Essa matéria transcrevi do jornal da FETEERJ – Federação dos Trabalhadores em Estabelecimento de educação do Estado do Rio.
Nosso objetivo é denunciar a origem da violência, a mando de quem uma barbárie como essa é cometida e o mais grave, podemos observar que o poder público só funciona para os geradores da violência, para as vítimas não!
Paulo Roberto
Fique Ligado!
[Por Renata Silver]
Centro do Rio, 18 de janeiro, por volta do meio-dia. Após ser agredido por um segurança contratado por comerciantes e agências bancárias da Av. Graça Aranha um menino de nove anos teve uma crise nervosa e, chorando e se debatendo, chegou a sentar-se no meio da rua, num horário de grande movimento, sem temer os carros e ônibus que passavam. Uma pequena multidão se formou e algumas pessoas, tentando ajudar, ofereceram lanche ao garoto, que recusou até mesmo um picolé. Transtornado, o menino foi contido a custo e, depois de muito tempo, acalmou-se e acabou adormecendo.
A polícia foi acionada, mas nenhuma viatura compareceu ao local. O Conselho Tutelar foi chamado, mas o atendimento demorou, já que a estrutura do órgão é extremamente deficiente. Somente duas horas e meia depois da primeira ligação o Conselho Tutelar da região central da cidade que acumula o atendimento a 17 bairros enviou um representante. O conselheiro Eduardo Manoel do Nascimento compareceu ao local para levar o menino e a testemunha até a delegacia para o registro da ocorrência de agressão. Na Delegacia de Atendimento à Criança Vítima, mais uma longa espera e a frustração: a queixa não pôde ser registrada porque não se tinha informação sobre o nome do agressor.
Depois de mais três horas de espera em vão, o menino foi encaminhado à sede do Conselho Tutelar, onde foi aberta uma pasta com todos os seus dados e o relatório do ocorrido. Já mais calmo, o garoto forneceu informações sobre seu local de residência. O conselheiro, então, pôde entregar o menino à mãe, que o procurava desde a véspera. A criança tem uma família estruturada e frequenta a escola, mas saiu de casa sem permissão e não conseguiu voltar.
Renata é jornalista da Feeb RJ/ES
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