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domingo, 15 de maio de 2011

Petrobras alcança lucro líquido recorde de R$ 10,985 bilhões no 1º trimestre de 2011

 
14/05/2011 -

Petrobras alcança lucro líquido recorde de R$ 10,985 bilhões no 1º trimestre de 2011

O lucro líquido do trimestre aumentou 42% na comparação com o 1T10 e 4% em relação ao 4T10.
 
De acordo com nota da Companhia, a produção total de petróleo e gás subiu 3% em relação ao 1T10, alcançando a média de 2 milhões e 627 mil barris/dia. Início de novos Testes de Longa Duração (TLDs) no pré-sal das Bacias de Campos e Santos: TLDs de Brava, Tracajá e de Lula Nordeste. Descobertas nos reservatórios no Pré-Sal na Bacia de Santos, tais como Carioca Nordeste e Macunaíma. Início das operações do gasoduto entre o Piloto de Lula e a plataforma de Mexilhão e do gasoduto entre Caraguatatuba e Taubaté (Gastau). Os investimentos totalizaram R$ 15 bilhões 871 milhões no 1T11, 83% destinados às atividades de Exploração, Produção e Refino. Emissão de títulos no valor de US$ 6 bilhões com vencimentos de 5, 10 e 30 anos, e aprovação da distribuição antecipada de remuneração aos acionistas, sob a forma de juros sobrevo capital próprio, no montante de R$ 2 bilhões 609 milhões.

 
Lucro líquido do trimestre cresceu 42% – “A Companhia registrou um resultado líquido recorde no primeiro trimestre de 2011, que atingiu o valor de R$ 10 bilhões e 985 milhões, 42% superior ao registrado no mesmo período de 2010. Contribuiu para o resultado, o aumento do lucro bruto (variação positiva de R$ 894 milhões) que foi impulsionado por: crescimento de 4% na produção nacional de óleo e gás natural e maior volume de vendas de derivados (+6%) e gás natural (+13%) no mercado nacional, comercializados a preços mais elevados em função do aumento de 4% do preço médio de realização. Adicionalmente, observamos um aumento na cotação do petróleo Brent, que atingiu a média de US$ 104,97 no 1T11, (ante US$ 76,24 no 1T10) o que elevou as receitas das exportações e da produção e vendas do segmento internacional. Esse último registrou um aumento de receita de R$ 1 bilhão e 94 milhões”, continua a nota.
 
“No mesmo período, o custo do produto vendido (CPV) subiu 11%, impactado, especialmente, por maiores gastos com importações de diesel, aumento do custo de extração e do custo de refino. As despesas mantiveram-se estáveis em relação ao 1T10. Com isso, a Companhia registrou um lucro antes do resultado financeiro, das participações e impostos, 8% superior e uma geração operacional de caixa (Ebitda) 7% maior em relação ao 1T10. Além disso, o melhor resultado financeiro líquido (variação positiva de R$ 2 bilhões 723 milhões) contribuiu para o resultado do trimestre, fruto da valorização cambial e do aumento das receitas com aplicações financeiras”, ressalta a nota.
 
“No 1T11, a Companhia desembolsou R$ 2 bilhões 218 milhões, a título de juros sobre o capital próprio para seus acionistas, e pagará dividendos de R$ 1 bilhão 565 milhões até 27.06.2011, conforme deliberado pela AGO. Além disso, o Conselho de Administração, em 29.04.11, aprovou a distribuição antecipada de remuneração aos acionistas, sob a forma de juros sobre o capital próprio, no montante de R$ 2 bilhões 609 milhões”informou.
 
Na comparação com o 4T10, lucro líquido aumentou 4% – Com relação ao último trimestre, os principais destaques foram a redução de 3% no CPV, devido a menores volumes de vendas de derivados e gás natural, reflexo da sazonalidade, e a menor participação das importações, com destaque para o diesel e redução de R$ 439 milhões nas despesas do 1T11, devido, principalmente, à menor baixa de poços sem viabilidade econômica no exterior. Com isso, o lucro operacional cresceu 16% e produzimos um Ebitda 10% superior em relação ao 4T10. O melhor resultado operacional foi parcialmente compensado pelo aumento da despesa de imposto de renda (+48%), função do melhor resultado e da redução de R$ 754 milhões em beneficio fiscal.
 

 
Aumento da produção nacional de petróleo e gás natural – A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e exterior, no 1T11, aumentou 3% em relação ao mesmo período de 2010, atingindo a média diária de 2 milhões 627 mil barris de óleo equivalente (boed).
 
No Brasil, a produção total de óleo e gás foi 4% superior no comparativo 1T11 vs 1T10, alcançando o volume de 2 milhões 385 mil boed. A produção de gás aumentou 8% no período, devido principalmente à entrada em operação de novos projetos previstos no Plano de Antecipação da Produção de Gás (Plangás). Além disso, para ampliar a produção e entrega do gás natural, iniciamos as operações do gasoduto entre o Piloto de Lula e a plataforma de Mexilhão (200 km de dutos submarinos em águas ultraprofundas) e do gasoduto entre Caraguatatuba e Taubaté (Gastau).
 
A produção de petróleo nacional atingiu o volume médio diário no primeiro trimestre de 2 milhões 44 mil barris/dia, valor 3% superior ao do 1T10, sustentado pela elevação dos volumes produzidos em plataformas existentes e, principalmente, pelo aumento de produção do Piloto de Lula e dos testes de longa duração (TLD) de Tiro, Sidon e Guará. Com excelentes perspectivas no desenvolvimento da produção na área do pré-sal, a Companhia iniciou novos TLDs no reservatório de Tracajá, no campo de Marlim Leste, na área de Brava, no campo de Marlim, e na área nordeste do Campo de Lula.

 
Investimentos priorizaram a capacidade de produção – Os Investimentos no 1º trimestre de 2011 totalizaram R$ 15 bilhões 871 milhões, com destaque para os recursos destinados às atividades de E&P e refino, que juntos responderam por 83% do volume total investido.
 
Os recursos destinados à área de Exploração e Produção somaram R$ 7 bilhões 196 milhões, representando 45% do total investido no trimestre. Em abril de 2011, divulgamos a revisão anual do Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado do Pólo Présal da Bacia de Santos (Plansal), incorporando o conhecimento dos novos poços perfurados e da implantação das diversas estratégias comerciais.
 
A atual revisão do Plansal consolida a tendência de redução de investimentos necessários para o desenvolvimento da área, fruto da otimização alcançada na concepção dos projetos de produção, principalmente pela maior produtividade dos poços (incremento médio em torno de 20%) e pelo melhor conhecimento das áreas potencialmente produtoras.
 
Os recursos destinados à área de Abastecimento somaram R$ 5 bilhões 845 milhões, representando 38% do total investido no trimestre. Os investimentos deram continuidade à modernização do nosso parque de refino.
 
Os investimentos na área de Gás e Energia passaram de R$ 1 bilhão 629 milhões no 1T10 para R$ 917 milhões no 1T11, função da consolidação de grandes projetos na malha de gasodutos ocorrida em 2010.

 
Preços no mercado doméstico – O preço médio, em reais, dos derivados vendidos no mercado interno aumentou 4% no comparativo 1T11 vs 1T10, devido aos maiores preços praticados no país, com destaque para os reajustes no preço da nafta (+13%) e do QAV (+20%). O spread entre o preço médio do petróleo nacional e a cotação do Brent aumentou de US$ 3,32/bbl no 1T10, para US$ 10,93/bbl no 1T11, refletindo a elevação das cotações internacionais e a disparidade entre os óleos “leves” e “pesados”.

 
Crescimento do fator de utilização das refinarias e maior participação do óleo nacional – Destaca-se no trimestre a utilização de 92% da capacidade nominal das refinarias da Petrobras no país, decorrentes dos investimentos em melhorias operacionais. Foram processados 1 milhão 852 mil bpd de petróleo, 7% a mais do que o processado no 1T10, função do menor número de paradas programadas em unidades de destilação. Destacamos ainda que, do volume total do petróleo processado, 82% vieram dos campos brasileiros. A modernização das refinarias possibilitou uma maior produção de diesel de melhor qualidade (Diesel S500 e S50).

 
Aumento das vendas de derivados e gás natural no mercado interno – As vendas no mercado doméstico no 1T11 refletiram, principalmente, o crescimento econômico e foram 7% superiores às do 1T10, com destaque para o óleo diesel, gasolina, QAV e gás natural. As vendas de diesel aumentaram 9%, função da demanda aquecida. O volume vendido de gasolina foi 7% superior devido à vantagem do preço da gasolina em relação ao etanol, na maior parte dos estados brasileiros, e do crescimento da frota de veículos. O aumento de 13% nas vendas de gás natural foi função do crescimento industrial e da maior demanda por geração de energia. As vendas de QAV aumentaram 18%, em decorrência da maior oferta de voos domésticos e internacionais, fruto do incremento da renda. A redução de 19% nas vendas do óleo combustível decorreu da substituição de parte do consumo por gás natural, tanto no segmento térmico quanto no segmento industrial.

 
Balança Comercial da Petrobras impactada pelo aumento das importações de petróleo e derivados – No primeiro trimestre de 2011, houve aumento na importação de petróleo devido à necessidade de recomposição de estoque e também de processamento de uma cesta de óleo mais leve na Replan, devido à parada de um duto que escoa a produção de óleos mais “pesados”, como óleo combustível e gasóleo. Além disso, as importações de derivados aumentaram 2% no período como reflexo do crescimento na demanda, com destaque para o óleo diesel. Com isso, tivemos uma importação líquida de petróleo e derivados no 1T11 de 38 mil bpd e o saldo financeiro ficou negativo em US$ 656 milhões.

 
Custo de extração – O custo de extração no país, em reais, aumentou 12% em relação ao 1T10, função de maiores gastos com intervenções em poços e manutenção preventiva. Incluindo-se as participações governamentais, soma-se aos motivos acima mencionados, o maior preço de referência do petróleo nacional. No mesmo período, o custo de refino no país se elevou em 16%, em função dos maiores gastos com paradas programadas, notadamente em unidades periféricas - como as unidades de conversão, com pessoal, materiais e com serviços de terceiros, principalmente em reparos e manutenção de equipamentos.

 
Aumento das Disponibilidades da Companhia – Em janeiro de 2011, a Companhia realizou a maior colocação de dívida por uma empresa brasileira no mercado internacional de capitais, com a emissão de títulos no valor de US$ 6 bilhões com vencimentos de 5, 10 e 30 anos. Os recursos captados nesta operação serão utilizados para o financiamento dos investimentos previstos no nosso Plano de Negócios, sendo mantidos a estrutura adequada de capital e o grau de alavancagem financeira em linha com as metas da companhia. Com esta captação de longo prazo, o endividamento líquido da Petrobras aumentou 6% em relação à 31/12/2010, mantendo-se os níveis de alavancagem em patamares sustentáveis.

 
Contribuição econômica da Petrobras – “A contribuição econômica da Petrobras, medida por meio da geração de impostos, taxas e contribuições sociais correntes, totalizou R$ 19 bilhões 329 milhões. Em relação ao 1T10, as participações governamentais no País aumentaram devido ao acréscimo de 23% no preço médio de referência do petróleo nacional, que alcançou R$ 153,11/bbl (US$ 91,90/bbl) contra R$124,27/bbl (US$ 69,00/bbl), refletindo as cotações internacionais do petróleo. As participações governamentais no País aumentaram em relação ao 4T10 em função do acréscimo de 19% no preço médio de referência do petróleo nacional, que alcançou R$ 153,11/bbl (US$ 91,90/bbl) contra R$ 128,43/bbl (US$ 75,72/bbl), reflexo das cotações internacionais”, destaca a nota.

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