Paulo Roberto é Pedagogo, Sindicalista e Petista.

Minha foto
Dever cumprido é fruto da ousadia de um velho militante das lutas democráticas e sociais do nosso Brasil, que entende que sem uma interação rápida, ágil, eficiente e livre com o que rola pelo mundo, a democracia é pífia.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

OFF - Pérolas do enem!


Essa é uma boa reflexão para um domingo de professores.
O tema da redação do Enem 2009 foi Aquecimento Global, e como acontece todo ano, não faltaram preciosidades.
1) “o problema da amazônia tem uma percussão mundial. Várias Ongs já se estalaram na floresta.” (percussão e estalos. Vai ficar animado o negócio)
2) “A amazônia é explorada de forma piedosa.” (boa)
3) “Vamos nos unir juntos de mãos dadas para salvar planeta.” (tamo junto nessa, companheiro. Mais juntos, impossível)
4) “A floresta tá ali paradinha no lugar dela e vem o homem e créu.” (e na velocidade 5!)
5) “Tem que destruir os destruidores por que o destruimento salva a floresta.” (pra deixar bem claro o tamanho da destruição)
6) “O grande excesso de desmatamento exagerado é a causa da devastação.” (pleonasmo é a lei)
7) “Espero que o desmatamento seja instinto.” (selvagem)
8 ) “A floresta está cheia de animais já extintos. Tem que parar de desmatar para que os animais que estão extintos possam se reproduzirem e aumentarem seu número respirando um ar mais limpo.” (o verdadeiro milagre da vida)
9) “A emoção de poluentes atmosféricos aquece a floresta.” (também fiquei emocionado com essa)
10) “Tem empresas que contribui para a realização de árvores renováveis.” (todo mundo na vida tem que ter um filho, escrever um livro, e realizar uma árvore renovável)
11) “Animais ficam sem comida e sem dormida por causa das
queimadas.” (esqueceu que também ficam sem o home theater e os dvd’s da coleção do Chaves)
12) “Precisamos de oxigênio para nossa vida eterna.” (amém)
13) “Os desmatadores cortam árvores naturais da natureza.” (e as renováveis?)
14) “A principal vítima do desmatamento é a vida ecológica.” (deve ser culpa da morte ecológica)
15) “A amazônia tem valor ambiental ilastimável.” (ignorem, por favor)
16) “Explorar sem atingir árvores sedentárias.” (peguem só as que estiverem fazendo caminhadas e flexões)
17) “Os estrangeiros já demonstraram diversas fezes enteresse pela amazônia.” (o quê?)
18) “Paremos e reflitemos.” (beleza)
19) “A floresta amazônica não pode ser destruída por pessoas não autorizadas.” (onde está o Guarda Belo nessas horas?)
20) “Retirada claudestina de árvores.” (cauramba)
21) “Temos que criar leis legais contra isso.” (bacana)
22) “A camada de ozonel.” (Chris O’Zonnell?)
23) “a amazônia está sendo devastada por pessoas que não tem senso de humor..” (a solução é colocar lá o pessoal da Zorra Total pra cortar árvores)
24) “A cada hora, muitas árvores são derrubadas por mãos poluídas, sem coração.” (para fabricar o papel que ele fica escrevendo asneiras)
25) “A amazônia está sofrendo um grande, enorme e profundíssimo desmatamento devastador, intenso e imperdoável.” (campeão da categoria “maior enchedor de lingüiça)
26) “Vamos gritar não à devastação e sim à reflorestação.” (NÃOOOOOOOOOOO!)
27) “Uma vez que se paga uma punição xis, se ganha depois vários xises.” (gênio da matemática)
28) “A natureza está cobrando uma atitude mais energética dos
governantes” (red bull neles – dizem as árvores)
29) “O povo amazônico está sendo usado como bote xpiatório” (ótima)
30) “O aumento da temperatura na terra está cada vez mais aumentando.” (subindo!
31) “Na floresta amazônica tem muitos animais: passarinhos, leões, ursos, etc.” (deve ser a globalização)
32) “Convivemos com a merchendagem e a politicagem.” (gzus)
33) “Na cama dos deputados foram votadas muitas leis.” (imaginem as que foram votadas no banheiro deles)
34) “Os dismatamentos é a fonte de inlegalidade e distruição da froresta Amazônia” (oh god)
35) “O que vamos deixar para nossos antecedentes?” (dicionários)

sábado, 27 de fevereiro de 2010

O CAOS CHILENO



















No Chile cada mês desse ano tem um dia terrível, em janeiro  dia 17 eleição de Peñra, fevereiro  dia 27 terremoto. É duro.
Se observarmos bem os dias terminados em sete é crucial para os Chilenos



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Efeito Miriam Leitão: Seguir conselhos do PIG pode fazer mal ao bolso

        Os cadernos de economia dos jornais e blocos de comentários econômicos na TV deveriam vir com a tarja vermelha: Seguir conselhos do PIG (imprensa grande) pode fazer mal ao bolso.  No auge da crise, no início de 2009, quando o Ministro da Fazenda Guido Mantega, trocou o presidente do Banco do Brasil (BB), e deu uma guinada na orientação do Banco, para ganhar mais em escala, com spreads menores, a colunista urubóloga Miriam Leitão veio com a velha ladainha: o governo estaria politizando o Banco, o que prejudicaria os lucros do banco e, consequentemente, seus acionistas.  Quem acreditou na urubóloga, e vendeu suas ações, perdeu dinheiro.  Como anunciado ontem, o BB teve lucro recorde e histórico

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

NOVO GESTOR DA UNIG, VISITA ITAPERUNA E REÚNE COM OS PROFESSORES

     O empresário Antonio José Maye Raunhetti, o novo dono da UNIG, esteve hoje no CAMPUS V – ITAPERUNA, onde teve uma reunião com os coordenadores as 11:00 horas as 15:00 horas uma reunião com os professores. O SINPRO NNF esteve presente através desse blogueiro, na reunião com os professores. O que vimos e ouvimos está longe de ser o que esperávamos; o que vimos e não gostamos foi a baixa presença de professores na reunião, tinham mais ou menos uns 50 professores, 30% do efetivo, muito pouco, esperávamos uma maior presença num momento tão delicado como esse.
     O Sr. Antonio José, finalmente se apresentou para os professores como o novo mantenedor da Universidade, ouvimos dele o lamento da Universidade estar no caos que está, falou também do que se pretende construir: de se cumprir os parâmetros do MEC para a Universidade, da pesquisa necessária, da extensão, da qualidade que precisa ser recuperada, das melhorias necessárias nas bibliotecas e nos laboratórios.
     E quanto aos salários ..., bem pediu um pouco mais de tolerância, prometeu pagar o salário de janeiro de 2010 até a próxima sexta feira dia 26/02 e que até no máximo no 10/03 fará o pagamento de fevereiro e assim sucessivamente sem nenhum atraso ( Isso significa que os salários serão pagos mensalmente até o décimo dia do mês subseqüente). Quanto aos atrasados ele foi muito vago. Nós esclarecemos que havia dois tipos de atrasados, até outubro de 2008 onde inclusive temos uma ACP (Ação Civil Pública) e que já gerou uma multa de 100% a favor dos professores devido a Universidade não ter cumprido o acordo feito com o SINPRO NNF na justiça e os de setembro de 2009 até o 13º/2009. Aproveitamos a oportunidade e pedimos que ele fizesse uma proposta de pagamento dessas 4 folhas até a assembléia que teremos dia 02/03 na próxima terça feira as 13:00h na sede do SINPRONNF (Ed. Policenter na rua Tomaz Teixeira dos Santos, 98 sala 14, ao lado do colégio Batista), e ele ficou de atender a essa nossa reivindicação. Uma coisa extremamente positiva foi o conceito que o Sr, Antonio José emitiu perante todos os professores presente sobre salários: - Salário não se discute, se paga. Nós vamos pagar pra ver! E ficou também agendado um encontro do sindicato e uma comissão de professores com o Sr. Antonio José para a próxima quinta feira dia 04/03 aqui em Itaperuna para tratarmos dos atrasados de 2009 e outras reivindicações que saírem da assembléia da próxima terça feira dia 02/03.
     De tudo que ouvimos, vamos continuar aguardando. Amanhã dia 26/02 é o dia “D”

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O REINICIO DA AULAS NA UNIG

     Ontem, 22/02 reiniciou as aulas no CAPUS V da UNIG, na parte da manhã eu estive no CAMPUS junto com a companheira Elaine Malagoli, também diretora do SINPRO e a noite voltei só, onde distribuímos um documento convocando os professores para uma reunião no próximo dia 02/03 as 13 horas na sede do SINPRO, para discutirmos a estratégia de mobilização para garantia de nossos direitos, face ao descaso com que os novos gestores da UNIG tratam os seu trabalhadores.
     Um fato importante é que os professores estavam dispostos a não iniciarem as aulas, masco sem a provocação do SINPRO para tal, certamente a nossa presença na Universidade, os fortaleceu. Mais depois de muitas conversas com os coordenadores resolveram aguardar a reunião convocada pelo SINPRO, para se posicionarem de forma legal.
     Um fato estranho, foi um panfleto com o titulo “É hora de todos darem as mãos ...”, distribuído massivamente pela UNIG. O primeiro parágrafo do texto Diz: “A UNIG vive um novo tempo.” Que novo tempo é esse? Novo tempo pra quem? Para os professores os tempos são os mesmos, cinco folhas de pagamentos atrasadas e não cumprimento do acordo judicial além do agravante de 227 demissões. O parágrafo termina dizendo: “... Como compromisso assumido pela mantenedora e seus colaboradores em todos os níveis da Universidade.” Qual o professor que assumiu compromisso de perder salários? Viver constrangimento com credores? Passar vergonha e humilhação? Bem gente parece até piada, não? No segundo parágrafo diz o seguinte: “Serão adotadas ações que proporcionem mudanças visando qualidade e participação contínua a partir de agora” Isso nós esperamos e se vierem aplaudiremos até porque é o que buscamos todos, professores, funcionários, sindicato e a sociedade em geral.
     Amanhã dia 24/02, esta prevista a vinda em Itaperuna do Empresário Antonio José Maye Raunhetti, o novo dono da Universidade, para ter uma conversa com os professores, essa iniciativa, em nossa opinião, já esta atrasada em pelo menos trinta dias. Esperamos que sejam tratados assuntos diversos, de interesse da academia e que não seja esquecido a questão dos salários atrasados, até porque o pessoal já não agüenta mais, está no limite.
     Estamos dando as boas vindas ao empresário, porém precisamos de um gesto para diminuis nosso sofrimento e ressarcimento de nossas perdas.
    Para se manter informado das posições oficias do SINPRO NNF visitem nosso site; http://www.sinpronnf.org.br/

sábado, 20 de fevereiro de 2010

COM OS NOVOS DONOS DA UNIG, NÃO TEM ALIVIO: É SÓ ARROCHO.

     No ultimo dia 12/02, postei no Blog uma matéria com o seguinte título “UFA! PELO MENOS UM ALÍVIO”. Onde informava que seria naquela data pago uma das 5 folhas de pagamento que a UNIG deve aos professores, mais precisamente a do mês de janeiro de 2010. Para frustração nossa, minha e dos colegas professores da UNIG nada foi pago até hoje. Nos comentários da matéria e nos E-mail’S recebidos dei a seguinte explicação: - Me venderam peixe podre. Mais na verdade tem muita gente me ligando e alguns me falando pessoalmente que eu precisava me explicar, pois, as pessoas não estavam entendendo nada. Bem essa informação me foi passada pelo professor André Monteiro, numa reunião onde estavam presentes além de mim e do André os professores Celso Nunes (do SINPRO NNF), Elias Daruís (coordenador de odonto) e Juliano o novo gerente do Campus V, substitui ao André, este indo para Nova Iguaçu. Certamente o professor André disse o que lhe mandaram dizer ou o que foi dito também pra ele, não falaria uma coisa dessas do nada.
     A outra coisa séria é que a UNIG acaba de demitir 227 professores: 171 de Nova Iguaçu e 56 de Itaperuna, a justificativa é que para que se tenha 30% dos professores trabalhando Tempo Integral “TI”, (que é uma exigência do MEC, para as Universidades), a folha de pagamento teria um acréscimo de 30%, o que a instituição não suportaria, então a saída foi uma degola em 227 cabeças e o mais grave é que o professor André Monteiro não sabe como e nem quando a UNIG pagará as rescisões dos professores vitimas dessa “BARBÁRIE”.
     Por fim na próxima segunda feira dia 22/02, terá inicio o semestre letivo da UNIG. Será que os professores vão aparecer para “DAR AULAS”? A diretoria colegiada do SINPRO NNF deliberou por continuar nossas ações no judiciário, entrando com uma nova Ação Civil Pública (ACP) cobrando os passivos de 2009/2010, oferecer nova denuncia ao Ministério Público do Trabalho sobre os salários atrasados e o não pagamento das multas de maio de 2009 em diante. Além de iniciarmos uma mobilização com os professores visando inclusive uma paralisação. Para isso estamos convocando uma reunião com todos os professores do CAMPUS V, para Terça Feira, dia 02/03, às 13:00 horas na sede do SINDICATO. O SINPRO NNF estará também protocolando na segunda feira dia 22/02 um pedido de audiência com os novos diretores da UNIG, para que toda essa situação degradante fique oficialmente esclarecida e se busque uma saída para os professores. Vamos ser firmes sem fecharmos as portas para o diálogo.
     Bem caros Professores, pelo visto teremos um ano bem tumultuado, mas, fazer o que? A vida é uma luta.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

MINISTRO LUIZ DULCI RECEBE DA ALERJ A MEDALHA TIRADENTES

     No próximo dia 23/02 terça feira as 18h e 30m haverá uma seção solene na ALERJ, para entrega da Medalha Tiradentes (mais importante honra do Legislativo estadual) ao Ministro Luiz Dulci chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República do Brasil.
     Luiz Dulci nasceu em Santos Dumont, Estado de Minas Gerais, em 7 de janeiro de 1956. Formado em Letras Clássicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é professor de Língua e Literatura Portuguesa desde 1974, especializado em educação de adultos, sua militância no movimento de professores teve inicio no Rio de Janeiro.
     Junto com Lula e outros líderes sindicalistas, coordenou o movimento nacional que levou à criação, em 1980, do Partido dos Trabalhadores. Integrou, em 1980, a primeira Comissão Nacional Executiva Provisória do partido. Desde então, foi membro da Direção Executiva Nacional do PT. Foi secretário de Organização, de Cultura, de Políticas Sociais, de Assuntos Institucionais, vice-presidente e secretário-geral do PT, cargo que exerceu até 15 de março de 2003
     Dulci durante todos esses anos foi quem elaborou a grande maioria dos discursos do então sindicalista e mais tarde líder político Luis Inácio Lula da Silva
     Em 1982, foi eleito deputado federal, membro da primeira bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados, onde presidiu a Comissão Permanente de Trabalho e Legislação Social. Foi vice-líder do PT na Câmara dos Deputados e membro titular da Comissão Permanente de Educação e Cultura.
     Na Prefeitura de Belo Horizonte, foi secretário de Governo (1993/1996) e de Cultura (1997/1998), nas gestões dos prefeitos Patrus Ananias, atual Ministro do Desenvolvimento Social, e Célio de Castro.
     De 1996 a março de 2003 foi presidente da Fundação Perseu Abramo, de estudos políticos, sociais e culturais, vinculada ao Partido dos Trabalhadores.
     Colaborou e colabora em diversas publicações, escrevendo sobre temas políticos, econômicos e culturais, além de exercer a crítica literária. É autor ou co-autor de: Sergio Buarque de Holanda e o Brasil (Editora Fundação Perseu Abramo); Desafios das Administrações Petistas (SNAI-SP), Estratégia: Uma Saída para a Crise (Editora Scritta, SP); Desafios do Governo Local (SNAI e Editora Fundação Perseu Abramo, Brasília); Antonio Cândido: Pensamento e Militância (Fundação Perseu Abramo)
     Por tudo isso essa é uma das mais justas homenagens, a ser feita a um cidadão brasileiro.
    O BLOG DEVER CUMPRIDO PARABENIZA E AGRADECE AO DEPUTADO GILBERTO PALMARES PELA INICIATIVA.
    O blogueiro fará o possível para estar presente

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Ensino e aprendizagem: problemas como solução

17/02/2010 - 10h02

Por Carlos Vogt*
     A tirada de Bernard Shaw sobre generalistas e especialistas pode nos servir de introdução para a reflexão sobre os novos métodos de ensino e aprendizagem que se desenvolveram a partir do fenômeno da globalização e, no caso especial de que vai tratar este número da revista ComCiência, da Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP).
     Bernard Shaw dizia que a diferença entre generalistas e especialistas consiste em que estes, os especialistas, sabem cada vez mais sobre menos, até saber tudo sobre nada; enquanto que aqueles, os generalistas, sabem cada vez menos sobre mais, até saber nada sobre tudo. O humor e a ironia da distinção não impedem, contudo, que a tirada nos leve a uma reflexão sobre o comportamento de todo o processo relativo ao conhecimento que se desenvolve, em particular, a partir da segunda metade do século XX, culminando, no final desse século e no início do século XXI, com a expansão e com a implantação do que passou a chamar-se sociedade do conhecimento, ou economia do conhecimento.
     Sabe-se que um dos fatores fundamentais para a consolidação dessa sociedade foi o alto desenvolvimento das tecnociências, em especial das novas tecnologias de informação e de comunicação (NTICs). E isso por muitas razões, entre elas certamente as que estão ligadas à procura das condições de livre circulação do capital financeiro em todo o planeta e, consequentemente, da possibilidade efetiva de participação direta dos diferentes países do globo no processo de expansão do novo capitalismo, assentado sobre as bases dessa nova economia e da nova sociedade que foram então se configurando.
     O processo do conhecimento, nele incluída a relação de ensino e aprendizagem, conheceu nessa sociedade, desde o início, alguns mantras que passaram a ser repetidos como que rituais necessários e indispensáveis para a instauração do novo. Entre esses mantras, um deles é o de “aprender a aprender”. Contudo, mais do que um mantra, esse slogan anunciava uma nova preocupação com as metodologias de ensino e apontava para uma dinâmica de interação necessária entre os atores do processo de aprendizagem, enfatizando em primeiro lugar a substituição, enquanto valor permanente, do diploma pela educação contínua. Em segundo lugar, o papel dos estudantes na relação com o professor, alterando, desse modo, o processo de ensino baseado preferencialmente na relação daquele que sabe e que vai fazer saber com aqueles que ainda não sabem.
     Do ponto de vista epistemológico, uma das características do conhecimento no mundo contemporâneo é a de que o desenvolvimento de novas áreas e de novas fronteiras se faz, contrariamente ao que ocorreu no século XIX e em parte do século XX, sob o paradigma positivista das ciências, por agregação e não por seccionamento e compartimentação. Daí o caráter interdisciplinar e multidisciplinar do conhecimento na contemporaneidade. Disto resultando a necessidade de, na distinção de Bernard Shaw, imaginarmos um ator do conhecimento que congregasse nos seus caracteres, ao mesmo tempo, o generalismo e a especialidade, e fosse, dessa forma, um especialista generalista ou, ao contrário, e no mesmo sentido, um generalista especialista.
     Nos anos 60 e 70, a Universidade de McMaster, no Canadá, e a Universidade de Maastricht, na Holanda, criaram e desenvolveram uma metodologia de Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP), que logo se difundiu por várias instituições em todo o mundo e que teve no Brasil também uma grande acolhida, conhecendo experiências importantes e de sucesso no que diz respeito aos resultados de sua aplicação. É o caso das experiências da Universidade Estadual de Londrina (UEL), da Universidade Estadual Paulista (Unesp), entre outras tantas, e em particular da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP).
     A ABP procura conciliar no processo de ensino e aprendizagem a relação prática-teoria-prática, de modo que, partindo dos problemas que pertencem ao universo social do conhecimento dos estudantes e de sua vivência, busca, através da agregação de informações e de formulações críticas e teóricas, soluções que possam contribuir não apenas para a compreensão e o entendimento do problema, mas também para a sua solução, enfatizando a relevância das questões envolvidas para a vida social dos estudantes e das comunidades em que eles se inserem.
     A EACH-USP adotou o paradigma da ABP depois de tê-lo trabalhado, estudado e implantado como experiência de sucesso para os cerca de cinco mil estudantes que frequentam a instituição, e é o relato crítico, através de diferentes contribuições e artigos sobre o tema, que este número da ComCiência traz agora ao leitor.
(Envolverde/ComCiência)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

A Classe "C" vai ao paraíso!













  
   Os resultados estão aí, brotando do fundo da sociedade brasileira: entre 2003 e 2005, 27 milhões de pessoas mudaram de patamar social no Brasil, ascendendo para uma condição social superior, mais digna e mais humana. São novos consumidores, que exigem seus direitos sociais expandidos: “... os anos 2000 permitiram ao [novo] consumidor não só comprar, mas escolher o produto com que mais se idêntica” (O GLOBO, 7/02/2010). Também a desigualdade regional foi atacada e recuou nos últimos cinco anos: segundo Marcelo Néri, o Nordeste – aquele mesmo Nordeste de personagens como Baleia, de Graciliano Ramos ou do “lobisomem amarelo” (o homem atingido pelas doenças) de José Lins do Rego – cresceu a um ritmo “chinês” atingindo 7.7% ao ano.

Em suma: vivemos num país melhor, mais justo e menos desigual.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A União Europeia, o Brasil e o futuro

FOLHA DE S. PAULO

TENDÊNCIAS/ DEBATES
São Paulo, segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

TENDÊNCIAS/DEBATES
MIGUEL ÁNGEL MORATINOS

     O Brasil está jogando na 1ª divisão da política mundial. É, já, um interlocutor imprescindível nos diálogos que definem o futuro
     BRASIL E União Europeia (UE) celebram hoje, em Madri, a reunião do diálogo político acordado na associação estratégica europeia-brasileira, que, pela primeira vez, tem o formato de nível ministerial. Nesse encontro, ambas as partes repassarão os principais assuntos da agenda regional e global.
     O diálogo com o governo do Brasil interessa especialmente à UE. Os anos de bom governo têm dado ao Brasil estabilidade política e progresso econômico e social, e, com isso, a possibilidade de valorizar o seu imenso potencial. A gestão do presidente Lula da Silva é hoje amplamente reconhecida tanto no âmbito interno quanto na esfera internacional.
     O Brasil está jogando na primeira divisão da política mundial. É, já, um interlocutor imprescindível nos assuntos e diálogos que estão definindo a construção e o futuro do mundo: aquecimento global, meio ambiente, eficiência energética, governo econômico mundial, reforma das instituições financeiras internacionais, segurança e combate da delinquência internacional ou reforma das Nações Unidas. A União Europeia é igualmente ativa nesses temas e, por isso, uma relação estreita com Brasil resulta conveniente para ambos.
     Conscientes dessa realidade, a UE e o Brasil deram um passo adiante com a assinatura em 2007, durante a presidência portuguesa da UE, do Acordo de Associação Estratégica que se completou com o Plano de Ação Conjunta, no Rio de Janeiro, em 2008.
     Os diálogos criados no amparo desses documentos estão tecendo uma espessa rede de intercâmbios, que nos levam na direção de relações verdadeiramente estratégicas com muitas coincidências e com diferenças superáveis, como acontece em todas as relações próximas intensas.
     A nos unir, uma história compartilhada e o fato de que muitos brasileiros têm raízes europeias, com intensos laços familiares e afetivos, o que faz com que a Europa siga sendo uma referência cultural, educativa e social.
     Paralelamente, Brasil assombra os europeus com sua fartura e criatividade. A UE é o primeiro parceiro comercial, o maior investidor no Brasil, o primeiro parceiro para os projetos de cooperação técnica e o lugar preferido pelos estudantes e cientistas brasileiros para ampliar os seus estudos.
     A presidência espanhola se propõe a reforçar a dimensão latino-americana e caribenha da política externa da UE em uma etapa em que, após a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, esta adquirirá maior peso e eficácia.
     Nesse empenho, o crescimento e a consolidação do Brasil no cenário regional são um dado central. Uma aproximação birregional tem que considerar as dimensões e o papel que o Brasil está jogando como gerador de prosperidade econômica, estabilizador político regional e catalisador de uma institucionalização genuinamente latino-americana, via iniciativas como a União das Nações Sul-Americanas e a sua rede de conselhos, ou a incipiente Organização dos Estados da América Latina e do Caribe.
     Com Brasil e outros países que fazem parte do Mercosul, estamos trabalhando decididamente para retomar, o mais breve possível, as negociações para que, num futuro próximo, possa ser assinado um acordo de associação entre a UE e o Mercosul, criando um espaço de interação de mais de 800 milhões de pessoas.
     Um acordo com essas características é não só um acordo econômico mas também uma autêntica associação baseada em valores comuns, com componentes-chave de cooperação educativa, científica, cultural, política etc. Esse tipo de acordo tem a vocação de desenvolver integralmente todas as partes por meio de um benefício mútuo, e essa é uma oportunidade que não queremos nem podemos deixar de aproveitar.
     Em um marco mais amplo, temos em maio, como projeto próximo, a Cúpula União Europeia-América Latina e Caribe, em Madri. O Brasil fará sentir sua voz e sua presença nessa reunião, e isso será a chave para o futuro da associação birregional Europa-América Latina e Caribe.
     A relação Brasil-UE tem um grande valor em si mesma, porém, além disso, uma de suas grandes potencialidades é a capacidade de catalisar a aproximação entre as duas regiões e propiciar, com isso, uma maior e melhor integração dentro dos conjuntos regionais na América Latina.
     Brasil tem, evidentemente, um enfoque essencial da sua ação externa na própria região ibero-americana. A UE tem também uma importante dimensão ibero-americana há muito tempo na sua política externa. A coincidência de um vetor tão relevante na projeção externa brasileira e europeia é um elemento bastante enriquecedor para as nossas duas regiões que, sem dúvida, potenciará mais, se é cabível, a presença de Brasil na UE e a da UE no Brasil.

MIGUEL ÁNGEL MORATINOS é ministro de Assuntos Exteriores e Cooperação da Espanha e atual presidente da União Europeia.

Preço da cesta básica em janeiro/2010

     Segundo o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudo Socioeconômico, o preço da cesta básica subiu em 10 de 17 capitais brasileiras pesquisadas pelo Instituto em janeiro, frente a dezembro/2009, de acordo com dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgados segunda-feira 08/02/2010. O resultado no mês passado reflete o aumento no preço do açúcar e do arroz. Goiânia foi a cidade com a maior alta, de 4,61%, seguida por Salvador (1,43%) e Florianópolis (1,10%). O custo da cesta básica também subiu em João Pessoa (0,79%), Recife (0,57%), Natal (0,36%), Manaus (0,27%), Rio (0,19%), Belém (0,15%) e Curitiba (0,07%). O maior recuo no preço da cesta básica ocorreu em Belo Horizonte (-3,87%), Brasília (-3,49%) e São Paulo (-1,39%).
     Na comparação com janeiro de 2009, o custo da cesta básica recuou em todas as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese, com destaque para Belo Horizonte (-11,35%) e Goiânia (-9,38%).
     Porto Alegre foi a capital com o maior preço para a cesta básica, de R$ 236,55, seguida por São Paulo (R$ 225,02) e Vitória (R$ 217,20). A cesta básica mais barata do país é em Aracaju (R$ 169,13).
     - O resultado veio dentro das expectativas. Ao contrário de dezembro quando houve queda na maioria das capitais - afirmou o economista José Maurício Soares, coordenador da pesquisa do Dieese. Segundo ele, fevereiro deve registrar um desempenho similar. - A chuva só precisa dar uma trégua para melhorar as estradas e as condições de logística.
     Entre os produtos analisados no mês passado, destaque para o açúcar, que ficou mais caro em 16 das 17 capitais, sendo as maiores altas em João Pessoa (32,47%), Goiânia (19,18%), Vitória (16,97%), Natal (16,77%), Recife (16,56%) e Belo Horizonte (16,35%). Em Aracaju, o preço permaneceu inalterado. - Neste caso, pesou a expansão da demanda externa e o câmbio desvalorizado, que possibilitou uma competitividade para a exportação - explica Soares, que acredita que tendência de alta permanecerá nos próximos meses pelos mesmos motivos.
     O preço do arroz também subiu em 12 capitais em função de problemas com a colheita e o escoamento da safra. Os principais avanços foram em Belo Horizonte (8,51%) e Vitória (7,41%). Soares, no entanto, prevê que o preço do produto irá baixar já neste mês por conta do crescimento dos estoques.
     Já a carne e o pão tiveram aumento em 10 capitais, com os maiores índices em Goiânia (6,67%) e Curitiba (3,17), respectivamente.
     O Dieese calculou que o salário mínimo adequado para o trabalhador suprir as despesas da família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, seria de R$ 1.987,26. Ou seja, 3,90 vezes acima do valor em vigor desde janeiro (R$ 510).
     A elevação do salário mínimo de R$ 465 para R$ 510 fez com que o trabalhador precisasse de menos horas de trabalho para a aquisição da cesta básica. A jornada no mês passado foi de 86 horas e 48 minutos na média das 17 capitais

O que diria o Boris Casoy vendo uma cana dessas?



O Boris Diria: - “Essa mulher é o lixo, conduzida por um lixeiro, o mais baixo da escala do trabalho, é uma M...”.
O blogueiro diz: Essa é a Dilma que eu gosto, simples e sem preconceito, não faz acepção de pessoas. Qualquer que seja a profissão ou classe social.
 Nela eu confio.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Realidade da educação em Minas é preocupante

12/02/2010

Ana Clara Otoni

     As condições precárias que a vida moderna oferece são preocupantes e, em muitos casos, irreversíveis. Sejam o caótico trânsito das metrópoles, os constantes alagamentos de ruas, a desapropriação de casas em situações de emergência e a assombrosa violência urbana. Porém, a situação abordada por O TEMPO em "Escola adota rodízio de aulas" (Cidades, 10.2) é, no mínimo, vergonhosa e inaceitável. Estamos no início do ano letivo e não sei como uma escola da rede estadual de ensino funciona há duas semanas sem a mínima condição de receber os alunos matriculados. Faltou planejamento à escola, mas a responsabilidade pela manutenção e eficiência do sistema de educação do Estado é de responsabilidade do governo por meio de sua Secretaria de Estado de Educação.

     É inadmissível que um Estado que cresceu 6,8% em 2008 possa apresentar esse tipo de ocorrência, que só se registra em lugares mais pobres e subdesenvolvidos, onde crianças se amontoam no chão e os professores não têm condições de trabalho. Políticas emergenciais, como rodízio de carros, são comuns em grandes cidades, mas como aceitar rodízio de crianças em salas de aula? Como os profissionais de educação, já tão pouco reconhecidos, conseguirão cumprir o cronograma pedagógico exigido pelo MEC? O Estado tem o dever constitucional de garantir educação a todos e não fazer que centenas de alunos voltem para suas casas porque a escola não pode recebê-los.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

UFA! PELO MENOS UM ALÍVIO.

     Ontem, sexta feira 12/02, a UNIG fez um pagamento aos professores, pagou o mês de janeiro, ficam para traz outubro, novembro, dezembro e o décimo terceiro salário de 2009 além do passivo acumulado até 2008. (16 folhas de pagamento).
     O professor André Monteiro gerente do Campus V, nos informou que até 10 de março será pago o mês de fevereiro e assim sucessivamente e sobre os salários atrasados de 2009 disse não ter informação de quando pagar. O que eu particularmente acho muito lamentável. Os novos donos da UNIG têm que dizer a que vieram, é o que toda a comunidade espera.
     Fomos também informados pelo professor André Monteiro que a visita do MEC a UNIG campus V, para avaliar o curso de medicina esperada para 22/02 foi adiada para 18/03. Achamos esse adiamento lamentável. Isso significa que caso as exigências tenham sido cumpridas o curso de medicina só reiniciará no segundo semestre de 2010, até porque com o cancelamento do ultimo vestibular de medicina é necessário que se faça nova seleção e esse processo é longo.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Ficha suja: Nelson Mandela não poderia ser candidato

Esse texto copiei do Blog do Chicão http://chicaodoispassos.blogspot.com/ e reflete a minha opinião, sobre o tema.

Paulo Roberto

Uma das pessoas que eu mais admiro é o Nelson Mandela.
Hoje faz 20 anos que ele saiu da prisão.
Ele lutou contra o o regime racista da África do Sul.
Ele violou dezenas de leis.
Ele foi um fora da lei.
Ele não foi um "bundão" que ficou reclamando da vida, "agindo segundo a lei".
Gandhi também foi um fora da lei.
Os dois foram contra a lei.
Dois fichas sujas.
Mandela e Gandhi, dois fichas sujas.
Se fossem brasileiros NÃO poderiam ser candidatos, no entendimento de determinadas entidades "éticas".
Pensem nisto!

No Japão dois defensores do fim da caça à baleia estão sendo processados. Poderão ficar anos na cadeia, porque desobedeceram as leis do país e provaram a mentira da caça "científica" às baleias.
Eles também não poderiam ser candidatos?
Quer dizer que somente poderão ser candidatos quem não ousa enfrentar o sistema?
É o sonho dos conservadores de todos os tempos.
O Brasil precisa combater a impunidade. Isto é urgente.
Porém, deve-se combater com leis que simplifiquem o judiciário.
Regras e mais regras só aumentam a burocracia e os fora da lei, já dizia o sábio chinês Lao Tse a 5 mil anos.
Uma pergunta: quantos dos dígnos senadores são fichas sujas? Como a justiça não funciona eles são um monte de "fichas limpas". Eles poderiam ser candidatos, são fichas limpas.
Outra pergunta: uma das donas da editora Abril é uma empresa sul-africana. Uma empresa ficha limpa que sempre defendeu e apoiou as leis racistas daquele país. Os donos, sendo fichas limpas, poderiam ser candidatos e o Nelson Mandela não poderia? É assim que funciona?
Tem lógica uma coisa desta.

Lembre-se disto: A desobediência civil sempre foi a mola evolutiva mais importante da humanidade. (grifo do blogueiro)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Só seremos uma potência quando a educação chegar para todos

Terça-feira, 9 de fevereiro de 2010 às 18:16


     Durante cerimônia de inauguração do campus avançado da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, em Teófilo Otoni (MG), o presidente Lula destacou a importância de se oferecer ensino público “em igualdade de oportunidade a todos os jovens do País”. Segundo Lula, o Brasil somente será uma grande potência mundial se permitir que um jovem de família carente tenha a mesma oportunidade de estudo na comparação com um jovem de classe alta.
     Lula destacou a importância dada por seu governo ao setor educacional, lembrando que mesmo sem diploma de curso superior, foi o presidente que mais criou universidades no País. E também escolas técnicas:“Fizemos em oito anos uma vez e meia aquilo que a elite brasileira construiu em um século.”
     Segundo Lula, em seu governo, com a criatividade do ministro da Educação, Fernando Haddad, o orçamento da pasta saltou de R$ 20 bilhões para R$ 60 bilhões ao ano. E rebateu aquelas pessoas que dizem que os recursos para Educação representam gastos. “Isso não é gasto, mas investimento assegurou.
     Ele informou também que irá ampliar o ProUni. Atualmente, 550 mil jovens contam com o sistema de financiamento dos estudos e a meta para 2010 é chegar a 700 mil beneficiados. Lula destacou que os avanços são feitos “degrau por degrau” e assegurou que vem articulando politicamente para conseguir eleger o seu sucessor pois “este país não pode andar para trás como se fosse caranguejo. O povo aprendeu a ter auto-estima.
     O presidente defendeu ainda que os universitários mantenham as reivindicações, mas sem perder o respeito com o próximo. “Tem que ter uma relação civilizada, democrática, madura e respeitosa. Assim vamos construir o Brasil que queremos”, concluiu.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

A QUE VEIO OS NOVOS PROPRIETÁRIOS DA UNIG.

“Tudo como dantes no quartel do Abrantes”.

     Mais uma vez a UNIG adia o inicio de suas aulas (dizem que será em 22/02), por estarem com o pagamento dos professores atrasados (quatro meses).
     O desconforto entre os trabalhadores é grande, principalmente entre os professores. A direção nada fala o barulho do silencio é ensurdecedor e irritante, nunca houve tanta insatisfação. Uma quantidade enorme de professores procura o sindicato diariamente, querem trabalhar, mas precisa primeiro receber.
     Ninguém fala nada, ninguém sabe de nada. É preciso mostrar a cara, dizer a que veio. E a única forma de se dizer a que veio é fazendo algum gesto na direção de pagar salários.
     Como vai ficar a relação com os alunos que terminaram o semestre passado incomodados com a insegurança em relação ao futuro e professores sem salários, agora a Universidade trocou de mãos, mas os professores continuam sem os salários.
     Professores estão com seus cheques especiais estourados, muitos não pagaram IPVA de seus carros (os que ainda têm carro), não conseguem fazer matricula de seus filhos nas escolas etc.

Será que o MINISTRO DO TRABALHO SABE DISSO?

Brasil tem a 2ª maior tarifa de celular do mundo, diz pesquisa

     O Brasil tem a segunda maior tarifa de celular do mundo, perdendo apenas para a África do Sul, segundo pesquisa citada pelo jornal Folha de S.Paulo. A pesquisa da consultoria europeia Bernstein Research registrou que o consumidor brasileiropara R$ 0,45 por minuto em chamadas locais para celulares da própria operadora, em média, e que o valor passa de R$ 1 em chamadas direcionadas a operadoras concorrentes.
     De acordo com a reportagem, o alto preço da tarifa acontece devido aos impostos e às taxas sobre a interconexão, nas quais uma chamada tem que passar pela rede da operadora concorrente. Na Índia, o minuto seria equivalente a R$ 0,02; na Indonésia e na China, R$ 0,06; nos EUA, México, Rússia e Egito, o valor seria de R$ 0,10. A Anatel informou a reportagem que uma consultoria especializada foi contratada para definir o modelo de custo dos serviços prestados pelas operadoras, e que esse trabalho deve ser concluído em junho de 2011. Esse projeto teria a participação da União Internacional de Telecomunicações (UIT), ligada à ONU.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

UNIG INICIA SEMESTRE LETIVO EM 08/02/2010

      A UNIG – Universidade Iguaçu, CAMPUS V – Itaperuna, iniciará o semestre letivo na próxima segunda feira dia 08/02/2010, o inicio do período é sempre de esperança, de alegria e expectativas por parte da comunidade acadêmica. Nesse caso esses adjetivos têm que ser construído pelos novos donos da Universidade para com os professores, porque é muito difícil a volta as aulas com 5 folhas de pagamentos atrasadas (out/2009, nov/2009, dez/2009, décimo terceiro/2009 e jan/2010). Além dos passivos acumulados até out/2008 que havia um acordo de parcelamento e a segunda parcela vencida em 10/12/2009 não foi cumprida.
     Quando o SINPRO NNF – Sindicato dos Professores do Norte e Noroeste Fluminense vai a universidade saber de noticias sobre os salários em atraso as informações são evasivas, nada de concreto, fala-se muito vagamente da possibilidade do pagamento de apenas um salário ainda hoje 05/02/2010.
     Isso nos assusta por dois motivos: primeiro por não termos posicionamento concreto, segundo porque apenas um salário é muito pouco e não vai se quer atenuar as necessidades e a insatisfação dos professores. Até porque ninguém comunicou formalmente ao corpo docente da UNIG da troca de donos, isso é outra necessidade que urge professor desinformado, não serve para ser professor e pior ainda desinformado sobre a sua condição de trabalho, financeira e sem nenhum planejamento pessoal. Como ministrar aulas?
     A sociedade, a comunidade acadêmica e a comunidade itaperunense em geral aguardam uma resposta.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

ITAPERUNA SEM RUMO

     É grave o quadro político em nossa cidade, Itaperuna ficará marcada, nesse período, como a cidade das perdas, perde ao Merco Noroeste, Coordenação do CEDERJ, Extensão da UENF, isso no macro. No cotidiano, no micro, também não temos articulação para levar nada, prefeitura de Laje do Muriaé, Miracema, Natividade e outros limítrofes de quando em vez levam seus quinhões, para Itaperuna nada. Até quando?

     Na ultima segunda feira dia 01/02 aconteceu no auditório do Hotel Alvorada em Brasília à entrega de mais 78 campi dos Institutos Federais, do IF Fluminense integram a lista: o de Itaperuna que já funciona desde março de 2009 e agora, o de Quissamã. Esse comentário é pra introduzir um questionamento, O prefeito de Quissamã compareceu a essa solenidade com grande parte do seu secretariado e levou uma caravana para prestigiar o evento, de Itaperuna só foi a Secretária de Educação e uma das filhas do Sr. Prefeito. Isso indiscutivelmente nos traz prejuízo, se tivéssemos uma boa articulação política seria o momento de termos um presidente da república em Itaperuna, independente do partido do Sr. Prefeito.

     O outro registro que me causa pesar é que numa reunião com os 10 vereadores do município o Sr. Prefeito teria dito que não fará campanha pra nenhum candidato a governador e nem para presidente da república. Essa lamentável posição do Sr. prefeito nos espanta e certamente é por aí que se vão as conquistas do município.

     Ou seria falta de coragem de assumir as candidaturas de seu partido.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Recursos do pré-sal podem beneficiar educação, diz Cristovam

     Matéria com igual teor, foi proposto pos esse blogueiro e aprovado na CONAE – Conferencia Nacional de Educação, tanto na fase intermunicipal em Itaperuna como na fase estadual no Rio de Janeiro.
Lá na Conferencia a proposta é de que 30% dos royalties do petróleo, do Pré-sal, fossem aplicados na educação.
Paulo Roberto

03/02/2010 - 01h02

Por Simone Franco, da Agência Senado

     Diante da expectativa de que o marco regulatório da exploração do petróleo do pré-sal se destaque na pauta dos trabalhos legislativos em 2010, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) aposta que a discussão da matéria pelo Congresso Nacional renderá frutos para a educação do país.
     Na abertura do ano legislativo, nesta terça-feira (2), o parlamentar adiantou que vai apresentar emenda a projeto de lei (PL 5938/09) do Poder Executivo que trata da repartição dos royalties gerados pela exploração e produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos entre estados e municípios. Sua intenção é vincular uma parte desses recursos à educação.
     Enquanto aguardava a abertura da sessão solene do Congresso, Cristovam explicou que essa emenda deverá estabelecer a distribuição dos royalties entre os estados proporcionalmente ao número de crianças na escola. Por esse mecanismo, acrescentou, São Paulo e Rio de Janeiro deverão receber o maior volume de recursos. "É preciso comprometer esses recursos e tornar permanente sua destinação para a educação", ressaltou.
     O senador também é autor de projeto do lei 116/08 que altera a Lei do Petróleo (Lei nº 9.478/97) para determinar que os recursos recebidos por estados e municípios a título de royalties pela exploração do petróleo sejam aplicados exclusivamente em ações e programas públicos de educação de base e de ciência e tecnologia. A matéria já conta com parecer favorável da senadora Kátia Abreu (DEM-TO) e está pronta para ser votada na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).

(Envolverde/Agência Senado)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Da violência cordial da antropologia anti-cotas ou “Mataram um estudante: não podia ser seu filho”

Essa matéria do Rodrigo Guéron, é mais uma grande contribuição para entendermos o sofrido processo por que passa a sociedade hoje, agora, neste momento. Na nossa opinião ou se entende o processo antropológico gerador de “Fatos Sociais” tão degradante ou nos transformamos numa sociedade Assassina.
Paulo Roberto

por Rodrigo Guéron[i]

     Em 1968, quando o estudante Édson Luis foi assassinado pela polícia no restaurante Calabouço, um grito correu as ruas do Rio levado pelos seus colegas: “Mataram um estudante, podia ser seu filho!”. Esta palavra de ordem trouxe boa parte da chamada classe média, até então assustada com as passeatas, em apoio ao movimento contra a ditadura que culminou na passeata dos cem mil. Lembrando dos mesmos cem mil descendo a Avenida Rio Branco, Nelson Rodrigues sentenciava: “ninguém era Flamengo”.
     Ainda que esta constatação não fosse nem de longe um pretexto para o grande dramaturgo e escritor apoiar a ditadura como apoiou, a frase de Nelson se referia ao que as imagens do movimento deixavam claro: não havia quase nenhum negro nas passeatas de estudantes, intelectuais e artistas do 68 brasileiro.
     Em 2007, Camila Pitanga, mulher mestiça que gosta de se apresentar como “negra” (porque deve saber muito bem que não se trata de uma questão “biológica” ), afirmou que a ausência de modelos negras na São Paulo Fashion Week “espelha o racismo existente na sociedade”. De uma generosidade política rara em sua geração de atores, Camila soube fazer repercutir a sua posição na mídia. Talvez até considerasse – ou não – que na verdade o racismo estava na organização do evento: nos seus produtores e estilistas. Mas jamais poderia dizê-lo, não só porque foi convidada por um destes para desfilar, sendo uma das raras exceções de modelos negras, como também poderia ser processada se dissesse isso.
     De fato, se a mesma Camila iniciasse um movimento por modelos negras nas passarelas, pela lógica de uma certa antropologia, sociologia, intelectuais e afins, que entregaram um manifesto contra as cotas no STF, a atriz ia ser chamada de “racista”.
     Ainda que não seja muito feliz a comparação de universidades com passarelas de moda, a mesma lógica é usada contra um dos mais importantes movimentos sociais do país recentemente, o dos prévestibulares para negros e pobres, como o PVNC e o Educafro, e o resultado prático da ação ao mesmo tempo política e produtiva destes movimentos: alguns milhares de negros e pobres na universidade – os primeiros em toda a história de suas famílias – e uma mobilização dentro destas, desde uma pressão de fora, por uma política de ação afirmativa que já está em cerca de quarenta instituições de ensino superior, sem falar os bolsistas do Prouni, programa que os signatários do manifesto anti cotas agora também atacam.
     Segundo esta espécie de categoria “intelectuais oficiais”, ou “intelectuais celebridades” que se criou no Brasil, seriam estes movimentos os responsáveis por uma futura e perigosa introdução do racismo no Brasil. A lógica deste pensamento é a seguinte: quase nenhuma modelo negra, mas quem exigir modelos negras será racista; pouquíssimos estudantes negros, quase nenhum professor, raríssimos médicos, economistas, engenheiros, cientistas, mas quem se mobiliza por um programa de ação afirmativa para reverter esta desigualdade é que é racista.
     Mas o que o assassinato do estudante Édson Luís, e os temores das mães de classe média de perder os seus filhos tem com isso? Tudo se ficarmos tanto no tema “assassinato” quanto nos “temores de mãe”; mas agora de muitos jovens, poucos estudantes, quase nenhum universitário: os milhares que morrem por ano nas nossas metrópoles. O Brasil com os recordes mundiais de jovens – na imensa maioria negros e mestiços –, assassinados nas metrópoles.
     Assim enquanto alguns destes(as) senhores(as) antropólogos, sociólogos, intelectuais e etc(as) temem a política de cotas, os jovens negros e pobres temem ser assassinados. Relacionarei aqui então, como convém ao debate, alguns dos meus argumentos a favor da política de cotas, como já fiz em outros artigos. Mas não sem antes assinalar que tenho a impressão de não estamos diante de debate algum; mas de uma sofisticadamente perversa estratégia política, um ardiloso jogo de poder do qual os(as) doutores(as) que articularam o manifesto entregue no STF são protagonistas, deslocando-se para a posição de ideólogos de uma violenta máquina de propaganda que dispensa o mínimo de honestidade intelectual. Em outras palavras, esta negação do racismo, e a inversão da acusação, é a própria ação de um poder que produziu, e segue produzindo, uma das sociedades mais desiguais e violentas do mundo.
     Esta estratégia consiste em, de um lado, não parar de repetir que “no Brasil o racismo não é o problema”, enquanto de outro a desigualdade constrói, no espaço urbano, no mundo do trabalho e do ensino, a imagem dos negros e dos mestiços como de um “menos”. Temos então um racismo que se manifesta –“fala”– a partir da própria realidade criada, e que começa exatamente ali onde tem alguém dizendo “não somos racistas”, posto que faz parecer o lugar social onde se encontram a maior parte dos brasileiros negros e mestiços como uma espécie de “lugar merecido”, ou “ lugar natural”.
     Dizer então que o problema do Brasil não é “racial”, mas “social”, é separar o inseparável. Ao longo de todo o século XX o racismo não parou de produzir exclusão, concentração de renda, pobreza e violência. O cidadão não arrumava emprego, era parado na blitz da polícia, era estigmatizado na escola, era condenado a penas maiores nos tribunais, ou mesmo era considerado culpado a priori, porque era negro. O racismo quando não estava nas falas – e também estava – falava pela maneira como o lugar social dos negros e mestiços era construído: no mundo do trabalho, nos espaços da cidade, nos meios de comunicação, no acesso ao conhecimento.
     E é exatamente porque o racismo é uma poderosa força social, que é igualmente falacioso opor à política de cotas o argumento que “a biologia já provou que o conceito de raça não existe”. Ora, o que esta discussão tem a ver com a biologia ou com a genética? As políticas de ação afirmativa buscam desmontar e reverter o racismo e a desigualdade como algo que se construiu social e historicamente. A questão não é raça como conceito biológico, mas a cor da pele e as características físicas como forma de distinção social e como mecanismo de produção de desigualdade, controle e violência.
     Assim, as características físicas, a cor da pele dos jovens assassinados nas metrópoles brasileiras dos anos 2000, nos levam ainda uma vez ao assassinato do estudante Édson Luis. Mas desta vez por causa da diferença, e não da semelhança. Lá em 68 os colegas de Édson, revoltados, foram em busca de um prédio público onde velariam o corpo e a partir de onde se espalharia o grande movimento político de resistência à ditadura. Seria então um impressionante espetáculo se os que sobreviveram e resistem ao extermínio diário que há nas favelas e periferias brasileiras, e que esta resistência os levou até os pré vestibulares para negros e carentes e ao movimento pró-cotas, resolvessem fazer algo semelhante com o que o pessoal fez em 68: trazer os seus mortos para algum prédio público. Por exemplo, para o de uma universidade como a UFRJ, que tanto rejeita a política de cotas (embora inúmeros de seus professores tenham assinado o manifesto pró-cotas). Seria uma cena impressionante, um espetáculo hiperrealista: multidões descendo dos morros e da periferia carregando milhares de cadáveres como fizeram com o corpo de Édson. Neste momento, se os mortos falassem, talvez dissessem: “poderíamos estar aí”. Mas é provável que nem assim esta multidão de garotos negros e mestiços fosse comover os que insistem que no Brasil o racismo não é um problema, e que uma política que os distingue pela cor da pele, desta vez para ajudá-los a entrar na universidade, e não para serem vidas matáveis, é que provocaria a violência. Tamanha indiferença aos mortos seria exatamente porque os que sobreviveram jamais poderiam repetir a mesma palavra de ordem dos colegas de Edson Luis em 68; a não ser que gritassem ao pé da janela de nossa cordial antropologia anti-cotas: “Mataram um (não) estudante, porque não podia (e nem parecia) ser seu filho!”.

--------------------------------------------------------------------------------
[i] Filósofo, Professor Adjunto da UERJ, Doutor em Filosofia (Estética e Filosofia da Arte), cineasta e roteirista de cinema e TV, membro da rede universidade nômade.

NA UNIG, É HORA DE MUDANÇAS, VAMOS AJUDAR?

Vamos dar boas vindas aos novos donos, fazendo algumas sugestões. O blogueiro começa e aguarda que os nossos leitores se motivem a contribuir, o bom é que o leitor se identifique, mas se não acharem conveniente vamos no anonimato mesmo.


1. Primeiro os professores e funcionários precisam de pagamentos em dia, isso é fundamental pois é muito difícil ministrar aulas com credores na porta, cheque especial estourado, etc.

2. Qualidade nos cursos, essa é uma busca incessante de todos os alunos e pais de alunos, buscarem a qualidade é urgente. Temos que melhorar a imagem na comunidade.

3. Restabelecer as condições para a volta do funcionamento do curso de medicina. É um grande anseio da sociedade e uma cobrança da comunidade acadêmica.

4. Pagamento do passivo que a Universidade tem com os professores, que após furarem o pagamento de dezembro o SINPRONNF, entrou com uma ação de execução na Justiça do Trabalho. Este valor com a multa de 100% pelo descumprimento é de aproximadamente R$ 12.000.000,00, isso mesmo Doze Milhões de Reais.

5. O atendimento telefônico da universidade funciona muito mal, ao ligarmos para universidade ficamos ouvindo aquelas mensagens irritantes a vida toda, vai de um ramal para outro sem concluir a ligação. É preciso lembrar aos gestores da UNIG, que hoje ligação se cobra por minuto e rápido atendimento é sinônimo de eficiência e economia.

6. Por incrível que pareça, o atendimento no setor de pessoal da Universidade é ridículo. As pessoas são ótimas,atendem muito bem, só que para ser atendido tem se que esperar ao lado de fora numa fila e nesse sol escaldante dos últimos dias, é terrível. Será que não há um espaço mais confortável para se atender os trabalhadores da casa? No dia 02/02 esse blogueiro ficou só 20 minutos na fila esperando o atendimento, foi um martírio com um sol de 38° às 11 horas da manhã.

Bem leitores e visitantes a bola só começou a rolar.