Paulo Roberto é Pedagogo, Sindicalista e Petista.

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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Vejam o que nos Aguarda II


Reajustes provocam confusão na Universidade Gama Filho
Estudantes foram pegos de surpresa e prometem uma manifestação na próxima quinta-feira
Publicado: 3/01/12 - 10h11
Atualizado: 3/01/12 - 14h46

Campus da Universidade Gama Filho, em Piedade, Zona Norte do Rio Divulgação
RIO - Os estudantes da Universidade Gama Filho (UGF) tomaram um susto ao emitirem o boleto da mensalidade de janeiro. A data de vencimento, alegam, mudou do dia 10 para o dia 1. E no valor, um aumento que chega a 35% no caso dos alunos que cursam os últimos anos do curso de Medicina. Indignados, eles prometem uma manifestação para o dia 5 de janeiro, em frente ao campus da Candelária, onde será realizado a prova do vestibular 2012 da instituição. Um dos líderes do movimento, Paulo Bastos está no 5º ano de Medicina e foi atingido pelas “novidades”. Ele explica que o aumento foi de 25% na mensalidade, além de terem cassado um desconto de 10% dado a quem fica como interno em hospitais conveniados.
O aluno recebeu um e-mail no dia 13 de dezembro com um comunicado da UGF dizendo que o aumento na mensalidade para os ingressantes em 2012 não seria o mesmo para quem já era estudante da universidade. O texto garantia também descontos e bolsas já existentes, o que não aconteceu. Na hora da emissão do boleto, veio a surpresa.
- O valor da mensalidade pulou de R$ 2.770 para R$ 3.450 para os estudantes de Medicina em geral. Os internos, como eu, passam os dois últimos anos da faculdade dentro do hospital. Como a universidade não tem uma unidade própria, fico no Hospital Central da Aeronáutica, que é conveniado. Por isso davam um desconto de 10% que agora não existe mais. Só que a Gama Filho não avisou nada. Quando emitimos o boleto é que apareceu o reajuste. Não deram tempo para as pessoas se programarem. Tem gente de fora do Rio que está pensando em largar a faculdade - reclama Paulo.
A Lei 9.870/99, que regula os contratos entre instituições de ensino e os estudantes, não proíbe reajustes, mesmo altos. No entanto, eles devem ser justificados através de uma planilha de custos detalhada, levando em conta, inclusive, investimentos didático-pedagógicos.
Outro prejudicado, Gustavo Fontenelle conta que os coordenadores e diretores da universidade não sabiam explicar o que tinha acontecido. Ele questiona o momento em que foi tomada a decisão: a única hora em que a instituição pode desligar um estudante por falta de pagamento é na hora da rematrícula, que ainda será feita para o primeiro semestre de 2012. Logo, todos serão obrigados a pagar para garantir a vaga.
- Perguntei para o coordenador do curso de Medicina, e ele não sabia de nada. Fomos conversar com o pró-reitor e ele também não podia dar explicações. No caso dos internos, o aumento na mensalidade chega a R$ 1.050. Nossa intenção era depositar em juízo o valor. Eles argumentam que estão fazendo várias melhorias, mas que não saíram do papel. O tal do hospital-escola que eles anunciaram, na verdade é um arrendamento de uma clínica já existente, não estão construindo nada - questiona.
Sob nova direção, demissões em massa
Internamente, as mudanças continuam. Rumores dão conta de que cerca de 300 profissionais foram demitidos desde o início de dezembro. E, antes do Réveillon, mais 150 docentes que trabalhavam em hospitais através de um convênio com a Gama Filho, teriam sido dispensados como parte da reestruturação promovida pela Galileo Educacional, que comprou a UGF no ano passado. Parte deles seria substituída por funcionários terceirizados. Sobre o assunto, o grupo informou através de uma nota que está em andamento mudanças no corpo administrativo e acadêmico da instituição, devido a nova gestão.
Em 2011, a família que comandava a Gama Filho desde a sua fundação vendeu a universidade para a Galileo Educacional, uma gestora criada especialmente para atuar no mercado da educação superior. Depois da Gama Filho, o grupo adquiriu o Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), que vivia em dificuldades financeiras, e pretende promover uma sinergia das operações. Para viabilizar essas as aquisições a Galileo realizou uma emissão de debêntures no valor de R$ 300 milhões de reais. Curiosamente, foi dado como garantia desses títulos as mensalidades dos alunos de Medicina da UGF. Segundo informações do próprio grupo, em dezembro de 2010, o dinheiro a receber estimado com base nas matrículas já feitas chegaria a R$ 296 milhões.
Em outra nota, a Galileo Educacional justificou os aumentos pela mudança de entidade filantrópica para entidade com fins lucrativocs, que gerou um crescimento dos custos de R$ 25,48%. A gestora aponta também diversos investimentos que estão em andamento na universidade para justificar o reajuste como aumento do acervo bibliográfico, obras em diversos prédios e inauguração do único hospital universitário privado do Rio de Janeiro, na Barra. Já a ouvidora da UGF, Verônica Campos, disse em mensagem postada no site “Reclame aqui”, que seriam dados descontos para facilitar a permanência dos veteranos. O valor na mensalidade para os futuros estudantes giraria em torno de R$ 3.700 no caso do curso de Medicina, abaixo dos R$ 3.450 cobrados dos atuais alunos após o reajuste.
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http://oglobo.globo.com/educacao/reajustes-provocam-confusao-na-universidade-gama-filho-3556996#ixzz1jLUHT6r0
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2 comentários:

  1. Gostarria que me informassem se esta confirmada a assembléia do dia 17 de janeiro no sindicato sobre o caso Unig. A greve parece ser iminente! Já que o Grupo Galileu, o mesmo que esta passando rodo na Gama Filhone outras e o mesmo daqui ! Aguardo notícias!

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  2. Não companheiro, não tem nenhuma assembleia agendada para amanhã, dia 17/01. O que teremos amanhã é uma audiência na justiça do trabalho que para os professores da UNIG CAMPUS V é fundamental, pois os gestores da Universidade vão ter que justificar o não cumprimento do acordo judicial.

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