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domingo, 2 de fevereiro de 2014

Índice de pobreza no Brasil cai 50% em oito anos

Vale lembrar: Índice de pobreza no Brasil cai 50% em oito anos - Estadão
03 de maio de 2011
Mônica Ciarelli, de O Estado de S. Paulo
Índice de pobreza no Brasil cai 50% em oito anos
 
 Estudo da Fundação Getúlio Vargas indica ainda que em 2010 o País atingiu menor nível de desigualdade de renda desde 1960
 
RIO - A pobreza no Brasil caiu 50,64% entre dezembro de 2002 e dezembro de 2010, período em que Luiz Inácio Lula da Silva esteve à frente da presidência da República. O dado consta da pesquisa divulgada nesta terça-feira, 3, pelo professor do Centro de Politica Social da FGV (Fundação Getúlio Vargas)[ http://www.cps.fgv.br/ibre/cps/sobre_cps.asp ] , Marcelo Neri. O critério da FGV para definir pobreza é uma renda per capita abaixo de R$ 151. A desigualdade dos brasileiros, segundo ele, atingiu o "piso histórico" desde que começou a ser calculada na década de 60.
 
Segundo o estudo [ http://www.dpnet.com.br/imagens/2011/05/04/fgvneri.pdf ], a queda da pobreza nos mandatos de Lula superou a registrada durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, incluindo o período de implementação do Plano Real. Nesse período, a pobreza caiu 31,9%. "Acho que essa década (anos 2000) pode ser chamada de década da redução da desigualdade; assim como os anos 90 foram chamados de década da estabilização", afirmou Neri.
 
O estudo toma como base dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicilio (Pnad) e Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Pela pesquisa, a renda dos 50% mais pobres cresceu 67,93% entre dezembro de 2000 e dezembro de 2010. No mesmo período, a renda dos 10% mais ricos cresceu 10%.
 
Desigualdade. A desigualdade de renda dos brasileiros caiu nos anos 2000 para o menor patamar desde que começou a ser calculada, mas ainda está abaixo do padrão dos países desenvolvidos, segundo Neri. Ele tomou como base para o estudo o índice de Gini, que começou a ser calculado nos anos 60. Com esse resultado, o País recuperou todo o crescimento da desigualdade registrado nas décadas de 60 a 80. 
O índice Gini brasileiro está em 0,5304, acima do taxa de 0,42 dos Estados Unidos. Quanto mais próximo do número 1, maior a desigualdade. "Acredito que ainda vai demorar mais uns 30 anos para que possamos chegar aos níveis dos EUA", estimou Neri.

 Para o professor da FGV, o aumento da escolaridade e o crescimento dos programas sociais do governo foram os principais responsáveis pela queda da diferença de renda dos brasileiros mais ricos e mais pobres entre 2001 e 2009. "Isso mostra que a China não é aqui", afirmou. E completou: "O grande personagem dessa revolução é o aumento da escolaridade. Mas, ainda temos a mesma escolaridade do Zimbábue", mostrando que há um longo caminho a ser percorrido.

 Entre os 20% mais pobres, a escolaridade avançou 55,6%, enquanto entre os 20% mais ricos, aumentou 8,12%. Outro fato que, para Neri, ajuda a entender a redução da desigualdade é o fato de pessoas de cor preta terem ganho aumentos de 43% no período, enquanto os brancos tiveram 21%.
 
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 24 de outubro de 2013 às 12:08
 
 Os números são os resultados da oitava edição do FPA Comunica da Fundação Perseu Abramo (FPA) [ http://novo.fpabramo.org.br/content/fpa-comunica-8-taxa-nacional-de-pobreza-do-pais-caiu-659 ], lançado nesta quarta-feira (23), que tem por base informações oficiais geradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
 
 
Por FPA
23102013154205
 Com a trajetória dos avanços sociais consideráveis obtidos nos últimos dez anos, e pelo ritmo de redução da pobreza extrema, o Brasil está próximo a se tornar – pela primeira vez em toda a sua história – um país livre da miséria. Nos últimos dez anos a taxa nacional de pobreza caiu 65,9%, pois deixou de representar ¼ de todos os brasileiros, em 2003, para responder por 8,5% da população, em 2012. Para os extremamente pobres, a taxa nacional reduziu-se em 61,1% no mesmo período de tempo.
 Os números são os resultados da oitava edição do FPA Comunica da Fundação Perseu Abramo (FPA), lançado nesta quarta-feira (23), que tem por base informações oficiais geradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
 A publicação busca antecipar alguns dos resultados decorrentes das investigações realizadas por estudiosos e colaboradores, sendo dividida em duas partes: a primeira voltada à descrição da evolução das taxas nacionais de pobreza e extrema pobreza nos último dez anos no Brasil; e a segunda comprometida com a apresentação do perfil dos pobres e extremamente pobres que restam a ser superados.
 
Como extremamente pobre, considera-se o indivíduo cujo rendimento médio per capita domiciliar alcança, no máximo, a 70 reais mensais, enquanto pobre seria toda aquela pessoa com rendimento médio per capita domiciliar de até 140 reais mensais. O indicador de correção anual do indicador de pobreza foi deflacionado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no período considerado. Neste FPA Comunica antecipa-se resultados de pesquisas e estudos desenvolvidos por pesquisadores e estudiosos colaboradores.
 
 No ano de 2012 o Brasil registrou 6,8 milhões de pessoas extremamente pobres e 16,7 milhões de indivíduos pobres. Tanto para os miseráveis como para os pobres percebe-se maior concentração de pessoas na faixa de 20 a 39 anos de idade. Nos extremos da distribuição etária o peso relativo da pobreza é menor, sobretudo para os brasileiros de 60 anos e mais de idade.
 
 Em relação à escolaridade, no caso dos pobres e extremamente pobres nota-se pesos relativamente irrisórios para quem se encontra no nível de formação universitária. Destaca-se que em relação aos brasileiros sem instrução, quase 1/3 do total de pobres e extremamente pobres encontram-se localizados neste nível de escolaridade.
 

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