PROFESSORES DA UNIG: A OMISSÃO DE MUITOS PERMITE QUE POUCOS DECIDAM.

Ontem foi um dia terrível, a tal proposta não chegava nunca, já no finalzinho da tarde por volta da 17h:50min, recebi uma ligação da direção: - Passe aqui que vamos apresentar a proposta. Tínhamos uma assembléia convocada para as 18h apenas cinco professores presentes, esperamos até as 18h30min, horário decidido na assembléia que deflagrou a greve como sendo de nossa avaliação diária, chegaram mais dois professores, e olhem que na segunda a noite trabalham no CAMPUS, mais de trinta professores. Depois de iniciada a reunião chegaram mais uns três e entre os presentes haviam alguns que não trabalham na segunda a noite no CAMPUS. Portanto quero refrescar a memória dos nossos nobres companheiros professores universitários: greve é greve, folga é folga, feriado é feriado e férias são férias. Não confundam.

Voltando a tal proposta, recebi, li e relutei em apresentá-la ou melhor me neguei a apresentá-la. Demos inicio a reunião informando aos presentes da proposta que foi apresentada mais que não teríamos como aprecia-la por absoluta falta de confiabilidade. Perguntei aos coordenadores presentes se algum se dispunha a apresentá-la foi quando um deles nos informou para desconsiderá-la e que outra proposta estava sendo preparada. Mesmo assim os presentes pediram para ler o seu conteúdo o que foi feito e era o seguinte:

1.                 Voltarmos ao trabalho após o pagamento do mês de março ser efetuado, provavelmente hoje.

2.                 Pagamento de fevereiro ser pago em quatro parcelas: 25% em 10 de maio, junto com o pagamento de abril; 25% em 10 de junho junto com o pagamento de maio; 25% em 10 de julho, junto com o pagamento de junho e 25% em 10 de agosto, junto com o pagamento de julho.

3.                 Não desconto dos dias parados de nenhum professor que participou do movimento desde que as aulas sejam repostas.

4.                 Estabilidade de seis meses a todos os professores lotados no CAMPUS V da UNIG.

5.                 Garantia de negociação do passivo de 2009 no decorrer do segundo semestre de 2010, ou como determinação da justiça.

6.                 Garantia de um pagamento mensal até o décimo dia do mês subseguente ao vincendo.

Aí não teve jeito, o debate rolou e a grande maioria dos professores presentes achou a proposta rasoavel, desde que, houvesse credibilidade, de parte de quem a fez. Extra oficialmente nós sabíamos que era mais ou menos por aí que ia passar, mais esperávamos que a proposta chegasse com o dinheiro na conta e não para confiarmos mais nessa.

Bem pessoal hoje as 16h:30min lá na justiça do trabalho, no bairro Vinhosa teremos audiência da ACP – Ação Civil Pública que o SINPRO move contra a UNIG e que trata de nossos salários atrasados, nosso passivo e como qualquer acordo que a UNIG venha a propor terá necessariamente que passar pela homologação da justiça é de bom termo que o seja apresentado até lá. Como teremos nessa audiência a presença do MPT – Ministério Público do Trabalho esse poderá ser um dia decisivo em nosso movimento, muita coisa pode acontecer. Fiquemos atentos.

Hoje em razão da audiência não teremos nossa reunião de avaliação das 18h:30min, pois cremos que a audiência vai acabar tarde.

Amanhã quarta feira, as 8h:00min (pela manhã) teremos lá no CAMPUS mais uma assembléia que poderá decidir os rumos do movimento. A presença  de todos os professores é imprescindível.

Só para lembrar a alguns professores que o Sindicado não aceita e não rejeita nada, a propósito em assembléia de professores da UNIG, só votam os dirigentes sindicais que são professores da Universidade, eu particularmente não voto, quem decide os rumos desse movimento são os professores da UNIG, em assembléia e mais ninguém. Então não sejamos radicais virtuais e anônimos. Um dos pontos que mais prezamos em nossa pauta de reivindicação é a estabilidade provisória exatamente para garantir a livre expressão e manifestação dos professores.