Em entrevista exclusiva à recém-lançada oitava edição da Revista Congresso em Foco, ele diz que o PT, seu partido do coração, está há tempo demais no poder. “Daqui a pouco tá na hora de o PT voltar a ser pedra. Chega de ser vidraça. Acho que mais um governo do PT e chega. Sai fora dessa porra”, sugere, lamentando que Eduardo Campos (PSB) tenha deixado o bloco governista, o que poderia levá-lo a ter o apoio dos petistas na campanha presidencial de 2018.
Amigo do ex-ministro José Dirceu, preso após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão, o ator diz ter convicção de que o esquema não existiu. “Sempre falo com ele, mas não foi isso que me deu a certeza de que não foi compra de votos. Eu acompanhei pela imprensa na época. Não precisa ser amigo do Zé Dirceu para saber. Não tem lógica isso.” Para ele, há um ódio de classe por trás das denúncias do mensalão.
Na entrevista, ele revela que votou em Fernando Henrique Cardoso (PSDB) contra Lula e que fez campanha para o deputado Roberto Freire (PPS-SP), hoje seu “inimigo mortal”, antes de apoiar o petista. Diz ainda que participou de uma ação entre amigos para ajudar financeiramente o ex-presidente Lula assim que ele deixou o Planalto, em 2011.
“Fizemos vaquinha pra ajudar o Lula quando ele saiu da presidência. Ele não tinha um puto. Não tinha nada. Aí depois começou a ganhar dinheiro com as palestras, os eventos e tal. Aí a gente fala isso e as pessoas fazem mimimi. Mas teve vaquinha. Foi uma ação entre amigos mesmo, para que ele pudesse chegar em casa”, conta. Na entrevista, Zé ainda tece críticas aos governos FHC e Dilma e explica sua preferência por encarnar vilões quando está em cena.
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