Hoje passei o dia em Campos dos Goytacazes, minha terra natal,
e vi que as coisas estão muito difíceis por lá, na verdade nunca foi fácil, mas
nesse momento da economia nacional, com o preço do álcool e do açúcar em níveis
tão elevados, as usinas só não pagam os salários, por vicio de não pagar e
absolutamente nada acontecer. Parece uma doença crônica dos usineiros do Estado
do Rio. Isso é intolerável tem que ter um basta.
Geral
Protestos de trabalhadores por falta de pagamento em três usinas de Campos
Funcionários de três usinas de Campos estão fazendo manifestações
nesta quinta-feira por causa de salários atrasados. Trabalhadores de
Santa Cruz, Sapucaia, e Cupim — que fica em Ururaí — estão fazendo
protestos em frente às sedes das empresas para reivindicar salários
atrasados.
Clima tenso em Sapucaia
Em
Sapucaia, a situação é parecida. Cerca de 1100 cruzaram os braços e
chegaram a fechar a ponte da estrada que dá acesso a usina. Os
manifestantes que colocaram galhos no local e atearam fogo, mas a
passagem foi liberada. O clima no local ficou tenso e um confronto
entre polícia e funcionários aconteceu. Segundo um gerente, que não
quis se identificar, ele foi alvo de pedras jogadas pelos manifestantes.
Os trabalhadores querem o pagamento de quatro semanas de serviço.
Porém existem casos de falta de pagamento do 13º e FGTS, para aqueles
que já rescindiram seus contratos. Direção e manifestantes estão
reunidos para negociar.
Santa Cruz
Em
Santa Cruz, cerca de 300 funcionários de duas empresas que prestam
serviços à usina colocaram fogo em pneus em frente às duas entradas do
prédio. Os manifestantes dizem que ainda não receberam os salários
referentes aos meses de outubro e novembro, além do 13º.
Os trabalhadores impediram a saída de tratores e caminhões para
outras sucursais pertencentes ao mesmo grupo, que ficam em São Paulo e
Pernambuco, ao retirarem as chaves dos veículos e bloquearem os portões.
Uma comissão, formada por operários, se reúne com a direção para
decidir o que vai ser feito a partir de agora. Mas os trabalhadores
insistem em dizer que só retornarão ao trabalho se houver pagamento.
O Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar acompanham o movimento.
Cupim: falta dinheiro de rescisão
Na usina do Usina do Cupim, que fica em Ururaí, trabalhadores que
rescindiram contrato em novembro de 2008 estão no local em busca do
pagamento referentes ao valor da rescisão e do 13º do ano passado.
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