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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Profissões 'esquisitas'


Profissões 'esquisitas' ganham espaço no mercado
Ter, 05 Out, 09h02
Por Jose Carlos Saecheta, especial para o Yahoo! Brasil  

     Costuma-se dizer que o brasileiro é criativo por natureza. No mercado profissional, então, com a concorrência desenfreada constatada nas últimas décadas, a criatividade pode ser considerada sinônimo de sucesso. E a falta dela, de fracasso. No Ministério do Trabalho estão registradas mais de duas mil profissões diferentes, algumas bem incomuns e inusitadas. E outras nem existem nas estatísticas oficiais, como "personal friend", marido de aluguel ou o especialista em lixo. É isso mesmo. Acredite, estas funções são reais e há gente que ganha dinheiro com elas.
     Os serviços personalizados surgem de acordo com as necessidades de consumidores e clientes, e é aí que entra a criatividade brasileira. Muita gente prefere pagar para não ter nenhum tipo de preocupação, ou mesmo para receber um tratamento individual e exclusivo. O tal marido de aluguel é um profissional que faz de tudo, menos sexo. São vários serviços, aquilo que qualquer marido (o de verdade) poderia realizar em casa, mas não faz, por falta de habilidade ou ferramentas. Um profissional desses cobra, em média, R$60 a hora para ser motorista, garantir reparos elétricos e outros afazeres domésticos.
     Já o personal friend é aquele que tem como objetivo curar a carência, e aqui também não entra sexo no pacote. O leque de trabalhos se estende a idas a shoppings, teatros, cinemas, viagens, casamentos, aniversários, lançamento de livros, escolha de apartamento, compra de automóvel e caminhadas, entre outros passeios.
     Essas profissões representam o lado glamuroso do mercado de trabalho "diferente", digamos. Agora, você toparia escalar prédios e torres para fazer manutenção e limpeza? Sem trocadilho, este é um mercado em alta, tendo em vista que, cada vez mais, os prédios estão sendo revestidos com vidros (por questões ambientais). Em um futuro próximo, estes vidros serão inteligentes e terão células de captação de energia solar e, assim, precisarão estar cada vez mais limpos.
     Outras profissões estranhas também rendem um bom adicional de insalubridade, se pago pelas empresas, lógico. Uma delas é o "cheirador". No bom sentido, claro. Na Volkswagen há uma equipe empenhada em diminuir ao máximo os odores dos veículos. Ela usa o olfato para analisar se o consumidor terá razão ao reclamar do estofamento ou de outras partes do automóvel, caso ele fique exposto ao sol por algum tempo. Itens como tapetes, revestimentos de teto e espumas de banco são cheirados um a um e classificados em uma escala de seis níveis, de "inodoro" a "insuportável". As peças são colocadas em vidros e submetidas a temperaturas de até 80º. Se o produto não passar na avaliação, a empresa entra em contato com o fornecedor e solicita modificações. Caso aprovado, segue para a linha de produção.
     No caso de especialista em lixo, esse profissional vai aos lixões coletar material para analisar os padrões de consumo da sociedade, cavando poços entre os dejetos e pesquisando toneladas de resíduos. Tudo isso para descobrir que fraldas formam 2% do lixo humano de grandes cidades, enquanto o papel equivale a 45%.
     Para quem não quer pegar no pesado, uma profissão recente está ganhando muito espaço. Que tal trabalhar com pôquer? O Brasil vive um momento de popularização deste jogo. Das programações da TV às novas lojas e fóruns voltados ao assunto, o que mais chama a atenção é o investimento das empresas donas das maiores salas do mundo no país. São eventos, ações de marketing e promoções exclusivas para jogadores nacionais. O trabalho está sendo bastante lucrativo para quem sabe jogar. E isso não é uma aposta. É negócio.

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