Munido de 'pasta preta', Protógenes diz que é 'peça-chave' da campanha
ANA FLOR
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
De volta à cena política desde 3 de outubro, quando foi eleito deputado
federal, o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz (PC do B-SP)
foi alçado ao posto de, em suas próprias palavras, "peça-chave" da
campanha de Dilma Rousseff (PT) nos embates contra o tucano José Serra
(PSDB).
Ontem, ele afirmou à Folha que estará em todos os debates
com sua "pasta preta", abastecendo a coordenação de campanha com
documentos fruto de investigações sobre segurança e privatizações. Para
o enfrentamento final, na Rede Globo, no dia 29, Protógenes promete um
"segredo final".
Joel Silva/Folhapress |
Protógenes foi alçado ao posto de, em suas próprias palavras, "peça-chave" da campanha de Dilma Rousseff |
A coordenação da campanha de Dilma não confirma o papel de Protógenes em municiar assessores com temas para confrontar a oposição.
No entanto, na noite de domingo, no debate Folha/ RedeTV!, o delegado sentou-se atrás de Antônio Palocci, coordenador da campanha de Dilma. Em pelo menos dois momentos, entregou documentos que tirava de sua pasta nas mãos do ex-ministro e do presidente do PT, José Eduardo Dutra.
Segundo Protógenes, os documentos ajudaram no embate, mas ele preferiu não falar sobre o conteúdo.
"Há muito para ser discutido nas gestões tucanas, os dados estão aí", diz ele.
Protógenes afirma ainda que auxiliou, no sábado, na operação feita pelo PT para evitar que panfletos com conteúdo anti-Dilma fossem retirados de uma gráfica em São Paulo. Uma vigília foi organizada até que a Justiça decretasse a apreensão.
Ele disse que contatou um delegado da PF. "Eu não fui lá para não dizerem que quero aparecer. Mas solicitei plantão da Polícia Federal."
A participação vigorosa não deve terminar dia 31. Protógenes anuncia muita ação a partir de fevereiro, no Congresso.
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