Essa é uma decisão importantíssima tomada pela Corte
máxima do Estado do Rio, em defesa da igualdade, inclusão e da isonomia, estou
muito feliz...
O Tribunal de Justiça do Rio decidiu
manter, na tarde desta quarta-feira (18), o sistema de cotas nas universidades
públicas estaduais do Rio para estudantes de escolas públicas, negros e índios.
Com isso, 45% das vagas nas universidades públicas estaduais do Rio continuam
destinadas ao sistema de cotas.
Para tomar a decisão, os desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio ouviram o deputado Flávio Bolsonaro, que entrou com a ação para derrubar a lei de cotas, além dos representantes da Procuradoria do Estado e do Ministério Público.
Para tomar a decisão, os desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio ouviram o deputado Flávio Bolsonaro, que entrou com a ação para derrubar a lei de cotas, além dos representantes da Procuradoria do Estado e do Ministério Público.
“A lei é uma lei inclusiva. Trabalha
no sentido de superar as desigualdades históricas da população mais
desfavorecida” , afirmou a procuradora geral do estado Lúcia Lea Guimarães
Tavares.
Polêmica ao longo do ano
Polêmica ao longo do ano
Em maio deste ano, ao examinar o
pedido de liminar da ação, o Tribunal de Justiça chegou a suspender os efeitos da lei. No mês seguinte, no
entanto, diante de uma questão de ordem suscitada pelo governo do estado,
e para evitar prejuízos aos estudantes que já estavam inscritos nos
vestibulares, os desembargadores decidiram que a suspensão das cotas entraria em vigor a partir de 2010.
No entanto, nesta quarta-feira (18), ao julgar o
mérito da ação, o desembargador Sergio Cavalieri, relator da ação, adotou
em seu voto os pareceres da Procuradoria Geral do Estado e da Procuradoria de
Justiça em favor da constitucionalidade da lei.
Por maioria de
votos, os desembargadores acompanharam a posição do relator, para quem a norma
aprovada pela Assembléia Legislativa não fere o princípio da igualdade.
Segundo Cavalieri, a "igualdade só pode ser
verificada entre pessoas que se encontram em situação semelhante". E
emendou: "Há grupos minoritários e hipossuficientes que precisam de
tratamento especial. Se assim não for, o princípio da isonomia vai ser uma
fantasia".
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