internacionais. Apelidados de "utópicos", acabaram sendo os mais realistas, mesmo que algumas vozes continuam sem ser devidamente atendidas.
      Essa opinião é de François Houtart, sacerdote católico e intelectual marxista, fundador e diretor do Centro Tricontinental da Universidade Católica de Louvain, Bélgica. É um dos principais referenciais intelectuais do chamado "altermundialismo". Houtart teve também a oportunidade de participar da formação de uma geração de sociólogos latino-americanos que estudaram em Louvain entre os anos 60 e 80, sentando as bases dos estudos de sociologia da religião no nosso continente.
     Mais recentemente, integrou a comissão de notáveis presidida no ano passado por Joseph Stiglitz e encarregada pelo secretário-geral da ONU para elaborar recomendações sobre como enfrentar a crise econômica global. Ele esteve em Buenos Aires, convidado para falar na Conferência Internacional "Direitos Humanos e democratização: entre público e privado, entre local e global", organizada pela Universidade Nacional de San Martín e várias ONGs internacionais.
Eis a entrevista.
      Passou-se mais de uma década desde o surgimento do chamado "movimento antiglobalização". Como o senhor, um de seus inspiradores, lembra de seus momentos principais?
     Podemos situar um momento das origens do que nós passamos a chamar de "altermundialismo" em 1999, quando, a partir da iniciativa de um grupo de movimentos sociais de diferentes continentes organizamos uma contra-conferência ao Fórum de Davos, na Suíça. Isso teve uma grande repercussão. Estavam ali o Movimento dos Sem Terra do Brasil, os sindicatos operários da Coreia do Sul, cooperativas agrícolas de Burkina Faso, movimentos de mulheres do Canadá e o movimento de desempregados da França, junto com um grupo de intelectuais e acadêmicos como Susan George, Samir Amin e Ricardo Petrella. Podemos ir ali e brindar nossa palavra, enquanto estavam reunidos os representantes e líderes das economias mais ricas e as instituições financeiras mundiais. Fizemos um grande barulho, e, desde então, se começou a falar de "o outro Davos".
     Que resultados obtiveram? O que propuseram então foi antecipação às crises que viriam anos mais tarde?
     Naquela coletiva de imprensa, dissemos que não podíamos continuar assim, que era preciso reorientar a economia mundial. E como os brasileiros estavam ali conosco, deles veio a ideia do Fórum Social Mundial, frente ao Fórum Econômico Mundial de Davos, que foi organizado dois anos depois. Desde então, já foram organizados nove Fóruns Sociais Mundiais e outros também continentais, nacionais, temáticos, e são centenas de milhares de pessoas que se mobilizaram durante esses anos. Dois fóruns foram organizados fora da América Latina, um em Mumbai, na Índia, e outro em Nairóbi, na África, mas a maioria aconteceu na América Latina, o que teve um impacto positivo, segundo acredito, também sobre a evolução política do continente. A conquista principal foi desenvolver uma consciência coletiva mundial nova e, por outro lado, ser um lugar onde se constituíram ou se reforçaram muitas redes de movimentos e de temáticas sobre a água, sobre a Amazônia, a vida campesina etc.
     O senhor propôs verdadeiras alternativas ou ficou no meramente contestador?
     Fazer conhecer determinadas situações é fundamental. Não estamos falando de de sistemas ideológicos contrapostos ou confrontados, mas sim de uma experiência histórica que também está se esgotando, e precisamos de alternativas de futuro. Há uma lógica que está destruindo o planeta.
     Um exemplo concreto?
     Um exemplo é a agroenergia, que se propõe como uma solução à crise ambiental e energética, e não é. De fato, a combustão dos motores ou a produção de dióxido de carbono é menor quando se utilizar etanol ou agrodiesel, mas quando se toma todo o processo de produção, de transformação, de distribuição dessa energia, a conclusão é que, em geral, não é melhor, porque destroem-se as selvas, destrói-se a biodiversidade, contaminam-se os solos, a água. Por outro lado, é uma solução muito marginal para a energia. Por exemplo, na Europa, que decidiu utilizar 20% de energia de origem agrícola para o ano 2020, nos transportes, com toda a produção de agroenergia, neste momento, daqui até 2020, podemos esperar só responder ao aumento da demanda, não à demanda total. Nesse aspecto também não é uma solução. E, por outro lado, se se quer que a agroenergia tenha uma certa contribuição para enfrentar a crise energética, devem-se utilizar milhões de hectares de terras na Ásia, na África e na América Latina, porque não existem terras suficientes na Europa, e isso pode levar à expulsão de pelo menos 60 milhões de agricultores de suas terras. Isso já está acontecendo na África, na América Latina e em certas regiões da Ásia também.
     No entanto, existe um fenômeno de profunda reconversão produtiva, revolução tecnológica e dos alimentos e vivemos um ciclo de crescimento que parece inclusive recobrar sua dinâmica depois da crise financeira de 2008. Como se compatibiliza isso com a crise do capitalismo que o senhor descreve?
     Vamos à análise dessa última grande crise. Naquele momento, se reuniu no marco da Assembleia Geral da ONU uma comissão de notáveis presidida pelo prêmio Nobel Joseph Stiglitz. Eu tive a oportunidade de participar nela como representante pessoal do presidente da Assembleia Geral, que era Miguel D'Escoto, ex-chanceler nicaraguense. Ali ficaram fixadas grandes posições diante da crise e se concordou sobre a proposta de estabelecer novas regulações ao sistema econômico internacional, que havia saído do seu leito normal. Nessa orientação, coincidiam tanto os que queriam poucas regulações e transitórias, como o G-20, e uma posição mais neokeynesiana, a favor de regulações mais fortes e permanentes. Por exemplo: abolir os paraísos fiscais, o segredo bancário, instituir uma nova instituição de controle global da economia etc. Evidentemente, a maioria dessas propostas não foram aceitas pelas Nações Unidas.
     O senhor acha que essas respostas, o ajuste ou a reforma do sistema, são suficientes?
     Sim. Mas fora desse consenso mais amplo, surgem no entanto outras duas propostas. A primeira é a do próprio capitalismo liberado de ataduras, uma posição quase naturalista – se poderia dizer "darwinista" – que consiste em dizer que as grandes crises são saudáveis para o próprio sistema, porque permitem eliminar os elementos "fracos" ou "enfermos", e assim retomar o processo de reacodomodação de maneira mais sadia, e a economia sairá assim fortalecida e pujante. Mas há uma terceira opção e é a de dizer: estamos em uma situação tal, não apenas de uma crise financeira ou econômica, mas sim de uma combinação de crises, alimentar, energética, climática e finalmente uma crise social profunda, entendendo que uma nova regulação do capitalismo não resolverá a crise do sistema mundial.
     O que isso significa concretamente?
     Significa retomar o que poderíamos chamar de "os fundamentos da vida coletiva" da humanidade na Terra, começando pela nossa relação com a natureza. Significa passar da exploração ilimitada dos recursos ao respeito como fonte de vida. Significa, evidentemente, uma nova filosofia e, de maneira muito concreta, que não é aceitável a propriedade privada irrestrita dos recursos naturais não renováveis e particularmente dos recursos energéticos e que não se pode aceitar que coisas tão essenciais para a vida como a água sejam regidas exclusivamente pela lógica do mercado. Isso questiona também as posturas do socialismo do século XX que estava dentro da mesma filosofia de um progresso sem fim e de uma natureza inesgotável. Se não fizermos isso, vamos continuar destruindo a natureza e autodestruindo as nossas sociedades humanas, levando-as a um ponto de saturação e de catástrofes sem retorno. Calculou-se que a cada ano o período de recuperação da natureza termina mais cedo. Embora seja um cálculo um pouco abstrato, vale a pena levá-lo em consideração: no ano passado, esse tempo de recuperação terminou no dia 23 de setembro. Isto é, no dia 23 de setembro de 2009, esgotamos, pela atividade humana, toda possibilidade de recuperação do planeta. E a cada ano essa data se adianta. Significa que esse tipo de modelo, subsumido pela economia e desprovido de valores éticos, deve ser repensado no curto, médio e longo prazo. Como dizemos: outro mundo é possível.

terça-feira, 20 de abril de 2010

AULA BREVE E SUSCINTA SOBRE A EFICIÊNCIA ESTRATÉGICA DOS MÉTODOS DO DR. JOSEPH GOEBBEL



Recebi de um amigo de Santa Cataria esse E-mail e não posso deixar de repassa-lo, devido a sua importância estratégia e pedagógica.
Paulo Roberto 

Meus amigos,
 Freqüentemente me perguntam por que me preocupo tanto com as mentiras da Internet... Tentarei explicar (os links estão ativos para eventual verificação das informações).
 Recentemente tivemos um exemplo clássico:
  • Em 11/04/2010 (domingo) a Folha de São Paulo publicou a notícia de que a candidata Dilma teria criticado os exilados políticos brasileiros, com a seguinte manchete: "Dilma ataca rival e diz que não fugiu da luta na ditadura";
  • Na reportagem ela teria dito "Eu não fugi da luta e não deixei o Brasil";
  • E a coisa passou a ser replicada pelo Brasil a fora.
Agora vem a melhor parte:
 São Paulo, quinta-feira, 15 de abril de 2010
Em parte dos exemplares, foi publicado erroneamente que a pré-candidata do PT à Presidência disse, em evento em São Bernardo no último sábado: "Eu não fugi da luta e não deixei o Brasil". A declaração correta, publicada na maior parte dos exemplares, é: "Eu nunca fugi da luta ou me submeti. E, sobretudo, nunca abandonei o barco". O grifo é meu.
 Alguém poderá dizer: foi só um errinho.
 Fazendo uma busca no Google com a frase "dilma critica exilados", encontraremos aproximadamente 28.500 links ativos.
Contudo, se fizermos uma pesquisa no Google com a frase "dilma desmente critica exilados", vamos obter 2.710 links no Google.
 Agora, pense que daqui há 100 anos alguém vai fazer um estudo sobre Dilma... Ele vai encontrar, na Internet, 28.500 referências a uma mentira e 2.710 referências à verdade...
Placa final: 9% para a verdade, 91% para a mentira.
São coisas desse tipo que me fazem ser neurótico com a VERDADE na Internet (e nos jornais e televisão)
 Um grande abraço,
Clóvis Ático
------------------
Não acredite em todo e-mail que recebe.
Pessoas sem escrúpulos se divertem criando mentiras e encaminhando aos amigos.
Amigos inocentes repassam as mentiras e outros acreditam.
Desconfie sempre e faça sua própria pesquisa para confirmar a informação recebida.
Somos os donos da Internet... É nosso dever zelar para que ela seja confiável.

SEMANA PEQUENA MAIS COM BOAS NOVIDADES: PELO MENOS É O QUE SE ESPERA.


As duas boas noticias que temos para divulgar aqui do espaço são:
  1. Na próxima segunda feira dia 26/04 inicia-se a nova turma de medicina da UNIG, isso é muito bom para a região, os alunos e suas famílias alguns já estão na cidade e outros chegando; alugando imóveis, montando suas casas, comendo nos restaurantes e lanchonetes, abastecendo nos postos de gasolina, contratando as arrumadeiras e cozinheiras, etc, etc. Afora os fatores econômicos externos, a comunidade acadêmica também, tem o que comemorar; a alegria de aprovar junto ao MEC o reingresso de alunos ao curso de medicina e de recebe-los na universidade.
  2. Segundo é que está agendado para hoje o pagamento de 2 salários aos professores da UNIG, fevereiro e março/2010. Na ultima quinta feira dia 15/04 esteve em Itaperuna reunido com os professores o “velho” novo dono da UNIG o Sr. Antonio José, usou mais uma vez de suas frases de impacto tipo: “Salário não se discute, se paga” e “Prioridade é o pagamento dos salários”, (imaginem se não fosse), e garantiu que hoje estaria na conta. Se isso se confirmar também será um a mais para o comércio da região, pois estará sendo devolvido a praça cerca de R$ 1.300.000,00 no dia de hoje. Eu disse devolvendo porque a UNIG, tem hoje uma arrecadação mensal de aproximadamente R$ 6.000.000,00, com mensalidades, é uma grana que sai da região, não pagando os salários dos professores o que fica é muito pouco, só despesas com manutenção que é ínfima. 

domingo, 18 de abril de 2010

Vamos manter viva a universidade dos trabalhadores!


Caros(as) amigos(as):

      A Escola Nacional Florestan Fernandes pede a sua ajuda urgente para se manter em funcionamento (veja como contribuir, no final deste texto). 

     Situada em Guararema (a 70 km de São Paulo), a escola foi construída, entre os anos 2000 e 2005, graças ao trabalho voluntário de pelo menos mil trabalhadores sem terra e simpatizantes. Nos cinco primeiros anos de sua existência, passaram pela escola 16 mil militantes e quadros dos movimentos sociais do Brasil, da América Latina e da África. Não se trata, portanto, de uma “escola do MST”, mas de um patrimônio de todos os trabalhadores comprometidos com um projeto de transformação social. Entretanto, no momento em que o MST é obrigado a mobilizar as suas energias para resistir aos ataques implacáveis dos donos do capital, a escola torna-se carente de recursos.  Nós não podemos permitir, sequer tolerar a ideia de que ela interrompa ou sequer diminua o ritmo de suas atividades.
 A escola oferece cursos de nível superior, ministrados por mais de 500 professores, nas áreas de Filosofia Política, Teoria do Conhecimento, Sociologia Rural, Economia Política da Agricultura, História Social do Brasil, Conjuntura Internacional, Administração e Gestão Social, Educação do Campo e Estudos Latino-americanos. Além disso, cursos de especialização, em convênio com outras universidades (por exemplo, Direito e Comunicação no campo).
     O acervo de sua biblioteca, formado com base em doações, conta hoje com mais de 40 mil volumes impressos, além de conteúdos com suporte em outros tipos de mídia. Para assegurar a possibilidade de participação das mulheres, foram construídas creches (as cirandas), onde os filhos permanecem enquanto as mães estudam.
     A escola foi erguida sobre um terreno de 30 mil metros quadrados , com   instalações de tijolos fabricados pelos próprios voluntários. Ao todo, são três salas de aula , que comportam juntas até 200 pessoas , um auditório e dois anfiteatros, além de dormitórios, refeitórios e instalações sanitárias. Os recursos para a construção foram obtidos com a venda do livro Terra ( textos de José Saramago, músicas de Chico Buarque e fotos de Sebastião Salgado ), contribuições de ONGs europeias e doações .
    Claro que esse processo provocou a ira da burguesia e de seus porta-vozes “ilustrados”. Não faltaram aqueles que procuraram, desde o início, desqualificar a qualidade do ensino ali ministrado, nem as “reportagens” sobre o suposto caráter ideológico das aulas (como se o ensino oferecido pelas instituições oficiais fosse ideologicamente “neutro”), ou ainda as inevitáveis acusações caluniosas referentes às “misteriosas origens” dos fundos para a sustentação das atividades. As elites, simplesmente, não suportam a ideia que os trabalhadores possam assumir para si a tarefa de construir um sistema avançado, democrático, pluralista e não alienado de ensino. Maldito Paulo Freire!
 Os donos do capital têm mesmo razões para se sentir ameaçados. Um dos pilares de sustentação da desigualdade social é, precisamente, o abismo que separa os intelectuais das camadas populares . O “ povão ” é mantido à distância dos centros produtores do saber . A elite brasileira sempre foi muito eficaz e inteligente a esse respeito . Conseguiu até a proeza de criar no país uma universidade pública ( apenas em 1934, isto é, 434 anos após a chegada de Cabral) destinada a excluir os pobres .
     Carlos Nelson Coutinho e outros autores já demonstraram que, no Brasil, os intelectuais que assumem a perspectiva da transformação social sempre encontraram dois destinos : ou foram cooptados ( mediante o “apadrinhamento” , a incorporação domesticada nas universidades e órgãos de serviços públicos , ou sendo regiamente pagos por seus escritos , ou recendo bolsas e privilégios etc.), ou os poucos que resistiram foram destruídos ( presos , perseguidos, torturados, assassinados) .
 Apenas a existência de movimentos sociais fortes , nacionalmente organizados e estruturados poderiam fornecer aos intelectuais oriundos das classes trabalhadoras ou com elas identificados a oportunidade de resistir , produzir e manter uma vida decente, sem depender dos “ favores ” das elites . Ora , historicamente, tais movimentos foram exterminados antes mesmo de ter tido tempo de construir laços mais amplos e fortes com outros setores sociais.
     A ENFF coloca em cheque, esse mecanismo histórico. A construção da escola só foi possibilitada pela prolongada sobrevivência relativa do MST (completou 25 anos 2009, um feito inédito para um movimento popular de dimensão nacional ), bem como o método por ele empregado , de diálogo e interlocução com o conjunto da nação oprimida. Esse método permitiu o desenvolvimento de uma relação genuína de colaboração entre a elaboração teórica e a prática transformadora.
 É uma oportunidade histórica muito maior do que a oferecida ao próprio Florestan Fernandes, Milton Santos , Paulo Freire e tantos outros grandes intelectuais que , apesar de todos os ataques dos donos do capital, souberam apoiar-se no pouquíssimo que havia de público na universidade brasileira para elaborar suas obras 
 Veja como você pode participar da Associação dos Amigos da Escola Florestan Fernandes
     Em dezembro, um grupo de intelectuais, professores, militantes e colaboradores resolveu criar a Associação dos Amigos da Escola Nacional Florestan Fernandes, com três objetivos bem definidos: 1 – divulgar as atividades da escola, por todos os meios possíveis, incluindo sites, newsletter e blogs; 2 – iniciar uma campanha nacional pela adesão de novos sócios; 3 – promover uma série intensa de atividades, em São Paulo e outros estados, para angariar fundos, com privilégios especiais concedidos aos membros da associação.
      O seu Conselho de Coordenação é formado por José Arbex Junior, Maria Orlanda Pinassi e Carlos Duarte. Participam do Conselho Fiscal: Caio Boucinhas, Delmar Mattes e Carlos de Figueiredo. A sede situa-se na Rua da Abolição n° 167 - Bela Vista - São Paulo – SP – Brasil - CEP 01319-030            
Para ficar sócio pleno, você deverá pagar a quantia de R$ 20,00 (vinte reais) mensais, ou poderá tornar-se sócio solidário, caso queira contribuir com uma quantia diferente (maior ou menor do que os R$ 20,00 mensais). Esses recursos serão diretamente destinados às atividades da escola ou, eventualmente, empregados na organização de atividades para coleta de fundos (por exemplo: seminários, mostras de arte e fotografia, festivais de música e cinema).
     Para obter mais informações sobre como participar e contribuir, procure a secretaria executiva Magali Godoi através dos telefones: 3105-0918; 9572-0185; 6517-4780, ou do correio eletrônico: associacaoamigos@ enff.org. br.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Visita do “novo” velho dono da UNIG a Itaperuna: Muita informação e nenhuma solução.

      Ontem às 13h em ponto o “novo” velho dono da UNIG começou a reunião que teria com os professores e o SINDICATO (pelo menos em horário o homem é pontual).Logo de inicio disse: - a culpa é minha pelo atraso dos salários, são decisões que o gestor tem que tomar e errei na avaliação, mas tenham a certeza, na próxima terça feira dia 20/04 pagarei para todos os professores duas folhas de pagamento, fevereiro e março, portanto 2010 ficará em dia. E voltou a afirmar: - a partir de maio até o décimo dia pagarei a folha do mês anterior. Deu mais informações de como anda a Universidade e abriu o microfone para os presentes na plenária e o silencio foi sepulcral. Ficaram todos atônitos, mais promessas e salário que pode aliviar a tensão e o sacrifício da grande maioria só na próxima terça feira.
      O difícil é o professor acreditar em mais uma promessa. Um representante do sindicato e falou da pouca credibilidade da instituição junto aos professores, pois são inúmeras promessas não cumpridas e que o silencio sepulcral era reflexo da absoluta falda de confiabilidade em mais uma promessa. Ao que o Sr. Antonio José respondeu que não haveria o que fazer.
     Nós, queremos, torcemos e alguns têm profunda necessidade que essa não seja mais uma promessa frustrante para a categoria. Porém....
     Os nossos bravos companheiros de odontologia e veterinária vão manter as paralisações até que as promessas sejam efetivamente cumpridas, aos outros cursos falta à mobilização que eles também não querem construir e vão na linha da terrível submissão, a situação mais grave é dos professores do curso de direito, de onde eu particularmente esperava muito mais, teve pouquíssima presença na reunião com o Sr.Antonio José e apenas uma presença na assembléia que o SINDICATO fez logo após a reunião oficial da Universidade. A única intervenção feita por um professor de direito na reunião foi para desestabilizar o SINDICATO dizendo para o Sr. Antonio José que o silencio sepulcral do plenário era mais um voto de total confiança em suas promessas e não desconfiança como afirmara o representante do SINDICATO.
     Picuinhas a parte, vamos ao que interessa. A boa noticia trazida pelo “novo” velho dono da UNIG é que já na próxima segunda feira, dia 19/04 vai iniciar a turma de medicina com os 43 ou 44 alunos aprovados no ultimo vestibular de 2008, como já anunciamos vai ter perda de férias, sábados letivos e etc. Mais tudo bem, todos temos consciência que é com luta que se vence e disposição é o que não falta no corpo acadêmico do CAMPUS V a outra boa noticia é que diferente do que foi publicado no CAMPUS V foram aprovados MEC 60 alunos por semestre e não por ano. Portanto em junho novo vestibular para mais 60 vagas nesse segundo semestre.
     Agora é aguardar, até terça feira, vamos pagar pra ver.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

ENTÃO SOU DE ESQUERDA

Publico essa matéria do brilhante Emir Sader, por ter de mim plena concordância.
      Diante de alguns argumentos que ainda subsistem sobre o suposto fim da divisão entre direita e esquerda, aqui vão algumas diferenças. Acrescentem outras, se acharem que a diferença ainda faz sentido.
Direita: A desigualdade sempre existiu e sempre existirá. Ela é produto da maior capacidade e disposição de uns e da menor capacidade e menor disposição de outros. Como se diz nos EUA, “não há pobres, há fracassados”.
Esquerda: A desigualdade é um produto social de economias – como a de mercado – em que as condições de competição são absolutamente desiguais.
Direita: É preferível a injustiça, do que a desordem.
Esquerda: A luta contra as injustiças é a luta mais importante, nem que sejas preciso construir uma ordem diferente da atual.
Direita: É melhor ser aliado secundário dos ricos do mundo, do que ser aliado dos pobres.
Esquerda: Temos um destino comum com os países do Sul do mundo, vitimas do colonialismo e do imperialismo, temos que lutar com eles por uma ordem mundial distinta.
Direita: O Brasil não deve ser mais do que sempre foi.
Esquerda: O Brasil pode ser um país com presença no Sul do mundo e um agente de paz em conflitos mundiais em outras regiões do mundo.
Direita: O Estado deve ser mínimo. Os bancos públicos devem ser privatizados, assim como as outras empresas estatais.
Esquerda: O Estado tem responsabilidades essenciais, na indução do crescimento econômico, nas políticas de direitos sociais, em investimentos estratégicos como infra-estrutura, estradas, habitação, saneamento básico, entre outros. Os bancos públicos têm um papel essencial nesses projetos.
Direita: O crescimento econômico é incompatível com controle da inflação. A economia não pode crescer mais do que 3% a ano, para não se correr o risco de inflação.
Direita: Os gastos com pobres não têm retorno, são inúteis socialmente, ineficientes economicamente.
Esquerda: Os gastos com políticos sociais dirigidas aos mais pobres afirmam direitos essenciais de cidadania para todos.
Direita: O Bolsa Família e outras políticas desse tipo são “assistencialismo”, que acostumam as pessoas a depender do Estado, a não ser auto suficientes.
Esquerda: O Bolsa Família e outras políticas desse tipo são essenciais, para construir uma sociedade de integração de todos aos direitos essenciais.
Direita: A reforma tributária deve ser feita para desonerar aos setores empresariais e facilitar a produção e a exportação.
Esquerda: A reforma tributária deve obedecer o principio segundo o qual “quem tem mais, paga mais”, para redistribuir renda, com o Estado atuando mediante políticas sociais para diminuir as desigualdades produzidas pelo mercado.
Direita: Quanto menos impostos as pessoas pagarem, melhor. O Estado expropria recursos dos indivíduos e das empresas, que estariam melhor nas mãos destes. O Estado sustenta a burocratas ineficientes com esses recursos.
Esquerda: A tributação serva para afirmar direitos fundamentais das pessoas – como educação e saúde publica, habitação popular, saneamento básico, infra-estrutura, direitos culturais, transporte publico, estradas, etc. A grande maioria dos servidores públicos são professores, pessoal médico e outros, que atendem diretamente às pessoas que necessitam dos serviços públicos.
Direita: A liberdade de imprensa é essencial, ela consiste no direito dos órgãos de imprensa de publicar informações e opiniões, conforme seu livre arbítrio. Qualquer controle viola uma liberdade essencial da democracia.
Esquerda: A imprensa deve servir para formar democraticamente a opinao pública, em que todos tenham direitos iguais de expressar seus pontos de vista. Uma imprensa fundada em empresas privadas, financiadas pela publicidade das grandes empresas privadas, atende aos interesses delas, ainda mais se são empresas baseadas na propriedade de algumas famílias.
Direita: A Lei Pelé trouxe profissionalismo ao futebol e libertou os jogadores do poder dos clubes.
Esquerda: A Lei Pelé mercantilizou definitivamente o futebol, que agora está nas mãos dos grandes empresários privados, enquanto os clubes, que podem formar jogadores, que tem suas diretorias eleitas pelos sócios, estão quebrados financeiramente. A Lei Pelé representa o neoliberalismo no esporte.
Direita: O capitalismo é o sistema mais avançado que a humanidade construiu, todos os outros são retrocessos, estamos destinados a viver no capitalismo.
Esquerda: O capitalismo, como todo tipo de sociedade, é um sistema histórico, que teve começo e pode ter fim, como todos os outros. Está baseado na apropriação do trabalho alheio, promove o enriquecimento de uns às custas dos outros, tende à concentração de riqueza por um lado, à exclusão social por outro, e deve ser substituído por um tipo de sociedade que atenda às necessidades de todos.
Direita: Os blogs são irresponsáveis, a internet deve ser controlada, para garantir o monopólio da empresas de mídia já existentes. As chamadas rádios comunitárias são rádios piratas, que ferem as leis vigentes.
Esquerda: A democracia requer que se incentivo aos mais diferentes tipos de espaço de expressão da diversidade cultural e de opinião de todos, rompendo com os monopólios privados, que impedem a democratização da sociedade. Por Emir Sader.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Viver é um direito de todos

13/04/2010 - 11h04

Por Lenise Garcia*, para Pauta Social

   Defender a descriminalização do aborto afronta todos desejos nobres.

     A aprovação do Decreto 7.037, de 21 de dezembro de 2009, que institui o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), aqueceu ainda mais o debate a respeito do aborto, já que o plano inclui a sua legalização em qualquer circunstância como direito e, dessa forma, afronta o primeiro de todos os direitos humanos: o direito à vida! Os direitos fundamentais não são uma invenção da sociedade. São reconhecidos para proteger a dignidade da pessoa humana.
     De acordo com Giorgio Filibeck, "a dignidade do ser humano ou é integral ou não é". Refletir sobre esse conceito já é um bom começo para uma discussão que exige coerência, quebra de paradigmas e disposição para encararmos com honestidade uma outra questão: que tipo de sociedade queremos ser? Suponho que a desejamos moderna, evoluída, social e economicamente sustentável, democrática e justa.
     Ora, uma sociedade que nega o direito do outro nascer não pode se enquadrar em nenhuma dessas categorias, tão anunciadas e perseguidas hoje em dia. Queremos ser evoluídos e observadores das práticas de sustentabilidade, mas em todo seu conjunto. Queremos preservar o meio ambiente, queremos – e merecemos – viver em uma sociedade com economia estável e saudável, queremos viver em um país que privilegia a Ética e garante o direito ao livre pensar, mas precisamos viver essa modernidade com responsabilidade.
     Defender a descriminalização do aborto afronta todo esse elenco de desejos nobres. Não podemos ficar cegos frente a uma questão tão pertinente e fundamental: a defesa de uma vida. A vida humana é um direito natural anterior ao Estado, que o mesmo deve reconhecer – e reconhece - como direito fundamental. Por isso, sua garantia é a consagração da própria democracia. Não se trata de direito constituído pelo Estado e, portanto, nenhum grupo social poderá decidir quando outros devem morrer. É um direito inquestionável, conforme preceitua o art. 5º da Constituição Federal e o art. 2º do Código Civil Brasileiro.
     Confundir a população com o discurso de que a descriminalização do aborto é uma questão de saúde pública é buscar um atalho sombrio para encurtar o caminho e que não nos levará a nenhum lugar seguro. Saúde pública e educação são temas que precisam caminhar juntos e SIM precisam de atenção urgente e investimentos sérios e bem planejados, incluída a saúde dos bebês ainda no útero de suas mães. Assim nossas meninas poderão se tornar mulheres saudáveis e seguras para exercer seu direito de escolha sobre a maternidade, antes que ela já seja um fato em suas vidas.
     Ou seja, que homens e mulheres possam decidir sobre o momento e o desejo de serem pais antes de uma concepção. Todos os casais que desejam um filho já se consideram pais quando a mulher engravida, pois isso é uma realidade. Ora, a criança que surge de forma inesperada não tem menor direito e dignidade, é igualmente sua filha. A população brasileira quer uma sociedade de primeiro mundo, com recursos e tecnologia de um país desenvolvido. Mas quer também ver garantidos os direitos naturais e inquestionáveis, como o direito a vida. As últimas pesquisas de opinião realizadas sobre esse tema apontam que 87% da população brasileira é contrária à prática do aborto e a considera moralmente condenável.
     Ninguém ignora as dificuldades pelas quais pode passar uma mulher que pensa em abortar. Entretanto, sabemos que o aborto é uma falsa solução, que pode trazer mais sofrimento a médio e longo prazo. Uma sociedade solidária é a que apóia e ampara pessoas em situações de crise, respeitando a vida em toda a sua dignidade, sempre.
* Lenise Garcia é professora da UNB, Mestre em Bioquímica e Doutora em Microbiologia, é presidente do Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto
(Envolverde/Pauta Social)

VISITA AO MPT - MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

     Ontem dia 13/04 o SINPRO NNF, representados por mim e pela advogada Dra. Claudia Jolles Tostes, acompanhados de uma das professoras demitida em fevereiro de 2010 pela UNIG, visitamos o MPT-Ministério Público do Trabalho na cidade de Campos dos Goytacazes, onde fomos oferecer àquela procuradoria denuncias sobre a falta de compromisso dos “novos velhos” donos da UNIG com o pagamento dos salários de seus empregados e de uma forma especial dos professores, nossos representados, falamos também da demissão em massa realizada em fevereiro sem nenhum pagamento das verbas rescisórias aos professores demitidos, foram 227 demissões em toda a UNIG só em Itaperuna foram 29.
     Com relação aos professores com salários atrasados o procurador entende que a ACP – Ação Civil Pública existente, aquela dos 12 milhões, é a ferramenta suficiente para enquadrar a UNIG e não se justifica uma nova ACP para os novos passivos (salários atrasados de 2009). Entende o Dr. Tiago que a ACP existente abriga esses novos passivos.
     Como no processo dos 12 milhões temos uma audiência agendada na justiça do trabalho aqui em Itaperuna para o próximo dia 04/05/2010 e o MPT estará presente. A intervenção daquela procuradoria se dará nesse dia. Como há uma solicitação da juíza do trabalho de Itaperuna Dra. Roseana, para que o “novo“ dono da UNIG, Sr. Antonio José, se faça presente nessa audiência do dia 04/05 próximo, o MPT vai propor um TAC – Termo de Ajuste de Conduta, na busca de viabilizar o pagamento das verbas rescisórias aos demitidos.
     Para que seja possível a construção do TAC, é necessário que os demitidos passem no SINPRO NNF ou liguem para lá para fazermos uma ficha cadastral de cada professor a ser incluído no referido termo. Mesmo quem já ingressou com ação na justiça, deve passar no sindicato e fazer o cadastro, pois se o TAC que se pretende for mais vantajoso se retira a ação. O TAC normalmente libera as verbas rescisórias mais rápidas. No TAC podem ser incluídos os demitidos em qualquer época, não só os de fevereiro de 2010.
     Se você souber de alguém que foi demitido e que não recebeu a rescisão, é só pedir para passar lá no SINPRO NNF e fazer o Cadastro.
E NÃO SE ESQUEÇAM AMANHÃ É O DIA “D” DA UNIG. VAMOS PASSAR A TARDE NO CAMPUS V, LIBEREM SUAS AGENDAS, AS 13H00MIN REUNIÃO COM O Sr. ANTONIO JOSÉ, LOGO APÓS ASSEMBLÉIA DO SINDICATO. É TUDO OU NADA.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Confirmado Quinta Feira é o dia "D"



     O SINPRO NNF protocolou na UNIG pedido de reunião com a presença do Magnífico Reitor Antonio José Maye Raunhetti e os professores do CAMPUS V.
      Então libere-se de sua agenda. Às 13 horas reunião com o Antonio José e logo após assembléia do Sindicato.


     Protocolamos também oficio solicitando o espaço para a nossa assembléia, e já foi confirmado a liberação pelo professor Juliano França.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A COISA SE ESPALHA


     Já estava encerrando minhas atividades do dia, recebo um E-mail de uma professora, dizendo que a curso de veterinária também parou. Ninguém mais trabalha até um pronunciamento dos “velhos novos” donos da UNIG.
      Cadê a turma do DIREITO? Será que os professores de direito pensam que ser bom professor é só passar conteúdo? E o exemplo? Como seus alunos vão defender direito de alguém se vocês não defendem os seus? Abram o olho! Professor conteúdista só interessa a uma Universidade caótica como está a UNIG. Se as coisas melhorarem os interesses podem mudar também. Você quer um professor só conteúdista para os seus filhos?

Quinta feira dia 15/04/2010 é o DIA “D” da UNIG

     Diante da gravidade do que se vive na UNIG CAMPUS V – Itaperuna, a Universidade se nega a pagar os salários dos professores, o cidadão que se diz “novo dono” da UNIG reúne com os professores, usa frase de impacto e não dar conseqüência ao que fala, os professores se submete a repressão por parte de coordenadores que chega ultrapassar o limite da humilhação e etc.
     Diante também, da corajosa e louvável ação dos professores do curso de odontologia, que numa ação de revolta e coragem não compareceram ao trabalho nessa segunda feira dia 12/04, mesmo os que tinham provas a aplicar.
     O SINPRO NNF está protocolando uma correspondência na gerencia do CAMPUS V e enviando por E-mail, para a reitoria da UNIG chamando uma reunião dos professores com a presença do “novo” dono da Universidade e Magnífico Reitor Sr, Antonio José Maye Raunhetti, na próxima quinta feira dia 15/04/2010 às 13 horas para tratarmos dos seguintes pontos:
       1) Atraso absurdo dos salários dos professores do CAMPUS V, tem professores que não receberam nenhum salário no semestre passado e este ano apenas o de janeiro.
       2) Pagamento da rescisão dos 59 professores demitidos no ultimo mês de fevereiro.
       3) Condições de trabalho e assédio moral aos professores.
     Após a reunião com o Sr. , Antonio José Maye Raunhett o SINPRO NNF fará uma assembléia lá no CAMPUS V, para decidirmos o que fazer. Caso o Senhor, Antonio José Maye Raunhett, não compareça a reunião faremos nossa assembléia assim mesmo. Portanto companheiros não vamos mais nos intimidar, vamos fazer um esforço para estarmos todos lá na UNIG na quinta a tarde, mesmo que você não trabalhe nesse dia libere-se de sua agenda. Quinta Feira é dia de LUTA, É o DIA “D”.

Crônica de Luiz Fernando Veríssimo


Repasso para vocês essa crônica do Luiz Fernando Veríssimo, publicada no Jornal do Brasil - quarta-feira, 30 de abril de 1997, que achei interessantíssima, o mais interessante é que existem Mauricinhos até hoje e com mais de 40 anos.
Paulo Roberto

Primeira Vez
      Tenho um amigo (fictício, mas típico) chamado Mauricinho que anda perplexo. Ele é um jovem profissional urbano em ascensão e noutro dia me telefonou, agitadíssimo. “Liga a televisão! Liga a televisão!”
      Liguei, no canal que ele mandou, e lá estava um grupo de pessoas enfrentando a polícia para protestar contra a venda da Vale. Algumas até apanhando. Mauricinho queria saber o que era aquilo. Eram malucos?
     Não, não, expliquei. Eram pessoas que simplesmente não concordavam com a venda da Vale do Rio Doce, estavam indignadas e, por isso, protestavam.
     “Mas por que?”, insistiu Mauricinho.
     Respirei fundo e comecei a explicar que o assunto era controvertido, que muita gente achava que a privatização da Vale... Mas Mauricinho me interrompeu. Não ligava para o assunto, estava intrigado com as pessoas. Por que elas se comportavam daquele jeito? Eram pagas para enfrentar a polícia?
    – Não – respondi. – que eu saiba, não.
    – O que elas ganham se a Vale não for privatizada?
   – Diretamente, nada.
    O silêncio do outro lado da linha significava que Mauricinho estava pensando. Esperei o fim do processo. Dali a pouco, ele veio:
   – Artes marciais! Viram uma oportunidade para treinar artes marciais e...
   – Não Mauricinho. Estavam lá por princípios, por um ideal.
   – Um que?
  – Um ideal. Você também não tem um ideal?
  – Tenho.
  – E não brigaria por ele?
  – Claro.
  O ideal do Mauricinho é ter uma BMW antes dos 30. Não tive jeito de explicar ao Mauricinho por que alguém faria tanto esforço por algo menos que uma BMW antes dos trinta. Não podia esperar que ele entendesse mesmo. Mauricinho tem 25 anos e, em toda a sua vida, foi a primeira vez que viu uma ação desinteressada.