19/01/2010O estudo, elaborado anualmente por uma equipe independente e publicado pela UNESCO, avalia os progressos realizados mundialmente para o alcance dos seis objetivos de Educação para Todos fixados em 2000, em Dacar, no Senegal, compromisso assumido por mais de 160 países.O Relatório de 2010, intitulado Alcançando os Marginalizados (título provisório em português), apresenta e analisa alguns dos mais expressivos avanços obtidos no campo da educação ao longo da última década, mas adverte que apesar desses progressos, a comunidade internacional não está próxima de alcançar o objetivo de universalizaçã o do ensino fundamental até 2015. Como possíveis causas, o estudo destaca a incapacidade dos governos de combater as desigualdades extremas existentes em âmbito nacional, bem como a dos doadores de conseguir mobilizar o volume de recursos necessários.O estudo adverte ainda que milhões de crianças dos países mais pobres do mundo correm o risco de serem privadas de escola em conseqüência da crise financeira mundial. Com 72 milhões de crianças ainda fora da escola, a desaceleração do crescimento econômico, conjugada com o aumento da pobreza e das pressões exercidas sobre os orçamentos públicos dos países, pode comprometer os progressos realizados no âmbito da educação nos últimos anos.Os autores do Relatório estimam que, para que sejam atingidos os objetivos de Educação para Todos, será necessário cobrir o déficit de financiamento anual estimado em 16 bilhões de dólares, uma soma consideravelmente maior do que a prevista em avaliações anteriores.Link relacionado:Site oficial do relatório (em inglês, francês e espanhol)O Relatório de Monitoramento Global da Unesco avalia o progresso feito em 160 países para alcançar os seis objetivos propostos pelo projeto Educação Para Todos.O projeto foi assinado pela comunidade internacional em 2000, em Dacar, no Senegal, e estabelece metas específicas a serem alcançadas até o ano de 2015.
O relatório deste ano ressalta que muitos dos
progressos conseguidos na última década na área da educação podem estar
ameaçados pela desaceleração econômica
mundial.
De todas as regiões em desenvolvimento, América Latina e Caribe lideram os avanços no projeto Educação Para Todos.
De todas as regiões em desenvolvimento, América Latina e Caribe lideram os avanços no projeto Educação Para Todos.
Projetos de assistência social, como o Oportunidades, no México, e o
Bolsa Família, no Brasil são reconhecidos pela Unesco como meios para combater
a marginalização no setor da educação.
No Brasil, o Bolsa Família ajudou a transferir de 1% a 2% da renda
nacional bruta para a parcela da população mais pobre do país, formada por 11
milhões de pessoas.
Programas governamentais como o Bolsa Família, o
Fome Zero e o Brasil Alfabetizado ajudaram o Brasil a melhorar nos índices de
educação
No Brasil, 901 mil crianças, com idade entre 7 e 10
anos, estavam fora da escola em 2007 - ao redor do mundo, 72 milhões de
crianças não tinham acesso à educação.
De acordo com o texto divulgado pela Unesco,
avanços na área da educação exigem intervenções específicas integradas com uma
estratégia mais ampla para a redução da pobreza e a inclusão
social.
Bolsa Família e Fome Zero são iniciativas
brasileiras citadas no estudo. O relatório aprova os resultados obtidos pelos
programas, incluindo a garantia de alimentação para 37 milhões de crianças nas
escolas do país. Já o Brasil Alfabetizado, coordenado pelo Ministério da
Educação, é apontado pela Unesco como um programa de sucesso, que já ofereceu
curso de alfabetização para cerca de 8 milhões de brasileiros.
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